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Ferro da dieta versus uso de sulfato ferroso na gravidez
 

A deficiência de ferro (Fe) afeta aproximadamente 1,6 bilhões de pessoas mundialmente, sendo as mulheres grávidas a classe populacional de maior risco, uma vez que a anemia durante a gravidez pode causar diversas complicações como baixo peso ao nascer, estado de ferro infantil reduzido, prejuízo nas interações mãe-criança e aumento na mortalidade infantil e materna. Por isso, a compreensão da biodisponibilidade de ferro dietético é necessária. A hepcidina é um hormônio produzido pelo fígado que é conhecido como um regulador chave da homeostase de ferro. Este hormônio está inversamente associado com a absorção de ferro não heme em mulheres não grávidas e em homens, mas até o momento nenhum dado sobre o papel deste hormônio na absorção de ferro durante a gravidez está disponível.

Neste contexto, pesquisadores verificaram a absorção do ferro hemínico durante a gravidez e o papel da hepcidina na regulação da absorção de ferro heme da dieta. Para tanto, foram examinadas a diferença relativa na utilização de ferro heme (animal) e não heme (sulfato ferroso) em 18 grávidas (16 a 32 anos; semanas 32 a 35 de gestação) e 11 não grávidas (18 a 27 anos). As mulheres foram designadas aleatoriamente para receber uma refeição contendo ferro heme intrinsecamente marcado e sulfato ferroso marcado em dias alternados. A utilização de ferro heme foi significativamente maior do que a utilização de ferro não heme em grávidas (47,7 ± 14,4 vs 40,4 ± 13,2%) e não grávidas (50,1 ± 14,8 vs 15,3 ± 9,7%). Entre as mulheres grávidas, a utilização de ferro não heme foi associado com estado de ferro, conforme avaliado pela concentração do receptor de transferrina sérica (p = 0,003). Em contraste, o uso de ferro heme não foi influenciado pelo estado de ferro materno. No grupo como um todo, mulheres com hepcidina sérica não detectável tiveram maior utilização de ferro não heme comparado com mulheres com hepcidina sérica detectável (p = 0,02), contudo, não houve diferenças significativas na utilização de ferro heme.

Estes resultados sugerem que alimentos de origem animal fornecem uma fonte altamente biodisponível de ferro dietético para mulheres grávidas ou não e que os níveis de hepcidina influencia a biosdisponibilidade apenas de ferro não heme. Estes dados poderão auxiliar no desenvolvimento de programas de políticas publicas de saúde e recomendações nutricionais.

Fontes:

YOUNG, M.F. et al. Utilization of iron from an animal-based iron source is greater than that of ferrous sulfate in pregnant and nonpregnant women. J. Nutr., v.140, p.2162–6, 2010.

ANDREWS, N.C.; SCHMIDT, P.J. Iron homeostasis. Annu Rev Physiol., v.69, p.69–85, 2007.

Nutrição e Pediatria - 13/dez/2010

 
 
 
 
 

 
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