AVALIAÇÃO DA ACEITAÇÃO DA MERENDA ESCOLAR DE UM MUNICÍPIO DO OESTE PARANAENSE

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores: ROSA, T. C. M.; SCHIMITEZ, L. C.; LIBERALI, M.; ZORZI, M. W.
Prefeitura Municipal de São Pedro do Iguaçu. Secretaria Municipal de Educação. São Pedro do Iguaçu – Paraná – Brasil. 

Apresentador: ROSA, Talita Cristina Maffei da. (nutricionista)

RESUMO: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Seu objetivo é atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis. Objetivos: Avaliar a aceitação da alimentação escolar e a preferência pelo lanche doce ou salgado em uma Escola Municipal de São Pedro do Iguaçu, Paraná. Metodologia: Foram entrevistados 319 alunos, no período matutino e vespertino, de uma Escola Municipal de São Pedro do Iguaçu, em março de 2009. Foi esclarecido aos participantes que a pesquisa segue as normas de ética, destacando a importância em não mencionar nomes ou qualquer outro dado que pudesse identificar o entrevistado. Foi aplicado um questionário com questões fechadas para verificar o índice de aceitação da merenda escolar e a preferência alimentar do lanche doce ou salgado. De posse dos questionários, foi feito uma análise de conteúdo para verificar o grau de aceitação e a preferência alimentar do lanche oferecido na Escola, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Resultados: O estudo evidenciou que 80% (255 alunos) gostam do lanche servido na escola; 13% (41 alunos) acham o lanche regular e apenas 7% (23 alunos) não gostam do lanche servido na escola. O índice de aceitação da merenda escolar é satisfatório, uma vez que o cardápio atende os requisitos de energia, é levado em consideração os hábitos alimentares regionais e é elaborado por nutricionista. Os alunos que através da pesquisa, responderam que não gostavam do lanche oferecido na escola, pelo fato de não terem o hábito de comer na escola ou por trazerem o lanche de casa. Com relação à preferência alimentar sobre o lanche doce ou salgado, o resultado foi de 50% (161 alunos) preferem o lanche doce e 50% (158 alunos) o lanche salgado, não havendo prevalência predominante entre lanche doce ou salgado. Conclusão: O programa de merenda escolar contribui para atender no mínimo 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos durante sua permanência na escola. A ingestão de uma alimentação saudável é importante desde a infância, período que constitui a base da formação do ser humano, e é justamente nessa fase que se formam os hábitos alimentares. Os familiares e a escola são muito importantes, pois é por meio deles que os valores serão repassados e a criança passa a conhecer novos alimentos. A aceitação da merenda escolar é um dos principais fatores que determinam a qualidade dos serviços de alimentação das escolas. Portanto, pesquisas de preferências alimentares são fundamentais para averiguar essa aceitação. De acordo com esta pesquisa, a escola possui índice positivo de aprovação da merenda escolar pelos alunos, pois na elaboração do cardápio os alimentos regionais são priorizados e as preferências e os costumes da cidade são levados em consideração, tornando a merenda escolar variada e diversificada.

 
 

 

ESTADO NUTRICIONAL E ADEQUAÇÃO ENERGÉTICA E DE MACRONUTRIENTES DA ALIMENTAÇÃO OFERECIDA EM DOIS CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL VINCULADOS A SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores: Oliveira, A.; Poletto, I.; Crovador, V. - Universidade Positivo, Curitiba - Brasil.

Apresentador: Isabella Sell Poletto.

Trata-se de um estudo transversal, observacional, analítico, com uma amostra de 138 pré-escolares menores de 5 anos que teve como objetivo, comparar o estado nutricional e a alimentação oferecida em dois Centros de Educação Infantil (CEIs) do Município de Curitiba. Os dados de peso e altura foram aferidos e analisados, segundo recomendações do Ministério da Saúde. Para a avaliação da alimentação oferecida, foi realizada a coleta de informações dos cardápios de uma semana dos dois locais pesquisados. Os dados foram comparados com as recomendações da Food and Agriculture Organization. Observou-se que o baixo Índice de Massa Corporal (IMC)/idade não demonstrou ser um problema nos CEIs pesquisados, entretanto o sobrepeso e a obesidade apresentaram prevalências preocupantes, sendo maior no CEI do que no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). O valor energético oferecido no CEI e no CMEI foi maior que a meta estabelecida. No cardápio oferecido no CEI, observou-se com exceção da proteína, que o carboidrato e o lipídio não encontravam-se dentro da meta estabelecida. No CMEI apenas a proteína excedeu o valor estabelecido. Não houve relação significativa entre o estado nutricional e a oferta calórica. A prevalência acima do esperado de excesso de peso e a inadequação calórica oferecida pelos dois CEIs, mostra a necessidade de uma análise detalhada dos cardápios dos CEIs, implementando assim ações de educação nutricional.

 
 

 

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores: ROSA, T. C. M.; SCHIMITEZ, L. C. - Universidade Paranaense, Toledo – Paraná – Brasil.

Apresentador: ROSA, Talita Cristina Maffei da.

RESUMO: O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF). Seu principal propósito era reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. A estratégia deste programa prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua, já que atende a população em geral, que tenham algum problema de saúde e necessitem de auxílio. Os objetivos deste estudo foram investigar as principais atividades desenvolvidas pelo nutricionista no PSF; destacar a importância do nutricionista como membro efetivo deste programa; levantar junto aos sujeitos da pesquisa os principais erros alimentares e fornecer orientações para a promoção de práticas alimentares saudáveis. Metodologia: Durante o período de estágio de Nutrição em Saúde Coletiva no mês de outubro de 2002, em uma Unidade Básica de Saúde de Toledo – PR, foram visitadas 22 pessoas, através do PSF, composto por médico, enfermeira, auxiliar em enfermagem e estagiária de nutrição. Foi realizada uma entrevista com questões semi-abertas para verificar o tipo de patologia apresentada e o consumo alimentar diário. Além dos exames convencionais, como verificar a pressão arterial, teste para verificar a glicose sanguínea, prescrição de medicamentos, eram fornecidas orientações nutricionais de acordo com cada patologia. Resultados: Entre as 22 pessoas visitadas através deste programa, 12 (54,5%) possuíam diabetes e hipertensão, 3 (13,75%) apenas hipertensão, 3 (13,75%) estavam acamados, 2 (9%) com acidente vascular cerebral, dentre os quais um fazia o uso de sonda nasogástrica, 1 (4,5%) com deficiência física e mental e 1 pessoa (4,5%) com Mal de Parkinson. Os erros encontrados em relação à alimentação foram: uso indiscriminado de açúcar ou de alimentos doces, uso excessivo de sal e alimentos condimentados ou embutidos, utilização de banha animal na preparação dos alimentos, pouca ingestão de água, uso desatencioso dos alimentos diet e ligth, fornecimento de dietas de consistência geral ao invés de pastosas, dieta através de sonda nasogástrica que era considerada de elevado custo para a família de baixa renda e ainda não atendia corretamente suas necessidades energéticas e de nutrientes ao longo do dia. Diante de muitas condutas incorretas, foi fornecido aos pacientes, orientações nutricionais em relação a mudanças no estilo de vida, levando sempre em consideração a situação sócio-econômica, financeira e interesses por mudanças. As orientações constavam de alimentos proibidos e permitidos de acordo com cada patologia, um exemplo de uma dieta saudável, dicas para obter uma alimentação correta e equilibrada, exemplo de preparações pastosas para pacientes com dificuldades de mastigação e deglutição, fornecimento de uma dieta através de sonda nasogástrica, cujo preço era acessível para as condições daquela família e cujas necessidades eram ideais, tanto em calorias quanto nutrientes, para um ótimo ganho de peso, já que o paciente encontrava-se desnutrido. O maior empecilho percebido estava na falta de informação sobre a dieta, quais alimentos deveriam ser restringidos e quais faziam bem para a saúde, levando em consideração nutrientes fornecidos, número de refeições por dia, equilíbrio e moderação na escolha dos alimentos e o custo, pois se percebe que a alimentação saudável não é a mais cara, e sim a mais acessível para estas famílias de baixa renda. O primordial era fazer com que as pessoas entendessem que, com a patologia que possuíam, sua alimentação deveria ser a mais saudável possível, principalmente para manter o organismo sadio e evitar as complicações que sua patologia poderia causar. Foi notado, que a maioria das pessoas aceitou bem a mudança, se comprometendo a melhorar seus hábitos alimentares em benefício próprio. Conclusão: O PSF fornece assistência integral, desenvolvida por uma equipe composta minimamente por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde, sendo que outros profissionais de saúde poderiam ser incorporados à equipe, mediante as características dos serviços oferecidos e do diagnóstico da área de abrangência de cada Unidade de Saúde. As principais atividades desenvolvidas pelo nutricionista no PSF incluem identificação dos erros alimentares da população e dos grupos de risco nutricional; promoção de práticas alimentares saudáveis; apoio nutricional aos grupos específicos (hipertensos, diabéticos, desnutridos); promoção de alimentação alternativa; visitas domiciliares a acamados, deficientes, crianças e gestantes em risco nutricional. O reconhecimento do importante papel do nutricionista na saúde pública é evidente, principalmente porque este profissional atua na prevenção e estabilização das mais variadas patologias. Portanto, a inserção do nutricionista no PSF é necessária e viável. Na atualidade, já não se questionam os benefícios que adviriam para a população com a atuação do nutricionista na equipe deste programa, contribuindo para o equacionamento da problemática nutricional. Com certeza, isso significaria um importante avanço no perfil de atuação das equipes multidisciplinares, na construção de um município saudável. A inserção do nutricionista nesta importante política pública precisa ser fortalecida em todos os municípios. Isso só acontecerá se houver o firme propósito de toda a categoria de defender o papel fundamental do nutricionista para a promoção da saúde da população, porque a alimentação saudável é um direito de todos.



 
 

 

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores: Metzner, Carla Andréa  / Falcão, Ana Paula
Formação: Nutricionista  (Unipar-toledo)/Tecnóloga em Alimentos (UTFPR) Mestre em Ciência dos Alimentos (UFSC) - Instituição: Prefeitura Municipal de Santa Helena –Paraná – Brasil

Apresentador: Carla Andréa Metzner

RESUMO: Objetivo: Realizar levantamento de dados de índice antropométrico-nutricional durante um mês em crianças com faixa etária de 6 meses a 7 anos, pertencentes a famílias de baixa renda do município de Santa Helena – Paraná e respectivas relações entre a classificação percentilar. Metodologia: O presente estudo foi desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde do município de Santa Helena, durante o mês de agosto de 2009, com as crianças inseridas nos Programas Leite das Crianças (governo estadual) e Bolsa Família (governo federal). Para o conhecimento do índice antropometrico-nutricional das crianças realizou-se tomada de medida de peso e idade. A metodologia utilizada na avaliação foi o padrão National Center for Health and Statistics (NCHS), Classificação Percentilar, através dos indicadores Peso/Idade empregadas no Cartão da Criança, sendo adotado e utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. De acordo com a Classificação Percentilar, os níveis de corte indicam Vigilância para Risco Nutricional, Baixo Peso, Sobrepeso e Normal. (SILVA e MURA, 2007). As medidas de peso foram realizadas em balança mecânica (Filizola), com precisão até 100g. As crianças foram avaliadas com quantidade mínima de roupas (camiseta e calção), descalças, posicionado-as no centro da plataforma, com corpo ereto, sem se movimentar e com os braços estendidos ao longo do corpo. A cada coleta de dados a balança foi calibrada. Os dados de medida de peso foram obtidos para cada criança e correlacionados com a idade. Resultados: Participaram do levantamento de dados 357 crianças de 6 meses a 7 anos sendo 194 meninos e 163 meninas. Observou-se baixo índice de desnutrição ou baixo peso, sendo 2,5% do total das crianças avaliadas. Já para o risco nutricional verificou-se 91 casos da amostra, sendo 58 – 16,2 % do gênero masculino e 33 – 9,2 % do gênero feminino. Ao comparar por gênero, verificou-se 217 casos dentro da normalidade, sendo 107 – 30% do gênero masculino e 110 - 31 % do gênero feminino. Para sobrepeso foi observado 40 casos, sendo 23 – 6,4% do gênero masculino e 17 – 4,8% do gênero feminino. O indicador P/I revela que a maioria das crianças entre meninos e meninas, 61% está dentro da normalidade, para os dados de risco nutricional e baixo peso obtivemos 28% do total das crianças avaliadas e 11% apresentaram risco para sobrepeso. Ao avaliar a magnitude dos déficits nutricionais de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o município de Santa Helena, classifica-se como baixa prevalência para desnutrição e sobrepeso, mas é necessário manter o alerta já que apresenta-se índices de risco nutricional e baixo peso. Conclusão: A dependência da criança da estrutura familiar demonstra que a condição nutricional está associada normalmente aos recursos disponíveis e hábitos dos pais ou adultos que a cercam. A participação da criança e família em programas sociais como o Programa Leite das Crianças e Bolsa Família, se torna fundamental na melhoria do estado nutricional dessas crianças bem como a de suas respectivas famílias. Os dados obtidos neste trabalho fornecem subsídios para o conhecimento de uma realidade ainda não registrada, porém o monitoramento do crescimento e desenvolvimento das crianças deve ser contínuo.

 
 

 

ALIMENTOS ORGÂNICOS NA MERENDA ESCOLAR: A PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA PELOS ALUNOS

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
SANTOS dos, Andréia Perussolo1.
1 Nutricionista Graduada pela Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Guarapuava,  Pr. Coordenadora do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Município de Inácio Martins, PR - Brasil. Endereço para correspondência: Rua Rozendo Costa Cristo, 223, Centro. Inácio Martins, PR. CEP: 85.155-000. Telefones: (42) 3667-1807; (42) 9967-2660. Fax: (42) 3667-1438. E-mail: perussolo44@hotmail.com.

Apresentador:
Andréia Perussolo dos Santos

O presente estudo objetiva avaliar o conhecimento sobre conceito, importância e consumo de alimentos orgânicos por alunos da rede municipal de ensino do Município de Inácio Martins, beneficiados com estes produtos na alimentação escolar, e identificar a falta de conhecimento dos mesmos a fim de desenvolver métodos para a promoção e difusão da agricultura agro ecológica. Para a realização do estudo foi utilizado um questionário pré elaborado com 04 questões objetivas e sendo 02 destas podendo ser comentadas pelos alunos. Para a aplicação do questionário houve o prévio conhecimento e consentimento dos diretores e pais dos alunos, a fim de garantir as considerações éticas necessárias.  A população alvo do estudo é representada por alunos das 3ª e 4ª séries das escolas localizadas na área urbana do município. Os pontos analisadas no questionário foram: (questão 01) Você sabe o que são alimentos orgânicos; (questão 02) Onde sua família adquire verduras e frutas; (questão 03) Acha importante consumir orgânicos para a sua saúde? Comente; (questão 04) De que forma os alimentos orgânicos ajudam as pessoas e o planeta? Comente.  Foram questionados 259 alunos, com idade entre 08 e 10 anos. Após a verificação das respostas, temos os seguintes resultados: (questão 01) 84% têm conhecimento e 16% dos alunos não sabem o que são alimentos orgânicos; (questão 02) o local para aquisição de gêneros horti fruti é em 18% dos casos o quintal de casa, 46% mercado, 07% produtor rural e 29% dos alunos optaram por mais que uma opção, sendo que 81% destes alunos utilizam “mercado e quintal de casa” para obter este gênero de alimentos; (questão 03) 86% acham importante consumir orgânicos para a saúde e 14% não acham; (questão 04) sobre a forma como os produtos orgânicos podem contribuir positivamente com as pessoas e com o planeta, 10% das crianças acreditam que os orgânicos contribuem para melhorar a qualidade e conserva a água do planeta, 5% acham que estes produtos protegem o solo, 30% acreditam que a saúde é a maior beneficiada e 55% delas acham que todas as alternativas propostas estão corretas. Nos comentários dos alunos ficou evidente que a maioria destes possui compreensão sobre a importância do consumo de orgânicos, sendo que para eles, estes alimentos não possuem “veneno”, o que “protege” a saúde, ajudando-os a aprender melhor na escola e favorecendo uma vida com hábitos mais saudável.  O ambiente escolar, onde se encontra firmemente inserido a programa de alimentação escolar, é o ambiente de acesso, por parte dos alunos, a alimentos de qualidade e que suprem suas necessidades, como no caso dos orgânicos, principalmente quando nos referimos a populações de renda media e baixa, de cidade interioranas. Visto isso, programas de doação simultânea de alimentos, que priorizem produtos orgânicos, devem ser valorizados e ter uma maior amplitude de ações de divulgação no ambiente escolar, atingindo merendeiras, professores e principalmente alunos, para assim realizar a utilização efetiva destes produtos tão importantes, evitando o desperdício ou a utilização inadequada.

 
 

 

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR MUITO ALÉM DA “HORA DO LANCHE”.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Curitiba PR
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
SANTOS dos, Andréia Perussolo1.
1 Nutricionista Graduada pela Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Guarapuava,  Pr. Coordenadora do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Município de Inácio Martins, PR - Brasil. Endereço para correspondência: Rua Rozendo Costa Cristo, 223, Centro. Inácio Martins, PR. CEP: 85.155-000. Telefones: (42) 3667-1807; (42) 9967-2660. Fax: (42) 3667-1438. E-mail: perussolo44@hotmail.com.

Apresentador:
Andréia Perussolo dos Santos

O objetivo do presente trabalho é demonstrar as atividades que integraram as ações de Educação Nutricional nas Escolas Municipais da rede básica de ensino do Município de Inácio Martins PR, durante o ano letivo de 2009, realizadas pelo setor de Nutrição – Coordenação do Programa Nacional de Alimentação Escolar, a fim de promover a conscientização dos alunos sobre a importância da alimentação escolar e de bons hábitos alimentares no dia a dia. Para a realização do projeto foram utilizadas diversas metodologias de educação nutricional, visando abranger um universo de aproximadamente 1650 alunos que freqüentam, desde a Educação Infantil até a quarta série do ensino fundamental, tanto da área urbana quanto da área rural do município. Para a realização das atividades, houve sempre o prévio conhecimento e consentimento dos diretores e pais dos alunos, a fim de garantir as considerações éticas necessárias. Os instrumentos utilizados para a execução do projeto são representados por diferentes atividades lúdicas e de recreação, realizadas pela nutricionista responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, as quais foram adaptadas para os diferentes públicos e faixas etárias, e também, as atividades desenvolvidas foram diferenciadas e não a mesma com todos, devido ao número grande de alunos e a distribuição geográfica extensa das escolas rurais do município, o qual possui 12 escolas do campo e 06 na área urbana, incluindo o Centro Municipal de Educação Infantil. As atividades desenvolvidas foram: Projeto “Vivenciando uma Alimentação Saudável” (visita dos alunos às propriedades de agricultores familiares do município que participam do Programa de Aquisição de Alimentos, a fim de possibilitar o conhecimento e a interação destes com a realidade e o trabalho desenvolvido pelos agricultores, com participação ativa da produção dos canteiros e na colheita, além do lanche agroecológico, oferecido pelas famílias), realização do teste de aceitabilidade envolvendo os produtos da Agricultura Familiar utilizados na alimentação escolar; confecção nas escolas do “Cantinho da Alimentação Saudável”; utilização do material didático do projeto de educação nutricional institucional da Boa Safra Alimentos; aprendizagem lúdica com uso do livro de histórias “No Reino da Frutolândia”; teatro de fantoches “Cebolinha e a Maçã Poderosa” (realizado com o auxílio de alunos do ensino médio do município); “Gincana da Alimentação Saudável” para comemorar a Semana Mundial da Alimentação. A realização das atividades compreendeu o segundo semestre do ano de 2009, atingiu 88% das escolas e aproximadamente 1450 alunos. A atividade de maior abrangência e aceitação dos alunos foi o Teatro de Fantoches. A gincana e o teatro foram às atividades com melhor aceitação positiva dentre os professores. Também para estes, o projeto de educação nutricional é de extrema importância e contribuiu melhorando a adesão dos alunos pelos lanches, além de promover a conscientização para bons hábitos alimentares, higiene, desperdício de alimentos, etc. A interação promovida entre alunos e agricultores familiares foi à atividade que mais contribuiu para promover a inclusão de hábitos saudáveis na alimentação escolar, pois até então, havia rejeição pelas verduras, legumes produzidos na região, e após as visitas, houve a valorização dos alunos e o aumento do consumo com aceitação sempre superior a 80% nas preparações com estes produtos, verificadas através do teste de aceitabilidade. Ações de educação nutricional são imprescindíveis no ambiente escolar, visto este ser o local de adoção de hábitos e construção de conceitos na formação do individuo. A alimentação escolar aliada às ações de educação nutricional assume o seu papel verdadeiramente relevante e tão necessário, o qual traz resultados efetivamente positivos.