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Esta doença representa hoje um importante problema médico e de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes mantidos em programa crônico de diálise dobrou nos últimos oito anos e a incidência de novos casos cresce cerca de 8% ao ano (Romão Jr, 2004).
Há uma década, aproximadamente 250 novos casos de insuficiência renal crônica terminal para cada milhão de habitantes entraram para o programa de transplante renal. Esses pacientes tinham idade média de 63 anos. Em pacientes mais idosos, homens e negros, a incidência foi maior. Já em 2003, conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), citados por Vieira e Luconi (2004), o Brasil transplantou 3126 rins.
Vieira e Luconi (2004) relatam que apesar do aumento do número de rins transplantados no Brasil, o ingresso de pacientes em hemodiálise dobrou, mostrando que o transplante renal não é tratamento substitutivo de diálise, mas uma outra forma de terapia renal substitutiva e como tal tem suas complicações e cuidados.
A doença cardiovascular (DCV) contribui como o principal fator de morbimortalidade após o transplante renal. O aumento da incidência da DCV nos pacientes em hemodiálise pode contribuir para a existência dessa doença no transplantado renal (Boudoulas & Leier, 2003; Dimény, 2002)
O objetivo deste estudo foi realizar uma análise das complicações cardiovasculares no paciente transplantado renal, com base nos achados recentes da literatura pertinente sobre o tema.