Sopa de Galinha
 

A sopa de galinha, também chamada “Penicilina Judaica”, há tempos é conhecida por ser um alimento para a alma e, segundo nossas mães, é a melhor cura para uma gripe ou resfriado.
Surpreendentemente, suas qualidades são conhecidas e usadas pelos chineses há séculos - ela é considerada uma comida yang, ou seja, que ajuda a nos aquecer. Entretanto, é fácil perceber a razão pela qual uma das sopas mais aconchegantes do mundo nos eleva o espírito e nos faz sentir melhor.

Até mesmo nos planos mais superficiais, como o físico, este alimento funciona. O vapor que vem do calor da sopa ajuda a desobstruir as narinas; o valor nutritivo dos vegetais utilizados no seu preparo (cebola, cenoura, aipo, alho- poró) é aproveitado pelo organismo; o caldo ajuda a re-hidratar um corpo desidratado e agrada o paladar, além de ter, em geral, pouca gordura e ser de fácil  digestão.

Se analisarmos essa sopa mais a fundo, veremos que há mais surpresas do que se imagina. A galinha é uma excelente fonte de proteínas de baixa gordura e é rica em muitas vitaminas benéficas e compostos, como  os aminoácidos, que são anti-inflamatórios e melhoram o sistema imunológico. É também uma fonte importante de niacina e vitamina B6, pois ambos ajudam no combate ao câncer, e  são valiosos na produção de energia, processando os carboidratos e metabolizando o glicogênio. Suas qualidades anti-oxidantes também ajudam a reduzir o risco de doenças do coração,de Alzheimer e de artrite.

Mais importante ainda, a galinha é rica em selênio. Este é fundamental para o nosso bem estar e o consumo de selênio é inversamente proporcional à ocorrência de câncer, numa associação bem estabelecida. Além disso, o selênio é um componente anti-oxidante no nosso sistema de defesa e no metabolismo do hormônio tiroideano, inicia os reparos do DNA e não somente inibi a produção de células cancerígenas como também ajuda ativamente na sua destruição.

 

 
Autores
 
Chef Patrick Martin
Vice-Presidente de Desenvolvimento Educacional em Culinária, é o Embaixador Internacional do Instituto "Le Cordon Bleu". Com mais de 25 anos de experiência trabalhou no Le Doyen, Dalloyau e Flo Prestige na França. Ganhador de vários prêmios internacionais, supervisionou o desenvolvimento técnico e a abertura da escola de Tóquio e ajudou a estabelecer o nível profissional das escolas da França, Londres e Tóquio.

 
Os autores estão em ordem alfabética. Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/2006