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Redes sociais fazem mal para a reeducação alimentar
 
Especialista aponta que postar fotos de comida nas redes sociais não ajuda necessariamente a controlar uma reeducação alimentar.

Milhares de pessoas postam centenas de fotos de comidas por dia nas redes sociais. A maioria das postagens indica uma rotina de alimentação saudável com orientações e dicas de mudanças alimentares. Devido à frequência de compartilhamentos nas redes, a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, realizou um estudo sobre pessoas que postam o que comem. A ideia principal era entender os benefícios e os desafios de usar as redes sociais para atingir objetivos na dieta.Não foi possível afirmar que esse método ajuda a manter uma disciplina na alimentação. Depende muito dos objetivos da postagem. Vejo muitas pessoas postando fotos dos pratos somente para falar do estabelecimento ou da qualidade e sabor daquela refeição.

De olho no que você come

Grande parte das imagens publicadas nas redes foca em princípio na imagem corporal, ou seja, em “barrigas saradas” e porcentuais de gordura baixos. Porém, na prática poucas pessoas postam dicas de como fazer trocas saudáveis ou como mudar a alimentação. Tenho minhas dúvida quando a postagem está relacionada ao controle alimentar. Normalmente, as pessoas não são sinceras no que dizem como, por exemplo, afirmar que ainda sente o desejo de comer um pouco mais. É um fato que os seguidores cobram mais resultados quando a pessoa expõe seus objetivos. A pressão é intensa e proporciona ansiedade para quem tenta aliar as redes sociais com mudanças nos hábitos alimentares. Isso pode gerar um grande problema já que o hábito alimentar sofre consequências ambientais e emocionais. Além disso, eleva os quadros de depressão e pode levar a um hábito alimentar caótico.

Redes sociais e alimentação saudável não se relacionam

Muitas pessoas buscam o emagrecimento a todo custo, seja por meio de hábitos alimentares saudáveis ou não. Porém, é preciso ter em mente que ser saudável significa esclarecer objetivos. A principal mensagem passada nas redes é o emagrecimento e não a mudança no estilo de vida com práticas mais saudáveis de alimentação.

Na maioria dos casos, há um radicalismo nutricional, no qual todos os alimentos são proibidos, cada vez mais se consomem nutrientes e menos alimentos. Há uma tendência de subestimar o tamanho das porções quando indagados. Postar fotos do que estamos consumindo nas redes sociais só deve ser feito caso o hábito alimentar da pessoa seja isento de extremismos nutricionais.

Profa. Dra. Patrícia Cruz - Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Patrícia Cruz, faz parte do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). Ela é especialista sobre nutrição e transtornos alimentares, adulto e infantil, atua como Personal Diet e é palestrante em cursos de pós-graduação.
 
 
 
 
 

 
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