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Nutrição Enteral Modular

As dietas enterais artesanais constituíram um marco na nutrição enteral, e surgiram tentativas de definir fórmulas que pudessem ser empregadas com segurança na prática clínica. O custo quase sempre elevado das dietas industrializadas e o reduzido orçamento dos hospitais exige dos nutricionistas a opção pela dieta artesanal.O objetivo do trabalho foi avaliar a composição nutricional de dietas modulares e compará-las às recomendações. Foram elaboradas 4 dietas artesanais modulares, sendo analisadas as composições nutricionais através do cálculo, comparando com as recomendações. As dietas compostas apresentaram deficiência de vitaminas e minerais. As dietas modulares são boa opção quando se trata de pacientes com patologias que requeiram uma modulação específica em relação a alguns nutrientes.

A suplementação da dieta com suplementos vitamínicos e minerais industrializados é, geralmente, necessária a fim de assegurar que o paciente que esteja recebendo dieta artesanal não adquira uma deficiência em nutrientes.O estado nutricional precário entre os pacientes hospitalizados tem sido bem documentado, onde estudos demonstram a importância da desnutrição hospitalar.

Hoje, sabe-se que até 50% dos pacientes hospitalizados sofrem de desnutrição protéico- energética e deficiências significativas de vitaminas na ocasião da internação, dificultando a resposta aos tratamentos nutricional e clínico e aumento de morbidade e mortalidade dos pacientes. (Shils, et al, 2003; Bistrian et al,1974; Weinsier et al,1979).
As dietas enterais artesanais constituíram um marco na nutrição enteral, e surgiram várias tentativas de definir fórmulas que pudessem ser empregadas com segurança na prática clínica.

O custo quase sempre elevado das dietas industrializadas e o reduzido orçamento dos hospitais, exige dos nutricionistas a opção pela dieta artesanal, num exercício da técnica dietética, em tentativas absolutamente empíricas, face ao escasso número de artigos e trabalhos científicos publicados a respeito do assunto, constituindo um fator de risco para pacientes freqüentemente complicados (Henriques & Rosado, 1999; Baxter & Maculevicius 1993; ).

Reconhecida a necessidade do suporte nutricional, a alimentação enteral é apropriada para indivíduos cujo trato gastrointestinal é funcionante, mas cuja ingestão oral é inadequada ou insuficiente para atender as necessidades nutricionais, (Cuppari, 2002) e há necessidade, na maioria das vezes, de requerimento maior de alguns oligoelementos, em razão das variações em seus níveis em resposta ao trauma, às infecções e, possivelmente, a uma série de outras circunstâncias clínicas. (Serpa et al ,2003; Monteiro et al, 2004; Waitzberg, 2000).

Para a seleção de uma dieta enteral, é necessário o conhecimento dos requerimentos específicos do paciente, bem como da composição da formula. A dieta escolhida precisa satisfazer as necessidades nutricionais do paciente, ser bem tolerada, de fácil preparação e vantajosa quanto a relação custo/ benefício. (Mahan & Stump, 2003).

O valor nutricional de uma alimentação enteral é essencial para a terapia de um paciente. Os níveis de nutrientes, razões de macro e micronutrientes e a densidade calórica, devem ser estabelecidos sob medida para atender as necessidades de cada paciente.As dietas modulares são formulas nutricionalmente incompletas, sendo utilizadas através da junção de dois ou mais módulos de macronutrientes, segundo as necessidade específicas do paciente. (Waitzberg, 2000).As fórmulas variam quanto as fontes de carboidratos, proteínas e lipídios a fim de adequar a capacidade digestiva as necessidades de nutrientes de cada paciente. (Mahan & Stump, 2003).

Uma das maiores necessidades no âmbito da nutrição hospitalar é a modificação na quantidade de determinados nutrientes, seria de grande valia a elaboração de fórmulas alternativas de baixo custo.O Objetivo deste trabalho foi de avaliar a composição nutricional de dietas modulares e compará-las as recomendações.

Autores

Ana Isabel da Silva Ferreira Graduada pela Faculdade de Medicina de Itajubá
Dra. Harriet Jane White Docente do Curso de Nutrição da Faculdade de Medicina de Itajubá.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2005