O envelhecimento é um processo não homogêneo que cursa com diversos tipos de doenças crônicas, levando a um alto consumo de drogas, correspondendo a aproximadamente 30% dos medicamentos vendidos.
O estado nutricional do idoso corresponde ao reflexo de sua vida passada no presente. A progressão das alterações nos processos biológicos, a medida em que o tempo passa, leva às modificações estruturais e funcionais nos tecidos do organismo e à diminuição da capacidade de reprodução celular, gerando modificações nos órgãos, onde a diminuição da eficiência é causada por perda de células, ficando a capacidade funcional nas células restantes.
As doenças infectoparasitárias permaneceram como principal causa de morte da população latino-americana até a metade do século 20, quando surgiu a “transição epidemiológica” caracterizada pelo aumento da mortalidade por doenças crônico não transmissíveis associadas ao envelhecimento, promovido principalmente pela diminuição da fecundidade, que teoricamente deveria deveria potencializar o País para atender de modo adequado as demandas sociais da população. Entretanto, no Brasil, verificamos que sua transição demográfica é baseada na ação médico – sanitária sem uma preocupação direta com o desenvolvimento sócio – econômico da população.
Segundo a Carta de Porto Alegre sobre Nutrição e Envelhecimento “a velocidade com que o quadro etário está mudando no Brasil, fará com que haja uma diminuição de 42,6% para 20,6% de jovens e um aumento de 2,7% para 14,7% de idosos, podendo chegar até 2005 do 16º país em números absolutos de idosos para o 6º lugar”, mudando significativamente a pirâmide populacional, através da substituição das causas de morte de doenças transmissíveis para não transmissíveis, deslocando a maior taxa de morbi-mortalidade dos jovens para os idosos e, transformando o predomínio da mortalidade em morbidade, com prevalência de doenças crônicas e complicações associadas que levam ao uso continuado dos serviços de saúde e suas consequências sociais, culturais e epidemiológicas. Vários são os fatores que afetam o estado nutricional e, automaticamente, a qualidade de vida do idoso.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/2001
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