Inúmeros trabalhos foram desenvolvidos nos últimos anos em diversos países com a finalidade de melhorar os conhecimentos relativos à prevalência e incidência do diabetes mellitus e às variações na sua ocorrência. Esta patologia, na sua forma descompensada, causa complicações em diversos sistemas orgânicos, levando à patologias associadas de igual ou maior gravidade.
Síndrome cercada de tabus, inverdades e desconhecimento, o diabetes é uma patologia importante, que vitima no Brasil, aproximadamente, 7,6% da população adulta e 0,1% da população jovem, de até 30 anos.
A prevalência do diabetes em torno do mundo, apesar de já ser considerada alta, vem crescendo continuamente em decorrência do modo de vida. A perspectiva é de que a doença venha a ser tornar endêmica em muito pouco tempo, configurando um sério problema de saúde pública.
O mecanismo etiopatogênico do diabetes mellitus é bastante controverso e resulta de fatores genéticos, imunológicos e ambientais com identificação ainda na participação de vírus como desencadeadores.
No diabetes tipo 1 ocorre a destruição das células Beta do pâncreas. Quando o diabetes se manifesta, mais de 90% das células que produzem insulina já estão destruídas pelo processo auto-imune.
Ao contrário do que acontece no diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 interage com vários fatores, como a obesidade, o aumento dos triglicerídios e a hipertensão arterial, configurando a chamada síndrome X ou síndrome metabólica, com suas graves conseqüências - doenças coronarianas e mortalidade precoce. Quanto maior a glicemia e quanto mais tempo ela permanece elevada, mais complicações surgem. (13)
Entre as doenças decorrentes mais freqüentes do diabetes tipo 2 estão as patologias macrovasculares: hipertensão arterial, doença coronariana e doença arterial dos membros inferiores
A arteriosclerose acelerada é um dos principais problemas nos diabéticos. No estudo de Framingham, desenvolvido durante 16 anos, os diabéticos sofreram duas vezes mais acidente vascular isquêmico e eventos coronarianos e três vezes mais doenças vasculares periféricas do que os não diabéticos. Acima de tudo, a hipertensão agrava esses problemas.
A hipertensão e a intolerância à glicose estão interrelacionadas, e cada uma delas tem um grande peso na predisposição para doenças cardiovasculares. Na prática diária, de 15% a 18% dos pacientes hipertensos têm intolerância à glicose, e 50% dos pacientes com diabetes sofrem de hipertensão. A patologia vascular é encontrada em 50% dos pacientes diabéticos, podendo ser em incidência maior quanto maior for o tempo de evolução da doença do paciente.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/1999
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