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Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal na Área de Nutrição Hospitalar

No mundo em evolução em que nos encontramos, as organizações que não buscarem a melhoria da qualidade de seus produtos ou serviços terão grandes dificuldades para sobreviver. E o que é “melhoria da qualidade ”, e quem a define? Queiramos ou não, a qualidade é, em última análise, definida pelos clientes ou consumidores, a partir da maior ou menor satisfação que eles têm com a utilização dos serviços ou produtos da empresa. E quem responde pela qualidade deles senão as pessoas que os prestam ou produzem? Daí a relação intrínseca que existe entre recursos humanos e qualidade. De sua capacitação e motivação depende a satisfação do cliente, consequentemente, a qualidade (9). Neste contexto, a área de nutrição hospitalar presta serviços de assistência nutricional, ensino e pesquisa a uma clientela diversificada (6) (pacientes, acompanhantes, corpo clínico, equipe multidisciplinar, funcionários do próprio hospital, entre outros, dependendo da realidade institucional) .

Os funcionários da unidade de nutrição e dietética, são clientes internos, responsáveis por esta prestação de serviços e devem estar comprometidos com as metas institucionais, recebendo treinamento adequado, com um plano de qualificação profissional que atenda às suas necessidades de desenvolvimento(6). Atualmente, treinamento e desenvolvimento são a grande ferramenta de transformação nas organizações, uma vez que a aprendizagem de novos conceitos e suas aplicações são fundamentais numa realidade de constante evolução tecnológica, acompanhada por um mercado de trabalho globalizado e competitivo (2,3,4,5,9,10,12).

Treinamento é um processo educacional sistemático e organizado, através doqual as pessoas aprendem ou adquirem conhecimentos específicos; adquiremhabilidades em função de objetivos definidos e modificam atitudes (3,14). Durante os primórdios da administração industrial, o treinamento era um conjunto de atividades que propiciava às pessoas adquirirem conhecimentos para realizarem tarefas, ou seja, tanto suas atividades como seus resultados eram programados. Era a época do aprender fazendo. Posteriormente, a capacitação profissional começou a incluir outras dimensões - sentimentos, emoções, influência dos grupos sociais - em suas práticas .

A partir dos anos 70 a competição e novas tecnologias apareceram e exigiram que o funcionário fosse capacitado a novas formas de produção. Essa nova premissa determinava que os controles sobre o processo, até então dominantes, deveriam ser substituídos pelo controle sobre os resultados, ou seja, a partir de controles internos das pessoas. Isto pode ser chamado de auto-regulagem: compromisso, criatividade, competência. Assim, aprender e atualizar passou a ser a nova tônica da administração moderna(12). Desenvolvimento é uma expressão associada a crescimento, progresso, qualificação ( des = ênfase; en = para dentro, interno;volvere = mudar de posição), sendo portanto um conceito mais abrangente em recursos humanos(3,14). Atualmente, uma organização voltada para a melhoria contínua, que busca qualidade total, deve ter como meta treinar e desenvolver seu pessoal, no sentido de gerar comprometimento da equipe de trabalho em todos os níveis.(6)

Autores

Dra. Andrea Luiza Jorge Nutricionista Chefe da Seção de Cozinha Experimental da Divisão de Nutrição e Dietética do Instituto Central do HCFMUSP; Especialista em Nutrição Hospitalar; Pós graduada em Padrões Gastronômicos pela Universidade Anhembi Morumbi
Dra. Janete Maculevicius Diretora Técnica da Divisão de Saúde do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jul/Ago/2000

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