Fórum de Nutrição – Porto Alegre
Food Service/Gastronomia
NUTRIÇÃO & GASTRONOMIA: CIÊNCIA E ARTE CONTRIBUINDO PARA QUALIDADE NO PREPARO DOS ALIMENTOS.
 

Scarabelot, M.; Nesello, L.A.N. Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde - UNIGUAÇU , União da Vitória, Brasil. Autor apresentador: Maurício Scarabelot

A saúde tem como um dos fatores determinantes a alimentação, a qual depende da qualidade sanitária e do teor nutricional dos alimentos, indispensáveis à satisfação das necessidades fisiológicas do indivíduo. Diante disso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a conjunção entre a Nutrição e a Gastronomia, associadas à qualidade no preparo dos alimentos. Para a revisão bibliográfica foram selecionados artigos científicos da base eletrônica de dados Scientific Eletronic Library On-line (SciELO Brasil), considerando os indexadores: gastronomia, nutrição, qualidade higiênico-sanitária, análise sensorial, visando selecionar publicações que abordassem a conjunção da Nutrição com a Gastronomia. Os resultados das investigações mostram que a ciência da Nutrição garante qualidade nos aspectos nutricionais e higiênico-sanitários e nas questões burocráticas, como na elaboração de leis, aperfeiçoamento e criação de métodos de controle, já a Gastronomia é vista como arte, devido a relação das pessoas com os alimentos, através dos processos sensoriais de paladar, olfato, visão e audição. Portanto, a união da ciência e arte viabiliza o preparo dos alimentos, resultando desta forma, a qualidade tão exigida pelos consumidores, que vem adotando um enfoque mais qualitativo, na busca por produtos alimentícios que globalizem fatores nutricionais, sensoriais e principalmente que não ofereçam riscos à saúde. Evidencia-se no mundo contemporâneo, uma tendência em relacionar qualidade de vida à alimentação.

 
 

 

Fórum de Nutrição – Porto Alegre
Nutrição Clínica
RELAÇÃO ENTRE A OXIDAÇÃO DE LIPÍDEOS E PROTEÍNAS E O CONSUMO DE MICRONUTRIENTES ANTIOXIDANTES POR IDOSAS.
 

Nesello, L.A.N.; Di Pietro, P.F.; Scarabelot, M. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, Brasil. Autor apresentador: Maurício Scarabelot

O envelhecimento humano envolve a formação de radicais livres e o processo de estresse oxidativo. Este caracteriza-se pelo desequilíbrio entre o sistema de defesa antioxidante do organismo e a produção de radicais livres, resultando da diminuição das defesas antioxidantes e/ou aumento na produção de radicais livres. O presente trabalho objetivou investigar a relação entre o consumo alimentar de micronutrientes antioxidantes e o estresse oxidativo de idosas no município de Itajaí/SC. Participaram do estudo 81 idosas, submetidas à aplicação de três recordatórios de 24h, avaliando o consumo alimentar dos antioxidantes: vitamina A, C e E, zinco e selênio, analisados no software NutWin e comparados com as Dietary Reference Intakes (DRI’s).

O estresse oxidativo foi avaliado através dos indicadores de oxidação plasmática de lipídeos e proteínas, pela determinação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e determinação de proteína carbonilada e pelo fator antioxidante, através da concentração de grupos tióis totais. Os dados de consumo alimentar e os indicadores de estresse oxidativo foram categorizados em dois percentis (<P50 e >P50) e sua distribuição foi analisada estatisticamente utilizando o teste Qui-quadrado. O consumo médio de vitamina C e selênio apresentou-se acima do recomendado pelas DRI´s, e a ingestão média das vitaminas A, E e zinco ficou abaixo. Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) na distribuição das categorias de concentrações de TBARS, proteína carbonilada e grupos tióis totais quando relacionados ao consumo dos micronutrientes. Portanto, sugerem-se novas pesquisas, para implementar os conhecimentos sobre a relação entre estresse oxidativo e os hábitos alimentares durante o envelhecimento.

 
 

 

FÓRUM DE NUTRIÇÃO – PORTO ALEGRE
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
ANÁLISE DAS DIETAS PRÉ E PÓS-EVENTOS DE BAILARINOS PROFISSIONAIS DE DANÇA CONTEMPORÂNEA FERREIRA, P. CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, SANTA MARIA – BRASIL
 

Uma preocupação freqüente dos bailarinos é em relação a sua imagem corporal, de que seu corpo deve estar “magro” no palco, durante os espetáculos. Diante dessa preocupação os bailarinos acabam experimentando diferentes dietas, na maioria das vezes orientadas por seus mentores e coreógrafos, que vão desde a alta ingestão de carboidratos até o uso de técnicas condenáveis para perda de peso e abuso de suplementos nutricionais para aumentar processos metabólicos, na intenção de alcançarem a melhor performance. O objetivo deste trabalho descritivo foi analisar as dietas pré e pós- eventos de bailarinos profissionais de dança contemporânea, além de avaliar o estado nutricional e a composição corporal dos bailarinos. A amostra foi composta de dez bailarinos, com no mínimo cinco anos de dança, com idades entre 18 – 35 anos + 22, integrantes da companhia de dança profissional Balé da Cidade de Santa Maria – RS. Para análise das dietas foi utilizado um questionário de consumo alimentar para bailarinos e um recordatório alimentar de 24hs, aplicados durante um espetáculo do grupo. Para avaliar o estado nutricional e a composição corporal dos bailarinos foram utilizados peso, altura, aferição de dez dobras cutâneas e bioimpedância.

Os dados foram analisados com auxílio dos procedimentos da estatística descritiva. Foi verificada predominância de indivíduos eutróficos, média do IMC = 19,8 + 1,2 e 23,5 + 1,4 para bailarinas e bailarinos respectivamente, adequados a sua atividade, auxiliando-os no desempenho da dança; os bailarinos apresentaram valores de %G considerados ideais, média 23,1% + 3,8 as bailarinas e 16,4% + 2,0 os bailarinos considerando a média dos métodos utilizados. De acordo com o questionário a companhia de dança pesquisada nunca recebeu orientações nutricionais por parte de um nutricionista; 70% dos bailarinos realizavam a refeição pré-evento 30 minutos à 1 hora antes de dançar, podendo comprometer a performance em função de desconfortos digestivos que podem ocorrer, os demais 30% realizavam sua última refeição de 3 a 4 horas antes dos eventos; em relação a dieta pós-evento 80% acabavam se alimentando 1 hora após os espetáculos, retardando o reabastecimento das reservas de glicogênio, indispensáveis para o ritmo de ensaios que desempenham. Cerca de 40% realizaram uma refeição pré-evento rica em carboidratos (Cho), proteínas (Ptn) e lipídios (Lip), 20% rica em Cho e Ptn e outros 40% rica em Cho, sendo que uma refeição pobre em Cho pode dificultar um desempenho ótimo. Quanto a dieta pós-evento, 100% consumiram uma refeição rica em Cho, Ptn e Lip, na sua maioria lanches, ricos em gordura, que deveriam ser substituídos por alimentos mais saudáveis, importantes para a saúde geral dos bailarinos. Desta forma, 70% dos bailarinos realizaram refeições pré e pós-eventos em tempo e com composição nutricional inadequados. Dos dez bailarinos, 50% responderam restringir sua alimentação antes de eventos, mesmo sem nenhuma orientação nutricional de um profissional qualificado; a média de calorias reduzidas das dietas pré-evento em relação às dietas pós-evento foi 284,9 Kcal + 95,2, já em relação a dieta habitual dos bailarinos foi maior, 335,6 Kcal + 100,8, a média de calorias da refeição pré-evento, mostra que houve de modo geral, uma restrição em relação a dieta habitual e a dieta pós-evento, porém essa diferença de calorias não significa que a restrição foi intencional, por parte de todos os bailarinos.

Nenhum bailarino referiu utilizar suplementos nutricionais e apresentar transtornos alimentares. De acordo com os dados levantados nesta pesquisa, fica clara a necessidade de conscientizar as companhias de dança da importância da atuação do nutricionista, adequando o estado nutricional e potencializando a performance dos bailarinos, necessitando mais estudos com esta população.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição – Porto Alegre
Nutrição Clínica/Hospitalar
AVALIAÇÃO DAS DIETAS RECEBIDAS POR PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA INTERNADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO SUL DO BRASIL.
 

ROCHA, E. ¹; ZANINI, J. ²
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão – Brasil.
² Apresentadora do trabalho do Fórum

Objetivo: Identificar a conformidade da dieta sugerida com a patologia de pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Metodologia: A coleta de dados partiu da pesquisa dos indivíduos internados ou diagnosticados com HAS no HNSC, no período de 01 de setembro a 31 de outubro de 2007. Os dados para a identificação dos sujeitos foram coletados no prontuário eletrônico da entidade. Além disso, a análise das dietas foi realizada através de consulta no mapa de dietas do hospital.

Resultados: Foi observada na pesquisa a predominância do sexo feminino, representando 63,82% da amostra total, sendo que dos 47 clientes analisados, 32 (68%) apresentavam-se com idade superior a 60 anos de idade, representando mais da metade do total da população estudada. Por último, ao analisar a conformidade da dieta com a patologia HAS notou-se que 36,17% do total da amostra não apresentavam prescrição para dieta hipossódica ou tinham prescrição para outras dietas (dieta hipolipídica, dieta livre/normal/geral, dieta para pacientes diabéticos, dieta pastosa para paciente diabético e dieta pastosa), já 63,82% apresentavam prescrição dietoterápica condizente à patologia HAS.

Conclusões: A prescrição correta de uma dieta para hipertensos baseia-se numa dieta hipossódica (dieta com pouco sal ou com o oferecimento de 2mg), inclusão do consumo de alimentos fonte de potássio, verduras, fibras e frutas e da atividade física. Tudo isso irá influenciar na pressão arterial, auxiliando no seu controle e na manutenção em níveis normais, onde a prescrição dietética correta e individualizada para os pacientes hipertensos irá proporcionar eficácia no tratamento da patologia.

 
 

 

4º Fórum de Nutrição – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica
UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE. ATHAYDES, A.; BRUSCHI, K.; BUSNELLO, F.; GOTTSCHALL, C.; KEITEL, E.; MICHELS, A. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA – Porto Alegre – RS – Brasil Autor que apresentará o trabalho: Kelly Regina Bruschi
 

Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes submetidos à hemodiálise, em caráter ambulatorial, através da aplicação de diferentes métodos para avaliação do estado nutricional. 

Metodologia: Realizou-se um estudo transversal e os dados foram coletados no Serviço de Hemodiálise do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA). Foram avaliados 100 pacientes, com idade superior a 18 anos, pertencentes ao programa de hemodiálise há mais de três meses e que concordaram em participar da pesquisa assinando um termo de consentimento livre e esclarecido. Todos pacientes foram submetidos ao teste de dinamometria antes da sessão de hemodiálise e posteriormente foram aferidos: o peso seco e a estatura - utilizados para o cálculo do índice de massa corporal (IMC) - e as medidas do braço (CB, CMB, DCT). Realizou-se também a avaliação nutricional subjetiva global (ANSG), validada por Kalantar-Zadeh et al., para pacientes em tratamento dialítico.

Resultados: Dos 100 pacientes estudados, 56% eram do sexo masculino; a média de idade foi de 50,8 anos.  A prevalência de desnutrição estimada pela força do aperto de mão, medida através do dinamômetro mecânico, foi de 74%, superior aos demais métodos: 16% para o índice de massa corpórea, 42% para a circunferência do braço, 49% para a circunferência muscular do braço, 36% para a dobra cutânea tricipital e apenas 20% para a avaliação nutricional subjetiva global. 

Conclusão: A desnutrição foi freqüente nos pacientes estudados e a avaliação do estado nutricional através da força do aperto de mão não dominante, avaliada pelo dinamômetro mecânico, detectou prevalência maior de desnutrição em comparação aos demais métodos utilizados. Cabe, no entanto, salientar que nenhum indicador, utilizado de forma isolada é capaz de gerar informações suficientes para uma análise mais profunda do estado nutricional, mas são úteis principalmente para a monitorização das modificações na composição corporal ao longo do tratamento dialítico.

 

 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição – Porto Alegre
Nutrição Esportiva
PERFIL NUTRICIONAL DE ATLETAS DE UM CLUBE DE FUTEBOL NA CIDADE DE BAGÉ/RS
 

Palomino de los Santos, M.; Pereira Soares A.P; Narvaz Ferreira A.P.; Pereira Almada A.;Correa da Silveira C.; Garibaldi Botelho C.; Móglia Pedra F.; Santos de Ávila F.; Cougo de Albuquerque H.; Lopes Stona J.; Teixeira Contti L.; Barreto Lima L.; Correa Soares M.G..

Universidade da Região da Campanha, Bagé,RS/Brasil

Autor que apresentará o trabalho: Mônica Palomino de los Santos

Objetivo: Conhecer o perfil nutricional de atletas de um clube de futebol.A pesquisa foi um estudo descritivo de corte transversal, numa amostra de 21 atletas do sexo masculino.

Metodologia: A coleta de dados foi realizada por acadêmicos do 6º semestre do Curso de Nutrição, com supervisão docente, por meio da aplicação de um questionário incluindo informações sobre variáveis demográficas, socioeconômicas, padrão da atividade física e recordatório alimentar de 24 horas, aplicado em três dias da semana. Também foi realizada coleta de medidas antropométricas, para obtenção do peso foi utilizada balança portátil, capacidade 150Kg, para aferição da estatura utilizou-se antropômetro adulto, para área muscular do braço, utilizou-se medidas com adipômetro de tríceps e bíceps e fita métrica. As medidas foram tomadas com os atletas usando roupas de jogo e com os pés descalços. Para tabulação e análise do banco de dados, utilizou-se o software EPI INFO v.6,04.

Resultados: A maioria (52,4%) dos atletas possuía escolaridade de ensino médio. Sendo a maior parte (66,7%) com renda mensal até 3 salários mínimos e 33,3%, acima de três salários. Pode ser observado que os entrevistados apresentaram idades entre 19 e 35 anos, com média de 25 anos (DP=5,5 anos). Em relação ao peso encontrou-se média de 76,8 Kg (DP=4,96 Kg). Ao analisar a estatura, observou-se média de 178,25. Ao analisar as medidas de tríceps e perímetro de braço encontrou-se média de 7,15 e 29,22 cm respectivamente. Na avaliação nutricional dos atletas encontrou-se sobrepeso em 28,6% dos entrevistados e eutrofia em 71,4%, o IMC médio foi de 24,38 (DP=1,96).  Em relação ao local onde os atletas fazem as refeições, observou-se que a maioria realiza em casa (61,9%).Com relação à freqüência diária de treino realizada pelos atletas, encontrou-se que 57,1% (n=12) realizam de 1 a 2 horas por dia, enquanto que 42,9% (n=9), mais que 3 horas por dia., correspondendo a 61,9% da população estudada. Observou-se que 47,6% consomem álcool esporadicamente. Encontrou-se um consumo médio de 3.236,74 calorias. Em relação à ingestão dos macronutrientes, observou-se um bom equilíbrio entre os nutrientes. Salienta-se que para a alimentação do atleta o percentual de carboidratos deveria ser mais elevado, em relação aos micronutrientes, houve boa ingestão, exceto cálcio, vitamina A e Vitamina D.

Conclusões: Diante dos resultados encontrados, recomendou-se que a ingestão de alimentos fontes de carboidratos fosse aumentada, como frutas, vegetais e cereais integrais ou refinados e, reduzido o percentual de lipídeos, como alimentos fritos e ricos em gordura animal. Recomendou-se um aumento da ingestão de vegetais verdes-escuros e amarelos, bem como frutas amarelas. Para suprir o aporte de Vitamina D e cálcio, o consumo de peixe, frutas oleaginosas, cereais integrais e leite ou derivados foi estimulado.  Salientou-se que 15 minutos de sol diário, são suficientes para suprir a necessidade de Vitamina D. Destacou-se a importância da água para praticantes de exercício físico, recomendou-se ingestão de no mínimo 2 litros/dia, quantidade que deve ser aumentada em dias quentes. Tais informações possibilitaram ao grupo estudado um melhor desempenho físico, bem como a valorização do profissional nutricionista numa equipe de esporte.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição – Porto Alegre /RS
Food Service/Gastronomia
ANÁLISE ERGONÔMICA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E AVALIAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO, LOCALIZADA EM TUBARÃO, SC.
 

KOCH, K.T. ¹; OLIVEIRA, R.C. ².
GRSA (GR Serviços de Alimentação), terceirizando serviço na empresa Itagres Revestimentos Cerâmicos, Tubarão/SC – Brasil.

¹ Apresentadora do trabalho do Fórum

Objetivo: Analisar ergonomicamente as condições de trabalho e avaliar a presença e utilização de EPI´s, em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), localizada em Tubarão, SC.

Metodologia: A UAN onde foi realizado o trabalho presta serviço terceirizado pela GRSA Serviços de Alimentação, localizada na empresa Itagres Revestimentos Cerâmicos, situada em Tubarão, Santa Catarina. Como instrumentos para coleta de dados foram utilizados dois check-list, elaborados com base nas Normas Regulamentadoras, do Ministério do Trabalho. Sendo o primeiro específico para Ergonomia, baseado na NR-17, constando com análise de 15 itens. E, o segundo, para os EPI´s, de acordo com a NR-6, abordando 7 itens.

Resultados: Com a aplicação do check-list sobre ergonomia, foram analisados 15 itens e verificou-se que 14 itens analisados apresentaram-se não conformes e apenas 1, encontrava em conformidade. Já com o check-list aplicado para analisar a presença e utilização dos EPI´s, verificou-se que dos 7 itens avaliados, apenas 2 apresentaram não conformidade, sendo que, todos os outros 5 estavam conformes.

Conclusões: Constatou-se que a unidade estudada apresenta grande número de inconformidades, pontos estes, que merecem atenção uma vez que solucionados, beneficiaram os operadores e, conseqüentemente a UAN. Observou-se que o trabalho realizado é caracterizado por movimentos repetitivos; grande esforço físico; permanência por períodos prolongados na postura em pé; deslocamento excessivo durante a realização das atividades; adoção de posturas erradas durante a realização das tarefas, sem pausas para descanso no decorrer das tarefas exaustivas; carregamento e levantamento de pesos freqüentes; ritmo de trabalho acelerado podendo acarretar em sobrecarga de trabalho e comprometimento da saúde do operador e da qualidade do produto. Ao final, verificou-se que a Ergonomia, aliada ao uso dos EPI´s obrigatórios, podem auxiliar no processo produtivo, melhorando as condições de saúde e trabalho. Destacando que algumas modificações devem ser realizadas, com intuito de reduzir riscos de acidentes e evitar problemas de saúde aos operadores, e conseqüentemente gerar maior produtividade.

 
 

 

FÓRUM DE NUTRIÇÃO – PORTO ALEGRE
Área: Nutrição Clínica
AVALIAÇÃO DAS COMORBIDADE ASSOCIADAS À OBESIDADE MÓRBIDA APÓS CINCO ANOS DE CIRURGIA BARIÁTRICA. Autores: FEOLI,A. GUIDI F. OLIVEIRA E. SANTANA L. Instituição: Centro de Obesidade Mórbida Centro Clínico do Hospital São Lucas da Pucrs. Autor apresentador: OLIVEIRA, Elenice.
 

Objetivo:Comparar as comorbidades associadas à obesidade mórbida no pré e pós operatório tardio de 5 anos de evolução, através dos prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Centro de Obesidade Mórbida do Centro Clínico do Hospital São Lucas da PUCRS.

Metodologia: Estudo do tipo série de casos, retrospectivo e observacional com característica descritiva e analítica. As informações obtidas através de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Foram incluídos pacientes com idade entre 20 e 59 anos e 11 meses com um pós-operatório tardio de 5 (cinco) anos, totalizando em uma amostra de 9 pacientes, sendo 8 (oito) mulheres e 1 (um) homem. As comorbidades foram avaliadas a partir de exames físicos e laboratoriais realizados por uma equipe multidisciplinar nas primeiras consultas de pré-operatório e após 5 (cinco) anos de cirurgia. As medidas antropométricas utilizadas para avaliação das comorbidades foram peso e estatura para calcular o IMC e relação cintura quadril para verificar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Foi considerado fator de risco elevado para desenvolver doenças cardiovasculares a relação cintura/quadril, obtida através da divisão dos valores encontrados para as referidas circunferências, superior a 1,0 para homens e 0,85 para mulheres. Classificou-se de um modo geral a hipertensão como a Pressão Sistólica igual ou superior a 140mmHg ou a Pressão Diastólica igual ou superior a 90mmHg ou ambas. Em relação aos exames laboratoriais verificou-se os valores de glicemia e perfil lipídico. Para o diagnóstico de hiperglicemia preconizou-se a glicemia em jejum de 8 horas maior que 126mg/dl e para intolerância a glicose valores entre 100mg/dl e 120mg/dl. Para o diagnóstico de dislipidemia consideraram-se os valores preconizados pela III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias.

Resultados: Foram encontrados nos prontuários uma média de idade, peso e IMC pré-operatório de, respectivamente, 36,44 anos (±11,12), 130,82kg (± 20,52) e 50,26kg/m2 (±8,91). A média do percentual de perda de peso encontrado nesses pacientes após 5 (cinco) anos de cirurgia foi de 79,91% (± 17,66), sendo que redução média de peso encontrada de cada paciente foi de 49,59kg (±11,17). A média da relação cintura/quadril no pré-operatório encontrado foi de 0,91 (±0,12) e no pós foi de 0,83 (±0,10). A média dos valores pressóricos no pré-operatório foi de 140mmHg (±10,54) para pressão sistólica e 87,78mmHg (±8,2) para pressão diastólica. No pós-operatório esses valores reduziram para 115,56mmHg (±14,23) para pressão sistólica e 72,22mmHg (±11,33) para pressão diastólica, com a perda de peso somente 22% da amostra permaneceram com níveis pressóricos elevados, porém não foram necessários uso de fármacos. Pode-se observar que 33% da amostra apresentavam hipercolesterolemia isolada, 11% hipertrigliceridemia e 33% diminuição isolada de HDL-c, sendo que a média do colesterol total, LDL – c, HDL – c e triglicerídeos no pré-operatório foi de, respectivamente, 222,32 mg/dl (±26,65), 141,21 mg/dl (±25,30), 50,78 mg/dl (±14,03) e 147,58 mg/dl (±47,35).  No pós-operatório tardio o perfil lipídico desses pacientes ficou entre os valores desejáveis ou limítrofes, a saber, a média: Colesterol total 180, 78 mg/dl (±24,18), LDL – c 98,11 mg/dl (±18,95), HDL – c 66,22 mg/dl (±7,57) e triglicerídeos 82,33 mg/dl. (±31,87). No pré operatório 11% da amostra apresentavam hiperglicemia e 33% intolerância a glicose; após o período de 5 (cinco) anos de cirurgia ocorreu a normalização dos níveis glicêmicos. A média encontrada nesses pacientes de glicemia no pré-operatório foi de 101,99 mg/dl (±19,43) e no pós-operatório tardio foi de 93,22 mg/dl (±6,97).

Conclusões: Os resultados satisfatórios encontrados nesses pacientes devem-se ao acompanhamento nutricional sistemático no pós-operatório, pois com a cirurgia bariátrica muitos deles desenvolvem carências nutricionais, aversões e/ou intolerâncias alimentares, sendo fundamental uma conduta dietoterápica eficaz para evitar problemas futuros. Estudos demonstram que pessoas obesas têm a chance aumentada em mais de três vezes, de desenvolver Diabetes Mellitus tipo 2, doenças renais, dislipidemias e apnéia durante o sono. Têm, ainda, a chance aumentada entre duas a três vezes de serem acometidas por doenças cardiovasculares e osteoartrites e de uma a duas vezes de desenvolver certos tipos de câncer e anormalidades hormonais relacionadas à reprodução. Com o tratamento cirúrgico, pacientes obesos mórbidos podem ter uma qualidade de vida melhor, diminuindo significativamente, os riscos que o excesso de peso pode trazer, entretanto alguns pacientes que se submetem à cirurgia bariátrica e não mantêm o acompanhamento nutricional adequado acabam alcançando resultados insatisfatórios, pois esses pacientes se alimentam erroneamente. Mesmo com a capacidade gástrica diminuída acabam ingerindo alimentos pouco nutritivos e com alta densidade calórica, acarretando assim, distúrbios e carências nutricionais. Ressalta-se, porém, que os benefícios da redução de peso referidos neste estudo, podem ser atingidos, tanto em pacientes com sobrepeso ou obesidade grau I e II, com o acompanhamento nutricional adequado e com mudanças no estilo de vida. 

 
 

 

4º FÓRUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO – PORTO ALEGRE – RS
Nutição e Saúde Pública
OBESIDADE E ALTA ADIPOSIDADE ABDOMINAL EM ADOLESCENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO DE PORTO ALEGRE, RS
 

Autor: NUNES, M; ANDRADE, KC; BENEDETTI, FJ; BOSA, VL; SCHUCH, I.
Instituição: UFRGS
Porto Alegre, Brasil.
Apresentador: Marina Nunes

OBJETIVOS: Determinar a prevalência de obesidade e alta adiposidade abdominal, além do estado nutricional segundo o IMC, dos adolescentes do Centro Estadual de Formação de Professores no município de Porto Alegre, RS, a partir de variáveis antropométricas.

MÉTODOS: Foram estudados 831 adolescentes entre 10 e 18 anos matriculados em uma escola estadual de Porto Alegre, RS. Determinou-se a prevalência de alta reserva adiposa abdominal pela Circunferência da Cintura (CC) e obesidade pelo Índice de Massa Corporal (IMC) em associação com a Dobra Cutânea Triciptal (DCT), conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa a distribuição da gordura corporal. Além disso, avaliou-se o estado nutricional pelo IMC isoladamente.

RESULTADOS: A distribuição foi semelhante em ambos os sexos em todas as faixas etárias e a população feminina (61,4%) foi maior do que a masculina (38,6%). Os meninos tiveram maior prevalência tanto de alta reserva adiposa abdominal (19,9%) como também maior prevalência de obesidade pela associação do IMC com a DCT (24,3%) mostrando um dado significativo na presença de fatores de riscos para doenças cardiovasculares. As meninas (19%) tiveram apenas, maior prevalência de sobrepeso, pelo IMC isolado. Houve redução do diagnóstico de obesidade da análise de associação do IMC à DCT de quando analisado apenas pelo IMC, visando a importância de mais de um método para o diagnóstico nutricional.

CONCLUSÕES: O sobrepeso e a obesidade entre os adolescentes vêm aumentando muito, especialmente entre os meninos obrigando-nos a dar uma atenção especial a essa população e a ir em busca de ações que venham a melhorar o perfil nutricional, a qualidade de vida e a redução da morbidade que esse excesso de peso causa.. Melhorar o perfil dos adolescentes é a premissa de um futuro com adultos mais saudáveis e conscientes.

 
 

 

4º FÓRUM NACIONAL DE NUTRIÇÃO – PORTO ALEGRE – RS
Nutição e Saúde Pública
IDENTIFICAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS PREDITORES DE RISCO CARDIOVASCULAR, EM ADOLESCENTES, POR MEIO DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO SIMPLIFICADO DE FREQÜÊNCIA ALIMENTAR
 

Autor: ANDRADE, KC; NUNES, M; BENEDETTI, FJ; RODRIGUES, L; MOULIN CC.
Instituição: UFRGS
Porto Alegre, Brasil
Apresentador: Marina Nunes

OBJETIVOS: Identificar o consumo de alimentos preditores de risco cardiovascular e relacionar consumo alimentar e diagnóstico nutricional em adolescentes.

MÉTODOS: Estudo transversal com 821 adolescentes matriculados em uma escola estadual de Porto Alegre. Para avaliação do consumo alimentar utilizou-se um questionário auto-aplicável de 9 itens alimentares. A análise do questionário é a proposta por Chiara e Sichieri, 2001 e outra proposta pelas autoras. Para avaliação do estado nutricional utilizou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) classificando-se segundo OMS, 1995.

RESULTADOS: A distribuição foi semelhante entre as três faixas etárias e a população feminina (62,1%) foi maior do que a masculina (37,9%). Apenas 6,1% dos adolescentes foi classificada como desnutrição ou risco nutricional, porém 26,6% foi classificada como obesa ou com sobrepeso. O alimento mais consumido foi a carne e o menos freqüente foi hambúrguer. Pela análise do consumo diário o mais consumido foi a manteiga/margarina. 46,5% dos adolescentes tiveram consumo excessivo de alimentos preditores de risco cardiovascular de acordo com a proposição de Chiara e Sichieri e 58,5% tinham consumo inadequado pela nossa proposta. A faixa etária de consumo mais adequado foi entre 13 e 15 anos e mais inadequado foi a de 16 a 18 anos, porém não houve significância estatística (P=0,1250). Houve diferença estatística de consumo entre as classificações de IMC, sendo que os obesos ou com sobrepeso tiveram maior adequação de consumo e os desnutridos ou com risco nutricional o mais inadequado, porém pela classificação de Chiara e Sichieri não houve diferença. As meninas tiveram consumo mais adequado do que os meninos em ambas as classificações.

CONCLUSÕES: Houve alto consumo dos alimentos considerados preditores de risco cardiovascular e de carne e manteiga ou margarina. A categoria de IMC com sobrepeso e obesidade apresentou consumo alimentar mais adequado do que as outras categorias e os meninos têm alimentação mais inadequada do que as meninas. Eles, também possuem risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares do que elas de acordo com o questionário utilizado nessa pesquisa.

 
 

 

4º FÓRUM DE NUTRIÇÃO - RIO GRANDE DO SUL
FOOD SERVICE/ GASTRONOMIA
IMPLANTAÇÃO DE FICHAS TÉCNICAS EM UM RESTAURANTE COMERCIAL REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DO SUL- RS/ BRASIL QUADROS, R.; PETRY, K.; STOLTE, D. APRESENTAÇÃO: ROCHELE DE QUADROS
 

OBJETIVOS: O objetivo do trabalho foi implantar e padronizar Fichas Técnicas de Produção (FTP) em um restaurante comercial e identificar a existência de melhorias com esta implantação.

MÉTODOS: Tratou-se de um estudo de caráter experimental dividido em duas etapas, onde a primeira etapa consistiu-se na elaboração e padronização das FTP, e na segunda etapa verificou-se a existência de melhorias através da aplicação de um questionário com perguntas fechadas para os funcionários que trabalhavam diretamente na elaboração das preparações, gerentes e proprietários.

RESULTADOS: Participaram do estudo onze pessoas, sendo este o total da amostra. Foram elaboradas 110 FTP padronizadas. Os resultados encontrados de acordo com os questionários respondidos mostram que 98,25% dos gerentes e proprietários e 100% dos funcionários consideraram que houve melhorias no item qualidade das preparações e, 95,33% dos gerentes e proprietários e 100% dos funcionários consideraram que houve melhorias no item condições de trabalho. Já no item de gerenciamento que foi avaliado somente pelos gerentes e proprietários, 81,4% consideraram que houve melhorias.

CONCLUSÃO: Conclui-se que foi possível padronizar e implantar as FTP e que esta implantação trouxe melhorias nos quesitos qualidade das preparações, condições de trabalho e gerenciamento. Demonstrando que a implantação de FTP é fundamental para se obter qualidade, padronização, controle de estoque e custos dentro de uma unidade de alimentação e que esta beneficia todas as categorias envolvidas no processo de produção, sendo este um diferencial para as empresas, pois contribui para sua permanência no mercado.

Palavras-chave: Fichas Técnicas, Padronização e Qualidade.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição – Porto Alegre
Nutrição Clínica/Hospitalar
AVALIAÇÃO DAS DIETAS RECEBIDAS POR PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA INTERNADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO SUL DO BRASIL.
 

ROCHA, E. ¹; ZANINI, J. ²
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Tubarão – Brasil.
² Apresentadora do trabalho do Fórum

Objetivo: Identificar a conformidade da dieta sugerida com a patologia de pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).

Metodologia: A coleta de dados partiu da pesquisa dos indivíduos internados ou diagnosticados com HAS no HNSC, no período de 01 de setembro a 31 de outubro de 2007. Os dados para a identificação dos sujeitos foram coletados no prontuário eletrônico da entidade. Além disso, a análise das dietas foi realizada através de consulta no mapa de dietas do hospital.

Resultados: Foi observada na pesquisa a predominância do sexo feminino, representando 63,82% da amostra total, sendo que dos 47 clientes analisados, 32 (68%) apresentavam-se com idade superior a 60 anos de idade, representando mais da metade do total da população estudada. Por último, ao analisar a conformidade da dieta com a patologia HAS notou-se que 36,17% do total da amostra não apresentavam prescrição para dieta hipossódica ou tinham prescrição para outras dietas (dieta hipolipídica, dieta livre/normal/geral, dieta para pacientes diabéticos, dieta pastosa para paciente diabético e dieta pastosa), já 63,82% apresentavam prescrição dietoterápica condizente à patologia HAS.

Conclusões: A prescrição correta de uma dieta para hipertensos baseia-se numa dieta hipossódica (dieta com pouco sal ou com o oferecimento de 2mg), inclusão do consumo de alimentos fonte de potássio, verduras, fibras e frutas e da atividade física. Tudo isso irá influenciar na pressão arterial, auxiliando no seu controle e na manutenção em níveis normais, onde a prescrição dietética correta e individualizada para os pacientes hipertensos irá proporcionar eficácia no tratamento da patologia.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição – Porto Alegre
Food Service
AVALIAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) TERCEIRIZADA NA CIDADE DE TUBARÃO, SC.
 

ZANINI, J. P.¹; TRANCOSO, S. C ²
UNISUL, Tubarão – Brasil.
¹Apresentadora do trabalho do Fórum

Objetivo: Caracterizar as adequações necessárias para boas práticas de manipulação de alimentos em uma UAN terceirizada na cidade de Tubarão, SC.

Metodologia: A pesquisa foi realizada em uma UAN terceirizada, localizada em uma indústria do ramo têxtil. Para a coleta de dados foi utilizado um check list aplicado no período de uma semana, por ZANINI, J. P., para a verificação das práticas realizadas na UAN através da identificação das conformidades e não conformidades, através dessa verificação, foi elaborado um roteiro de sugestões e adequações para cada não conformidade encontrada.

Resultados: Dos onze itens analisados, oito apresentaram alguma não conformidade. Sendo assim, quatro foram destacados com índices relevantes, apresentando pontos de não conformidades. Dentre esses, primeiramente verifica-se o item abastecimento de água com 0% de adequação. Devendo-se ao fato do estabelecimento terceirizado não se responsabilizar pela garantia de sua conformidade, e sim, ser dever da empresa onde a unidade foi instalada. O próximo item verificado foi em relação às documentações e registros, o qual aparece com 86% de não conformidade, onde foram observadas a ausência de Manual de Boas Práticas (MBP), assim como a não implementação e/ou utilização dos POP`s (Procedimentos Operacionais Padronizados). Ao analisar o tópico de matérias-primas, ingredientes e embalagens, verificam-se 67% de itens não conformes, dentre eles, destaca-se a falta de transporte adequado para o abastecimento dos insumos, área não individualizada para a recepção e almoxarifado com tamanho insuficiente para atender a demanda dos produtos e por últimos, foi analisado o item das edificações, instalações, equipamentos e móveis, embora notados o menor número de pontos não conformes, em relação aos citados anteriormente, obteve percentual de 58%.

Conclusões: Após o término desta pesquisa, foram observadas algumas não conformidades na unidade. Baseado em fontes bibliográficas, analisou-se os principais pontos críticos do estabelecimento. Dentre esses, mereceram destaque o abastecimento de água, havendo grande necessidade de adequação, pois sua utilização envolve várias atividades, o que pode causar danos à saúde dos comensais. Apesar disso, este foi um dos itens que possui maior facilidade em ajustar-se, basta o comprometimento e conhecimento da empresa em garantir sua devida adequação. Já os demais itens analisados, dentro outras medidas, cabe a inclusão de profissional capacitado e especializado para implantar, garantir e impor regras, além de ter a responsabilidade em fiscalizar e supervisionar todas as etapas de produção das refeições, dispondo de recursos específicos para garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos, saúde dos comensais e satisfatória elaboração do produto final.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição - Porto Alegre
Nutrição Esportiva
SATISFAÇÃO CORPORAL E ESTADO NUTRICIONAL DE ATLETAS DE UMA EQUIPE FEMININA DE FUTSAL DE UMA UNIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA (SC)
 

Santos, F.S.; Pescador, L.C.; Stacke, M.J.C.; Lobo, A.S.
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma, Brasil.
O trabalho será apresentado pela autora Santos, F.

O conceito de beleza tem sido alterado com o decorrer do tempo, passando a ser valorizado um corpo cada vez mais magro, atlético, torneado e musculoso. Este fato influencia principalmente os desportistas, os quais sofrem uma grande pressão psicológica quanto à sua composição corporal, podendo levar á práticas alimentares inadequadas na busca incansável e, muitas vezes, inatingível de um padrão corporal ideal. O presente estudo objetivou descrever a satisfação corporal e o estado nutricional de atletas de uma equipe feminina de futsal de uma universidade privada do município de Criciúma (SC). Participaram do estudo 10 atletas de 18 a 28 anos de idade que integram a equipe profissional da instituição. Foram coletados dados de massa corporal e de estatura, e calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Utilizou-se a Escala de Figuras de Silhuetas, que consiste num conjunto de nove silhuetas que representam em forma crescente a magreza (silhueta 1) até a obesidade severa (silhueta 9).

O avaliado escolhe o número da silhueta que considera mais semelhante a sua aparência corporal real e também o número da silhueta correspondente a imagem corporal desejada (ideal). A satisfação é avaliada quando se subtrai a aparência corporal real da aparência corporal ideal. Quando o resultado é igual a zero, o indivíduo está satisfeito; quando esta variação é positiva, há insatisfação pelo excesso de peso; e, quando negativa, insatisfação pela magreza. Foram adotados procedimentos de estatística descritiva. Os valores médios de idade, massa corporal, estatura e de IMC foram, respectivamente, 21,6+2,8 anos, 62,1+4,6Kg, 1,65+0,06 m e 22,96+1,59. 

Os valores de IMC variaram de a 20,25 a 25, sendo que somente uma atleta apresentou sobrepeso. Somente três atletas mostraram estar satisfeitas com a imagem corporal. Das sete atletas insatisfeitas, seis desejavam uma silhueta mais magra. Dentre elas, a silhueta “quatro” foi a mais apontada como sendo a silhueta real, enquanto que a silhueta “dois” foi a mais relatada como ideal. Quantos as atletas satisfeitas, ambas escolheram a silhueta “três” para caracterizar tanto a imagem corporal real e ideal. Apesar da maioria das atletas ser eutrófica, almeja-se uma silhueta mais esguia como sendo a ideal, cultuando a magreza como sinônimo de beleza e saúde.

 
 

 

4º Fórum Nacional de Nutrição - Porto Alegre
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA DE PORTO ALEGRE COMPARAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM HEPATOPATAS CRÔNICOS
 

Dahlem S.A.F.a, Michels A.M.b, Zoche E.c, Marroni C.A.d

  1. Nutricionista. Mestranda pela Pós Graduação em Hepatologia pela UCSPA. Coordenadora de estudos clínicos de nutrição e hepatologia na UCSPA.
  2. Nutricionista. Mestranda pela Pós Graduação em Hepatologia pela UCSPA.
  3. Nutricionista. Pós-graduanda em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho
  4. Professor Associado de gastroenterologia da UCSPA. Hepatologista do grupo de transplante hepático de adultos da Santa Casa de Porto Alegre.

Introdução: A desnutrição protéico-calórica é um fator significante para determinar as condições clínicas, as quais influenciam diretamente na qualidade de vida dos pacientes hepatopatas.  Os resultados de métodos tradicionalmente empregados para a avaliação do estado nutricional podem ser comprometidos devido às alterações corporais e metabólicas que o paciente cirrótico apresenta. Porém é de suma importância identificar o método de avaliação nutricional que melhor se aplica a esta população, a fim de corrigir seu estado nutricional.

Objetivos: Comparar resultados obtidos de diferentes métodos de avaliação nutricional em pacientes cirróticos.

Pacientes e métodos: Foram avaliados os cirróticos em acompanhamento ambulatorial em um hospital público de Porto Alegre, RS, Brasil. Foram realizadas a avaliação antropométrica, a avaliação subjetiva global, a dinamometria e a bioimpedância elétrica. Após os esclarecimentos sobre a natureza e objetivos do estudo, aqueles pacientes que concordaram em participar assinaram o termo de consentimento informado, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados:
Foram avaliados 129 pacientes, sendo que as etiologias mais prevalentes foram: o vírus da hepatite C, o álcool e o vírus da hepatite C associado ao álcool. Através da bioimpedância elétrica, constatamos uma associação com o Child Pugh e indivíduos C apresentaram ângulo de fase significativamente menor que os indivíduos classificados Child Pugh A e B, desta forma optou-se por agrupar pacientes clinicamente classificados como A e B. Além do Child Pugh, houve associação significativa entre o ângulo de fase, faixa etária e sexo. Analisamos a associação entre os métodos de dinamometria e bioimpedância elétrica, os quais apresentaram maior número de desnutridos respectivamente, com a classificação da doença através do Child Pugh A, B e C, demonstramos que o método BIA é o único que apresenta relação significativa entre o Child Pugh C e a desnutrição. Além desses, dados, criamos um ponto de corte de 5,44º do ângulo de fase, onde denominamos este parâmetro como BIA Cirrose, onde pacientes que apresentem ângulo de fase ≤ 5,44º são classificados como desnutridos e ≥ 5,44º são denominados como nutridos.

Conclusão:
A bioimpedância elétrica foi o único método que apresentou relação significativa quando comparada ao Child Pugh, conforme as análises deste estudo, se mostrando um possível método eficiente na classificação do estado nutricional de pacientes cirróticos.