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AIDS: Histórico, Epidemiologia e Terapia Nutricional

A AIDS foi descoberta em 1981 por profissionais do Serviço de Epidemiologia do CDC, famoso centro de pesquisas médicas de Atlanta, Geórgia. A síndrome caracteriza-se por destruição progressiva da imunidade celular com supressão dos linfócitos T4 Helper, tornando o organismo altamente susceptível ao desenvolvimento de tumores e ao aparecimento de infecções oportunistas.

No Brasil, o início da pandemia caracterizou-se por uma subnotificação de casos expressiva, decorrente, provavelmente, do preconceito e do estigma da doença e relacionada ao nível socioeconômico da população atingida. A terapia nutricional é um instrumento de fundamental importância em todos os estágios de evolução da infecção provocada pelo HIV, devendo ser iniciada logo após a confirmação da soropositividade, a fim de minimizar as conseqüências adversas da doença.

A AIDS foi descoberta em 1981 por profissionais do Serviço de Epidemiologia do Centers of Disease Control (CDC), famoso centro de pesquisas médicas de Atlanta, Geórgia (Barcellos et al., 1996; Neto et al., 1996; Schechter & Marangoni, 1998). Os epidemiologistas do CDC receberam, concomitantemente, dois relatos sobre a ocorrência de sarcoma de Kaposi associado à pneumonia intersticial provocada por Pneumocystis carinii (PCP) em homossexuais masculinos.

Desde então, relatos semelhantes passaram a ser recebidos sempre com sintomatologia característica, ou seja, sarcoma de Kaposi e PCP associados a uma imunodeficiência debilitante (Augusto & Zuccaro, 1999; Rubio, 1997). As primeiras manifestações clínicas da doença ocorreram na África subsaariana, região em que existe uma espécie de macaco conhecido como macaco verde africano (Cercopithecus aethiops) portador do vírus STLV-III que, segundo deduções científicas, pode ter sofrido mutações e transformado-se em um vírus extremamente agressivo ao organismo humano, denominado human immunodeficiency virus (HIV) (Buchalla, 1995; Rubio, 1997). A identificação do vírus ocorreu em 1983 no Instituto Pasteur de Paris, sendo liderada pela equipe do pesquisador francês Luc Montaigner (Barcellos et al., 1996).

O vírus é classificado como um retrovírus pertencente à família Lentiviridae, possuindo em seu material genético RNA (ácido ribonucléico) e requerendo a atuação da enzima transcriptase reversa durante sua replicação, na qual ocorre a conversão de RNA em DNA (ácido desoxirribonucléico) que será, posteriormente, incorporado ao genoma da célula atacada (Barcellos et al., 1996; Ferrini et al., 2000; Neto et al., 1996; Schechter & Marangoni, 1998). A íntima relação da enzima transcriptase reversa com os mecanismos de replicação do vírus foi descoberta em 1984 pelo bioquímico Robert Gallo (Montagnier, 1995).

A síndrome caracteriza-se por destruição progressiva da imunidade celular com supressão dos linfócitos T4 Helper, tornando o organismo altamente susceptível ao desenvolvimento de tumores e ao aparecimento de infecções oportunistas, sendo comuns algumas manifestações clínicas que caracterizam a doença sintomática (Quadro 1), além das condições indicativas de AIDS (Quadro 2) (Augusto & Zuccaro, 1999; Barcellos et al., 1996; Ferrini et al., 2000; Neto et al., 1996; Schechter & Marangoni, 1998).

A infecção desenvolve-se de forma crônica, já que entre a conversão sorológica e o aparecimento da sintomatologia característica podem passar-se vários anos. Por tal motivo, torna-se necessário a utilização de diversos parâmetros clínicos, bioquímicos e imunológicos, com o propósito de obter informações sobre a progressão da doença (Rubio, 1997).

Autores

Dra. Kátia Cristina da Cruz Portero Nutricionista, Mestre em Nutrição Humana Aplicada pela USP, Doutoranda em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, Docente responsável pela área de Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Universidade Metodista de Piracicaba.
Maita de Carvalho Buvolini Graduanda do Curso de Nutrição da Universidade Metodista de Piracicaba – campus de Lins.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/2004

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