Nas últimas décadas, os progressos da técnica cirúrgica, anestésica e ressuscitação pós-operatória têm permitido maior sobrevida imediata de pacientes submetidos às ressecções extensas do intestino delgado (DUDRICK e col., 1991). Na síndrome do intestino curto grave, por deficiência de área absortiva, existe má-absorção, diarréia, perda de bases e potássio; acompanhada por mobilização dos depósitos de gordura e proteínas musculares para atender as necessidades protéico-calóricas não supridas pela ingestão alimentar.
Este quadro clínico pode culminar em desequilíbrios metabólico e hidroeletrolítico graves ao lado de desnutrição. Superada a fase pós-operatória inicial surgem aspectos de manutenção nutricional destes pacientes, diretamente ligados às conseqüências metabólicas decorrentes da síndrome do intestino curto (SIC), em que prevalece a má-absorção devido à pequena extensão do intestino delgado remanescente.
Vários fatores influenciam a absorção de nutrientes como a extensão e local do intestino ressecado; presença ou ausência da junção íleo-cecal; função do intestino delgado, cólon, estômago, fígado e pâncreas remanescentes; mudanças adaptativas do trato gastrointestinal e doença primária intestinal (JEEJEEBHOY e ALLARD, 1989).
O advento da nutrição parenteral total (NPT) trouxe nova perspectiva de vida para pacientes portadores de SIC.
Entretanto, após seis a oito anos de nutrição parenteral total surgem complicações de ordem metabólica que pioram a sobrevida destes pacientes. Sob essa perspectiva, o interesse voltou-se também, para a pesquisa de possibilidades farmacológicas de incrementar a absorção intestinal, seja oferecendo nutrientes específicos, seja aumentando a área de absorção de nutrientes específicos (HAMMARQVIST e col., 1989; BYRNE e col., 1992; CUKIER e WAITZBERG, 1994; BYRNE e col., 1995).
Entre os fatores tróficos que podem atuar sobre o intestino delgado, salientam-se a glutamina (GLN) e o hormônio de crescimento (GH). A GLN é um aminoácido que se torna condicionalmente essencial em estados catabólicos. A GLN é o principal combustível oxidativo das células epiteliais (CAMPOS e col., 1994), constituindo-se em fonte energética para divisão celular das células da mucosa e linfócitos gastrointestinais.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2000
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