7º Fórum Nacional de Nutrição - Rio de janeiro RJ
Consenso Regional

Carta do 7o Fórum Nacional de Nutrição - Região Rio de Janeiro
O 7o Fórum Nacional de Nutrição - região Rio de Janeiro, realizado no Rio de Janeiro, nos dias 7 e 8 de abril de 2011, cujo tema central é "Definindo os rumos da Nutrição no Brasil",

Considerando que:
- Órgãos nacionais e internacionais, representantes de entidades ligadas à saúde, recomendam mudanças no estilo de vida e a adoção de uma alimentação equilibrada para promoção da saúde;
- As alterações hormonais características das diferentes fases da vida na mulher, particularmente na tensão pré-menstrual e da menopausa;
- A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e de difícil controle resultante do desequilíbrio entre ingestão e gasto energético;
- Os compostos bioativos relacionados com o controle da obesidade têm como objetivo atuar no balanço energético, aumentando o gasto e, ou, reduzindo a ingestão energética;
- A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que é caracterizada pelo acumulo de gordura hepática, apresenta alta prevalência mundial com risco de progressão para cirrose hepática e carcinoma hepatocelular;
- A alimentação apresenta forte influência na etiologia da doença hepática gordurosa não alcóolica, sendo os principais fatores contribuidores o alto consumo de gordura saturada e carboidrato simples;
- A importância da prescrição nutricional como forma de intervenção para proposta de modificação do estado nutricional;
- As alterações no estado nutricional observadas na insuficiência cardíaca crônica;
- A importância do monitoramento do estado nutricional para evolução da doença e sobrevida dos indivíduos com insuficiência cardíaca crônica;
- As questões ambientais, sociais e econômicas são de responsabilidade de todos e culminam em ações sustentáveis de uma sociedade;
- Dentre os objetivos da alimentação equilibrada voltada para o desporto, estão a melhora do rendimento físico e da composição corporal do indivíduo e a recuperação adequada dos estoques energéticos de acordo com o gasto da atividade praticada;
- Além da duração, da intensidade e do tipo de exercício, a alimentação também tem papel fundamental no desempenho

Recomenda:
- A identificação e incorporação na dieta de alimentos fonte de nutrientes capazes de modular positivamente os sintomas decorrentes da tensão pré-menstrual e da menopausa, reuduzindo inclusive o risco de aumento do índice de massa corporal e de adiposidade corporal como conseqüências de longo prazo;
- Mudanças positivas no estilo de vida (alimentação saudável e prática de exercícios físicos) podem melhorar o quadro de doenças e prevenir a perda de função física, e consequentemente, proporcionar a longevidade;
- Para o tratamento da obesidade o sinergismo entre vários componentes funcionais juntamente com um plano alimentar disciplinado é que realmente apresentarão efetividade no controle desta enfermidade;
- Para tratamento nutricional da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) preconiza-se mudança no estilo de vida que inclui perda de peso, pratica de atividade física, alto consumo de alimentos antioxidantes, redução do consumo de alimentos de alto índice glicêmico e ricos em gordura saturada;
- Estabelecer metas para o tratamento nutricional baseando-se na individualidade do paciente;
- Tornar a consulta um momento de envolvimento para despertar o interesse do paciente para o tratamento e assim garantir sua adesão ao mesmo;
- Promover o auto cuidado nutricional como forma de aumentar a aderência à intervenção nutricional;
- A avaliação nutricional periódica e padronizada dos pacientes com insuficiência cardíaca crônica com o objetivo de identificar precocemente o risco nutricional;
- A alteração na composição da dieta de forma a atender as demandas nutricionais e metabólicas dos indivídos com insuficiência cardíaca crônica;
- Os profissionais responsáveis por unidades produtoras de refeições devem fazer um programa de concientização aos usuários quanto ao resto-ingestão;
- Os restaurantes institucionais e comerciais devem priorizar as instalações físicas, os equipamentos e utensílios para uma produção de alimentos mais segura;
- A oferta de carboidratos de baixo índice glicêmico, cerca de uma a duas horas antes do início da atividade física, carboidratos de alto índice glicêmico durante atividades prolongadas e logo após o término dos exercícios, nesse momento em conjunto com a oferta de proteínas dietéticas.
- Evitar a prática de atividade física em jejum, assim como não consumir alimentos estimulantes, flatulentos, em grande volume, com excesso de fibras e/ou condimentos
- A observação cautelosa de alguns mitos em Nutrição Esportiva, como o uso de dietas cetogênicas por atletas ou desportistas ou a dieta de supercompensação de carboidratos antes da competição, independente do esporte, e a utilização abusiva dos suplementos alimentares

Comissão Científica:
Prof. Dra. Ana Celi Pimentel de Souza (UFF/RJ)
Profa Dra Avany Fernandes Pereira (UFRJ/RJ)
Profa Dra. Célia Silverio – (DF)
Profa. Dra Eliane Lopes Rosado (UFRJ/RJ)
Profa Dra. Isabela Guerra (Delboni/SP)
Prof. Marcelo Gravina (CIB/RS)
Dra. Sibele B. Agostini (Nutrição em Pauta/SP)
Profa Dra Silvia Maria Custódio das Dôres (UFF/RJ)
Profa Dra Virgínia Nascimento (ASBRAN/RJ)
Profa Dra Viviane do Valle Couto Reis (UERJ/RJ)
Profa Dra Wilza Arantes Ferreira Peres (UFRJ/RJ)