As interações entre drogas e nutrientes começaram a ser estudadas de forma mais profunda na década de 60, embora este estudo em nosso país esteja sendo realizado de forma tímida.
Sabemos que a eficácia terapêutica e a toxidade dos medicamentos estão diretamente relacionados `a sua interação com os alimentos e/ou nutrientes. Tanto os alimentos quanto os medicamentos para serem utilizados, devem atravessar barreiras constituídas por membranas celulares. Quando a substância é utilizada por via oral, é necessário que primeiramente atravesse o epitélio do trato gastrointestinal e, uma vez no sangue, é necessário que passe por outras membranas para chegar ao local de ação ou de utilização.
Apesar de que possam existir diferenças entre as barreiras, o caminho das substâncias através delas apresenta características comuns, já que, geralmente, as substâncias passam através das células e não entre elas.
Infelizmente a falta de eficácia do medicamento e os efeitos nutricionais indesejáveis estão no nosso dia-dia e, poderiam ser previsíveis e evitáveis, se houvesse conhecimento do assunto por todos os membros da equipe de saúde.
Entre os efeitos da interação podemos encontrar a ineficácia da droga, o nutriente causando efeito adverso sobre a biodisponibilidade do medicamento, as reações medicamentosas adversas por incompatibilidade entre nutrientes e medicamentos e, o medicamento podendo causar deficiências nutricionais e efeitos colaterais que, em segunda intenção, também afetarão o estado nutricional do indivíduo.
A magnitude da interação depende da natureza física e química do medicamento, da formulação na qual o alimento é administrado, do tipo e volume da refeição, da ordem da ingestão dos alimentos e medicamentos, do intervalo de tempo entre a alimentação e a administração do medicamento, da concentração e tempo de uso da droga, da idade e do estado nutricional do paciente, da existência ou não de doenças crônicas. Esta interação pode ocorrer ao nível intraluminal, por captação de nutrientes no lúmen (transporte para a mucosa intestinal), ao nível de pós-absorção e de excreção.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/1999
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