RELAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS GESTANTES COM O PESO DOS RECÉM-NASCIDOS.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Saúde Pública

Autor
: ALMEIDA,.K.C.L; NASCIMENTO, R.S ; FURTADO, C.R.S.
CESUPA-Centro Universitário do Pará- Belém-Brasil.

Apresentador: Kátia Cristina Leandro Almeida- Apresentador

Objetivos: O presente trabalho objetivou relacionar o estado nutricional materno no final do período gestacional e sua repercussão no peso do recém-nascido, através da avaliação do IMC no final da gestação, verificação do número de consultas pré-natais, classificação quanto ao peso do recém-nascido e relação do o perfil socioeconômico com o estado nutricional do bebê. Metodologia: A avaliação do estado nutricional materno e do recém-nascido foi realizada através da medição do peso e altura da mãe, e apenas o peso do bebê, seguindo metodologias propostas pelo Ministério da Saúde (2004). Resultados e Conclusões: A população pesquisada consistiu em um perfil de adultas jovens (76,7%) na faixa etária ideal para reprodução. 63% das mães afirmaram ser nulíparas. No intervalo interpartal observou-se que cerca de 18% das mães tiveram filhos num intervalo inferior a 2 anos entre eles. 93% das mães entrevistadas realizaram 6 ou mais consultas pré-natais. O estado nutricional pré-gestacional predominante foi de mães eutróficas (77%). O IMC ao final da gestação foi representado por 40% de mães eutróficas. De acordo com a idade gestacional de nascimento, 87% das mães tiveram bebês a termo. Quanto ao peso do recém-nascido, 80% se encontravam com peso adequado para as semanas pós-concepção (eutróficos). Conclusão: O peso pré-gestacional adequado contribui significamente no peso do recém-nascido, através da existência de acúmulos de reservas nutricionais que irão ser utilizados de forma imediata pelo feto como fonte energética, não comprometendo no estado nutricional da mãe. O ganho de peso materno pode ser observado através da assistência pré-natal, que possibilita a recuperação de gestantes desnutridas e a diminuição do nascimento de crianças com baixo peso, ou até, em casos de sobrepeso e obesidade controla-se o ganho de peso, diminuindo a morbimortalidade perinatal.

Palavras chaves: gestação, recém-nascido, avaliação do estado nutricional.

 
 

 

AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE GESTANTES ADOLESCENTES ATENDIDAS NO PROGRAMA PRÉ-NATAL DA UNIDADE DE SAÚDE UREMIA MATERNO-INFANTIL

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Saúde Pública

Autor:
ALMEIDA,.K.C.L; NASCIMENTO, R.S ; FURTADO, C.R.S.
CESUPA – Centro Universitário do Pará- Belém-Brasil.

Apresentador: Kátia Cristina Leandro Almeida

Objetivo: O trabalho objetivou-se em avaliar a ingestão alimentar de 100 gestantes adolescentes atendidas no programa pré-natal da Unidade de Referencia Materno Infantil URE-MIA, no ano de 2008. Metodologia: Como processo metodológico aplicou-se um questionário de recordatório 24 hs e de freqüência alimentar, além de informações sobre o grau de escolaridade materna; ao final da entrevista  as gestantes recebiam orientações nutricionais. Resultados e Conclusões: As gestantes adolescentes pesquisadas encontravam-se com idade média de 16 anos e baixo grau de escolaridade, esta falta de informação refletiu diretamente no comportamento alimentar, visto que apenas 33% realizavam 6 refeições por dia; e 16% das gestantes adolescentes trocavam 1 das principais refeições (almoço ou jantar) por lanches.Ao final da pesquisa identificamos que a dieta destas gestantes apresentaram as seguintes características: Entre as gestantes adolescentes pesquisadas 39% consumiam aveia, arroz e farinha de mandioca 2 ou mais vezes ao dia e  40% dessas  consumiam pão 2 ou mais vezes ao dia. Alimentação com baixo consumo alimentar de proteína animal (carne vermelha, frango e peixe, apresentando a ingestão semanal de 1 vez por semana por 45%, 58% e 58% respectivamente), baixo consumo de leite (42% consumiam 1 vez por dia) e seus derivados (60% delas nunca tinham consumido derivados do leite), baixa ingestão diária de carne vermelha e ovos com 4% e 8% do consumo respectivamente. Quanto aos fast foods, 21% das gestantes adolescentes consumiam semanalmente (1 vez por semana), baixa ingestão de frutas em geral, onde apenas 29% delas consumiam 1 vez ao dia. Estes dados tornaram viáveis as identificações de erros alimentares dessas gestantes, podendo assim intervir de forma mais precoce possível, evitando agravos nutricionais.

Palavras chaves: Alimentação, gestante adolescente, pré-natal .

 
 

 

ANÁLISE DO TEOR DE SÓDIO DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS DESTINADOS AO PÚBLICO INFANTIL COMERCIALIZADOS EM SUPERMECADOS DE GRANDE PORTE DE BELÉM-PA.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Saúde Pública

Autor: FERREIRA, R. V.; FRANÇA, T. S.; GOMES, D. L.; GOMES, K. C. F. – Instituição: Universidade da Amazônia (UNAMA), Belém/ Pará- Brasil.

Apresentador:
Tarciana Silva de França

Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o teor de sódio de alguns alimentos industrializados, comercializados nos supermercados de grande porte de Belém – PA destinados ao público infantil comparando com as recomendações dietéticas diárias para este grupo. Metodologia: Foram obtidos os valores de sódio contidos no rótulo nutricional das embalagens com apelo infantil dos produtos: macarrão instantâneo sabor (carne, galinha e tomate), mortadela de frango e pão de queijo de cinco marcas comercializadas nos supermercados de grande porte de Belém, num total de 11 produtos. Estes foram avaliados quanto à quantidade de sódio por porção e sua representatividade em relação à recomendação diária de sódio na adequação de ingestão (AI) e ingestão máxima tolerável (UL) para crianças de 1 a 8 anos. Resultados: As recomendações de %VD (percentual de valor diário) encontradas nos produtos avaliados estão baseadas em uma dieta de 2000 Kcal, que seria o recomendado para crianças de 7 a 8 anos. Porém, para crianças de 1 a 3 anos seria recomendado cerca de 1.300 Kcal diárias e para crianças de 4 a 6 anos o recomendado é em torno de 1.800Kcal diárias. A recomendação de sódio para crianças entre 1 a 8 anos é  em média  de 1100 mg por dia para adequação de ingestão (AI) e a ingestão máxima tolerável (UL) é de 1700 mg por dia. Dos produtos analisados, 72,7% apresentaram teor de sódio com valores acima de AI, 36,3% acima da UL, enquanto 27,3% dos valores dentro dos parâmetros de AI e 63,7% dentro dos parâmetros de UL.  Conclusão: Neste estudo, podemos concluir que dos alimentos industrializados destinados ao público infantil avaliados na pesquisa, 72,7% estão em desacordo com as recomendações para o grupo em estudo, o que pode contribuir para o desenvolvimento de hipertensão arterial na infância ou na fase adulta.

 
 

 

SÍNDROME DE MIRIZZI: UM ESTUDO DE CASO

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição Clínica Hospitalar

Autor: ACÁCIO, M.; ALMEIDA, D.;  FRAZÃO, A.; PRAZERES, I.; VASCONCELOS, F, CESUPA – Belém - BRASIL

Apresentador: PRAZERES, I

A síndrome de Mirizzi corresponde à impacção de um cálculo no infundíbulo da vesícula ou no ducto cístico, causando inflamação e compressão da via biliar principal, levando a icterícia obstrutiva; é considerada rara nos países desenvolvidos. Em nosso meio, a sua freqüência não é conhecida, contudo, tem sido diagnosticada por meio da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) (LEITE, 2006). Este trabalho objetiva delinear o estado nutricional e clínico de paciente com distúrbios do sistema biliar, internada na clínica cirúrgica de um hospital universitário de Belém – PA. Realizou-se uma análise prospectiva da evolução clínica e nutricional de uma paciente com Síndrome de Mirizzi. A coleta de dados foi realizada através de ficha pré-elaborada, com as seguintes variáveis: anamnese clínica; anamnese alimentar (frequência alimentar); antropometria (pregas cutâneas, circunferências e índice de massa corpórea), avaliação subjetiva global modificada e análise bioquímica. O prontuário foi utilizado para verificação de intercorrências clínicas desde a admissão até o fim do tratamento. Analisou-se anamnese clínica e alimentar, avaliação subgetiva global e análise bioquímica. Nos casos de colecistite o tratamento dietético inclui uma dieta de baixo teor lipídico. Na ausência da vesícula biliar, a bile é secretada diretamente do fígado para o intestino, não sendo mais armazenada. Com isso, aconselha-se a fracionar as refeições para que não haja uma sobrecarga de gordura, devido à redução de sais biliares no intestino, diminuindo a emulsificação das gorduras, acarretando em uma esteatorréia e conseqüente diminuição da absorção das vitaminas lipossolúveis.

 
 

 

ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC) NA ELABORAÇÃO DE SALADA DE BATATAS EM UMA COZINHA INSTITUCIONAL

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Food Service

Autor: BARBOSA, D. R. S; FRANÇA, T. S.; PELAIS, A. C. A.; SOUZA, A. M. D. – Instituição: Universidade da Amazônia (UNAMA), Belém/ Pará- Brasil.

Apresentador: Tarciana Silva de França

OBJETIVO: O presente trabalho teve por objetivo identificar os pontos críticos de controle,  a partir do fluxograma de processamento da salada de batatas servida em uma cozinha institucional. MATERIAL E MÉTODOS: Para este estudo, inspecionou-se uma cozinha institucional no Município de Belém-PA. Durante a preparação da salada de batatas, identificaram-se as deficiências associadas às Boas Práticas de Fabricação que pudessem originar contaminações e risco para a saúde aos usuários do serviço. Para isso, utilizou-se o diagrama conhecido como árvore decisória, onde  uma série de questões é respondida conduzindo-se à decisão, se a etapa de preparo constitui ou não um ponto crítico de controle (PCC). As etapas de processamento de salada de batatas foram: recebimento das batatas, seleção, armazenamento refrigerado, lavagem, cocção, preparo, adições, tempo de espera e consumo. RESULTADOS: Na cozinha analisada foram encontradas várias não-conformidades como: os manipuladores não conhecem as Boas Práticas de Fabricação de alimentos, os utensílios não são higienizados corretamente, os alimentos passam muito tempo expostos a temperatura ambiente, havendo o risco de multiplicação microbiana e uma possível intoxicação alimentar.  O processo de cocção foi considerado PCC, pois foi a única etapa realizada para a eliminação, prevenção ou redução dos possíveis microrganismos presentes na matéria-prima, trazendo segurança à salada de batatas preparada. As outras etapas do processamento, devido sua possibilidade de correção, sem que houvesse risco imediato à saúde dos usuários, foram consideradas como  ponto de controle (PC).  CONCLUSÃO: Concluí-se que a cozinha da Instituição analisada não está devidamente adequada segundo o plano APPCC. Entretanto, é possível a construção de um programa de qualidade  para a produção da salada de batatas, desde que sejam obedecidos os limites críticos de segurança estabelecidos no plano APPCC. Do ponto de vista qualitativo, são de extrema importância ações que disseminem práticas higiênico-sanitárias adequadas para os manipuladores por meio de treinamentos periódicos.

 
 

 

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA PROMOÇÃO DE PRÁTICAS ALIMENTARES SAUDÁVEIS DIRIGIDAS PARA INSTITUIÇÕES SOCIAIS BENEFICIADAS PELO PROGRAMA MESA BRASIL SESC, BELÉM – PARÁ, 2009.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Saúde Pública

Autor
: SANTOS, N; GARCIA, G. - Serviço Social do Comércio - SESC, Belém/Brasil

Apresentador
: NADYA SANTOS

O Programa Mesa Brasil SESC é uma Rede Nacional de solidariedade de combate a fome e o desperdício de alimentos, que atua na área de Segurança Alimentar e Nutricional, doando alimentos próprios para consumo para pessoas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social. Paralelamente, desenvolve ações educativas para consumo consciente dos alimentos, resgate da cidadania e avaliação nutricional de crianças institucionalizadas. É uma iniciativa do SESC que dissemina a cultura da responsabilidade social compartilhada para a garantia do direito humano a alimentação adequada. A disseminação de educação nutricional é fundamental para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Desta forma se estabelece hábitos e práticas alimentares saudáveis, melhorando a qualidade da alimentação que influencia no desenvolvimento de doenças que podem comprometer a saúde do indivíduo. A Instituição Social (creche, escola, asilo, abrigo, etc.) é um local no qual a criança, adolescente, adulto e idoso fazem suas principais refeições, e tem suas escolhas alimentares decisivas para o consumo de alimentos mais saudáveis, afinal é um ambiente ideal para a troca de informações e para a promoção da saúde, visto que esses indivíduos passam a maior parte do dia nessas instituições e nelas realizam pelo menos uma refeição. O presente estudo teve por objetivo elaborar e aplicar um Programa de Educação Nutricional para a promoção de práticas alimentares saudáveis dirigidas a 50.968 indivíduos de 01 a 80 anos de Instituições Sociais beneficiadas pelo Programa Mesa Brasil SESC Pará. O trabalho foi desenvolvido em 188 Instituições, sem fins lucrativos, que atende gratuitamente crianças, adolescentes, adultos e idosos de 1 a 80 anos de ambos os sexos. O projeto de educação nutricional caracteriza-se como um estudo transversal, realizado no período de abril a dezembro de 2009. Os temas relacionados à educação alimentar foram abordados através de palestras e cursos, por meio de atividades práticas e interativas e ao final de curso foi aplicado avaliação para verificar a fixação do aprendizado. O trabalho de educação nutricional realizado obteve resultados satisfatórios para a promoção de práticas alimentares saudáveis e de saúde. Os cursos desenvolvidos introduziram conceitos básicos sobre alimentação saudável, enfatizando as práticas de higiene dos alimentos e do manipulador, bem como o aproveitamento integral dos alimentos, promovendo a saúde e a diminuição dos riscos de doenças e sensibilização do combate ao desperdício de alimentos. Conclui-se que no durante as atividades educativas desenvolvidas ocorreram melhorias significativas quanto ao comportamento alimentar e a manipulação de alimentos. Desta forma, ressaltamos a necessidade da inserção da educação nutricional desde a infância, a fim de promover hábitos alimentares mais saudáveis, garantindo assim a adequada condição de saúde e qualidade de vida.

 
 

 

ANÁLISE PONDERO-ESTATURAL DO ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES E ESCOLARES ATENDIDOS EM INSTITUIÇÕES SOCIAIS BENEFICIADAS PELO PROGRAMA MESA BRASIL SESC NOS MUNICÍPIOS DE BELÉM/PA E CASTANHAL/PA NOS ANOS DE 2008 E 2009.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição e Saúde Pública

Autor: GARCIA, G.; SANTOS, N. - Serviço Social do Comércio - SESC, Belém/Brasil

Apresentador: GLEICE GARCIA

A maioria das crianças desnutridas tem seu desenvolvimento motor, cognitivo e socioemocional afetados, comprometendo o desempenho escolar e provavelmente a produtividade no trabalho na vida adulta, resultando na transferência da pobreza para as próximas gerações, comprometendo assim o desenvolvimento do país. A fome e a desnutrição representam as principais causas de mortalidade infantil por doenças infecciosas o que demonstra a importância do acompanhamento nutricional nesta fase. O Mesa Brasil SESCé um Programa de combate à fome e o desperdício de alimentos pautado na doação de alimentos excedentes sem valor comercial para pessoas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social, além da promoção de ações educativas e monitoramento do estado nutricional de crianças institucionalizadas. O presente estudo teve por objetivo realizar o acompanhamento nutricional de 3.789 pré-escolares e escolares atendidos pelo Programa nos municípios de Belém e Castanhal, nos anos de 2008 e 2009, através de levantamento de data de nascimento, sexo e aferição de dados antropométricos (peso atual e estatura). O peso foi verificado com o uso de balança digital (Balmak), para a medição da estatura utilizou-se estadiômetro fixo à balança, fita métrica inelástica e infantômetro (Sanny). A análise estatística foi realizada pelo Software Epi Info, versão 6.04 d, utilizando o teste qui-quadrado. Dentre as crianças avaliadas 68% e 32% correspondem à amostra de Belém e Castanhal, respectivamente, no período supracitado. Analisando o indicador peso para estatura (P/E) verificou-se que em ambos os municípios o percentual de eutrofia sobressaiu-se (Belém: Ano 2008 = 85%; Ano 2009 = 88%; Castanhal: Ano 2008 = 88%; Ano 2009 = 82%). No entanto, os achados de superávit nutricional acentuaram-se ano a ano (Belém: Ano 2008 = 2%; Ano 2009 = 6%; Castanhal: Ano 2008 = 2%; Ano 2009 = 6%). Em se tratando do indicador estatura para idade (E/I), observou-se que grande parte das crianças apresentaram estatura normal (Belém: Ano 2008 = 50%; Ano 2009 = 61%; Castanhal: Ano 2008 = 54%; Ano 2009 = 61%). Não obstante, o percentual de déficit estatural (variando de leve a grave) somam significativos valores (Belém: Ano 2008 = 49%; Ano 2009 = 38%; Castanhal: Ano 2008 = 46%; Ano 2009 = 37%). De acordo com os resultados obtidos infere-se que apesar do elevado percentual de crianças eutróficas (tanto em relação ao peso como estatura), é preocupante o elevado índice de déficit estatural, uma vez que, o mesmo está associado à baixa disponibilidade de alimentos, afetando consideravelmente o processo de crescimento e desenvolvimento infantil. É o desrespeito do direito humano a alimentação imperando em nossa sociedade.

 
 

 

ANÁLISE DA ADESÃO AO TRATAMENTO DIETOTERÁPICO DE PACIENTES EM PROGRAMA DE HEMODIOALISE ATENDIDOS EM HOSPITAL DE BELÉM – PA.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Belém do Pará
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autor: Rodrigues, Karin L. S.(Apresentadora); Virgolino, Jaqueline P., Menezes, Maria A. Instituto de Ciência da Saúde (ICS) – Universidade Federal do Pará (UFPA). Caixa Postal 8608, Cep-66075-100, Belém, Pará.

A insuficiência renal crônica é caracterizada pela destruição progressiva e irreversível de estruturas renais, como opções de tratamento têm-se o transplante renal e os processos dialíticos, dentre elas a hemodiálise, a diálise peritoneal intermitente (DPI), a diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) e a diálise peritoneal automática (DPA), cujo objetivo é manter a homeostase do organismo e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao indivíduo. O tratamento hemodialítico na maioria das vezes gera frustração e limitações, uma vez que é acompanhado de diversas restrições, tais como a manutenção de uma dieta específica associada às restrições hídricas e a modificação na aparência corporal em razão da presença do cateter para acesso vascular ou da fístula arteriovenosa. O doente renal crônico também sofre alterações da vida diária em virtude da necessidade de realizar o tratamento, do suporte formal de atenção á saúde, da máquina e do suporte informal para ter o cuidado necessário. As atividades dos pacientes são limitadas após o início do tratamento, favorecendo o sedentarismo e a deficiência funcional, fatores que podem ser refletidos na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi verificar o grau de adesão ao tratamento dietoterápico através da análise de exames bioquímicos e do ganho de peso interdialítico. Foram entrevistados 47 indivíduos portadores de doença renal crônica em tratamento hemodialítico no Hospital Ofir Loyola-PA, entre agosto e setembro de 2009. Para a classificação da aderência ao tratamento foram utilizados como parâmetros os níveis de potássio e fósforo e o ganho de peso interdialítico. Foram considerados como medidas de não aderência ao tratamento os níveis séricos de potássio e fósforo acima de 6 mEq/l e 7,5 mg/dL respectivamente. Como parâmetro de não adesão para líquidos foi considerado um ganho de peso interdialítico superior a 2 Kg. O grau de adesão foi categorizado em baixo, médio e alto de acordo com o número de parâmetros de adesão. A maioria dos pacientes eram homens, na faixa de 40 a 59 anos de idade, com baixa renda, ensino fundamental e portador de doença renal há 5 anos ou menos. Verificou-se uma aderência alta para potássio e fósforo e baixa para o peso interdialítico, sendo considerado um grau de adesão de médio a alto para a maioria dos pacientes. Ou seja, houve uma boa adesão ao tratamento dietoterápico para a maioria dos indivíduos quando avaliados segundo os critérios de adesão para níveis séricos de potássio e fósforo, apesar da aderência quanto ao ganho de peso interdialítico ter se mostrado baixa e apesar das inúmeras restrições impostas pelo tratamento hemodialítico, o grau de adesão de acordo com o número de parâmetros classificou a maior parte dos pacientes com média e alta adesão ao tratamento. Portanto, este estudo vem corroborar a importância da conduta e da orientação dietética adequadas à DRC, como uma das principais formas de favorecer a adesão ao tratamento e conseqüentemente promover a melhora da qualidade de vida do paciente em hemodiálise

Palavras-Chave: hemodiálise, adesão, doença renal crônica.