Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional e a ingestão dietética dos estudantes que realizam, pelo menos, uma refeição no Restaurante Universitário da Universidade Federal de Viçosa. A amostra constituiu-se de 256 estudantes, sendo 64,5% do sexo masculino. Foi realizada avaliação antropométrica e analisado o registro alimentar. Utilizou-se as Ingestões Dietéticas de Referência ? DRIs (2002) para verificar a adequação de proteína, energia e ferro. Grande parte dos estudantes apresentavam-se eutróficos (81,6%).
A inadequação da ingestão de calorias e proteína foi maior no sexo masculino, enquanto para o ferro, evidenciou-se maior inadequação de consumo no sexo feminino. O consumo de cálcio estava abaixo da ingestão adequada em ambos os sexos. Quanto à distribuição de macronutrientes, a média encontrada foi 54% de carboidratos, 29% de lipídios e 17% de proteína, em relação ao valor energético total (VET). O estudo sugere necessidade da implementação de atividades de educação nutricional de modo a possibilitar melhoria nos hábitos alimentares.
O avanço na ciência da alimentação e nutrição tem se tornado constante nos últimos anos, gerando resultados que devem ser usados para a melhoria da qualidade de vida da população (Welsh et al., 1992 a).
As mudanças nas práticas de alimentação são, muitas vezes, complexas em razão de suas inúmeras funções e aspectos. Assim, nos últimos anos, houve um aumento no número de refeições realizadas fora do lar mediante o surgimento de opções que variam desde a alimentação realizada em restaurantes mais tradicionais, ?fast-foods? e locais de trabalho, bem como o consumo de lanches. Diante desta realidade, o profissional da área de nutrição deve atuar como um agente de mudanças no sentido de que, em cada situação, seja escolhida a opção mais nutritiva e adequada (Vieira & Priore, 2001).
Avaliações antropométricas, inquérito alimentar, prática de atividade física, abordagens sobre tabagismo, etilismo e história familiar sobre doenças crônicas são métodos utilizados em muitos estudos epidemiológicos visando verificar a saúde de indivíduos que se alimentam fora de casa, principalmente estudantes universitários, que compreendem as faixas etárias de risco para adquirir doenças crônicas futuramente em virtude do seu estilo de vida.
Tendo em vista essas informações, este trabalho foi realizado objetivando conhecer o perfil nutricional e dietético dos estudantes da Universidade Federal de Viçosa, o que constituirá a base para futuras intervenções.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2004
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