Em obesos mórbidos ato de comer está relacionado à questão emocional | ||
Segundo pesquisa, mais de 25% desses pacientes veem o alimento como fator que diminui ansiedade. Qual o papel que a comida tem na vida de pacientes com obesidade mórbida? Para responder essa pergunta, pesquisadores do Hospital Federal do Andaraí (RJ) investigaram pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Os resultados da pesquisa foram apresentados em pôster no 21º Congresso Mundial da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade & Distúrbios Metabólicos – IFSO 2016, realizado no Rio de Janeiro entre os dias 28 de setembro e 1° de outubro. O grupo conta no estudo que a amostra foi composta por 314 pacientes. Eles foram entrevistados de forma estruturada e semiestruturada durante sessões de avaliação no pré-operatório. Os resultados revelaram que para 25,47% dos entrevistados a comida diminuía a ansiedade; para 20,7% aliviava a depressão; para 15,92% era um alívio para a tristeza; para 15,92% era uma fonte de prazer; para 7,64% um conforto; para 4,15% um meio de socialização; para 2,86% supria a fome e para 2,22% preenchia vazios. Percentuais inferiores a 1% citaram ainda outros papéis, por exemplo, fonte de nutrição, companhia, entre outros. Para os autores, os achados mostram que para esse grupo de pacientes a comida ocupa papéis diferentes do da simples nutrição: está relacionada a sofrimento emocional menor. "Então o que temos é um ‘comer emocional’ que é o ato de comer na ausência de fome", afirmam os pesquisadores no pôster. Autores do pôster: Iole Dielle de Carvalho, Guilherme Nahoum Pinheiro, Fernando Barros, CS Ribeiro, do Serviço de Assistência e Tratamento de Obesidade Mórbida (Satom). Fonte: Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico) |
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