No mundo atual, tem-se uma sociedade de consumo em explosão demográfica que reclama alimentos, consequentemente, há modificações nos hábitos alimentares. Outras mudanças se estabelecem para satisfazer estes novos hábitos como: aumento da produção de matérias-primas, novos métodos na agricultura, aplicação de biotecnologias modernas no desenvolvimento e processamento de alimentos.
Neste sentido, deve-se concentrar esforços para aumentar a vigilância epidemiológica na prevenção e controle das doenças veiculadas pelos alimentos. As toxinfecções alimentares de origem microbiana têm sido reconhecidas como o problema de Saúde Pública mais abrangente no mundo atual e, como causa importante na diminuição da produtividade, perdas econômicas que afetam a países, empresas e simples consumidores. O impacto econômico negativo estabelecido por estas enfermidades alcança níveis cada vez mais preocupantes, acarretando grandes perdas econômicas para as indústrias, o turismo e a sociedade.
Além das doenças alimentares de origem bacterianas já conhecidas, existem as doenças veiculadas pelos alimentos, denominadas "emergentes". Agentes etiológicos "novos" como produtores de doenças tem sido uma preocupação das autoridades sanitárias, dos profissionais da saúde e do setor de industrialização e comercialização de alimentos. Bactérias como Listeria monocytogenes, Yersinia enterocolitica, Pleisiomonas shigeloides e Escherichia coli O157:H7, entre outras, não figuravam nos textos clássicos de microbiologia como agentes causadores de toxinfecção alimentar.
Tradicionalmente considerava-se que estas doenças só produziam transtornos gastrointestinais passageiros. Hoje sabe-se que algumas dessas doenças, como listeriose, que pode causar abortos e meningites; toxoplasmose, que pode causar dano cerebral ou ocular pré-natal; E. coli O157:H7, que pode causar colites hemorrágicas, podendo em alguns casos evoluir para morte do indivíduo. Tem-se observado, também, uma crescente preocupação com os fungos, que são microrganismos eucarióticos amplamente distribuídos na natureza.
Em função de serem cosmopolitas, estes podem contaminar alimentos e provocar sua deterioração e, como conseqüência, perdas econômicas. Um fator de grande importância é que os fungos são capazes de produzir toxinas que, quando ingeridas, apresentam sério risco à saúde humana e animal, podendo levar à morte. Doenças de natureza aguda e crônicas, as micotoxicoses são resultantes da ingestão de micotoxinas através de alimentos contaminados. Os gêneros dos fungos mais associados com toxinas que ocorrem naturalmente são Aspergillus, Penicillium e Fusarium.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jan/Fev/2000
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