O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se pela intolerância à glicose e hiperglicemia de jejum resultante da ação deficiente de insulina. Apresenta alta morbidade e mortalidade que, em grande parte, poderia ser prevenível no nível primário de atenção à saúde. O tratamento deve visar o controle da glicemia na tentativa de evitar ou retardar as complicações. A dieta deve, além de controlar a glicemia e complicações, monitorar o peso ideal. A educação nutricional é valida no sentido de melhorar a qualidade de vida do paciente e obter resultados constantes. Medidas associadas como a atividade física, abandono do tabagismo e alcoolismo são essenciais para o sucesso do tratamento.
O DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, e conseqüências a longo prazo incluindo danos, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos (Gross et al., 2000).
O estilo de vida ocidentalizado, dieta rica em lipídeos e carboidratos refinados, além do sedentarismo, tem provocado um aumento na incidência de obesidade na população, que por sua vez está linearmente ligada a ocorrência de DM2, assim como os fatores genéticos e demais determinantes da síndrome (Pineda, 2002).
Dessa forma, concomitante ao aumento da obesidade na sociedade, tem-se observado maior incidência de DM2, hipertensão, dislipidemia, coletíase, doenças cardiovasculares, câncer, entre outras de impacto para saúde, constituindo assim o quadro da síndrome plurimetabólica (WHO, 1998).
O reconhecimento do DM2 como uma enfermidade crônica que afeta milhões de pessoas no mundo todo tem motivado várias instituições de saúde a buscarem metodologias que favoreçam um delineamento real do problema, principalmente em relação aos conhecimentos, as percepções, as atitudes, os medos e as práticas dos pacientes em um contexto familiar e comunitário (Aráuz et al, 2001).
Estima-se que existam mais de 5 milhões de pessoas com DM no Brasil, das quais metade desconhece o diagnóstico e boa parte não está recebendo apropriadamente o tratamento adequado. O “Censo” de diabetes realizado em 1988 e um estudo multicêntrico realizado em 1992 indicaram que na população brasileira entre 30 a 69 anos, a prevalência de DM era de 7,6% (Malerbi e Franco, 1992; SBD 1997).
O DM tipo 2 afeta a grande maioria dos diabéticos, cerca de 90% (Ministério da Saúde, 1993), apresentando a mesma prevalência entre o sexo masculino e o feminino (Malerbi e Franco, 1992) .
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2004
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