O estado nutricional (EN) da criança reflete diretamente no seu crescimento e desenvolvimento. Assim, o acompanhamento do crescimento durante a infância deve fazer parte da rotina no atendimento de pacientes pediátricos. A tradução gráfica das medidas corporais da criança, que reflete de maneira mais clara e prática, o desenvolvimento na infância são as curvas de crescimento. Devido às dificuldades sobre quais curvas utilizar, desenvolvemos esta revisão, que analisa a validade e aplicabilidade das curvas de crescimento em diferentes situações.
A avaliação do EN é um processo que mede as condições nutricionais do organismo, determinadas pelos processos de ingestão, absorção, utilização e excreção dos nutrientes (Loch, 2001). Tem como objetivo verificar o crescimento e as proporções corporais em um indivíduo ou comunidade, visando estabelecer atitudes de intervenção (Sigulem et al, 2000). Entre as primordiais aplicações da avaliação EN está o uso desta informação para assegurar que o potencial genético de crescimento seja alcançado e que sejam minimizados os riscos de saúde associados com má nutrição (obesidade e desnutrição) (Zemel et al, 1997).
A avaliação e a interpretação do EN, tanto de crianças com problemas de saúde, como daquelas saudáveis, são indispensáveis e de importância fundamental no desenvolvimento físico e psicológico futuro.
Peso, altura e circunferência cefálica são as medidas antropométricas mais utilizadas para avaliação e monitoramento do crescimento durante a infância. A interpretação das medidas antropométricas exige o uso de padrões de referência e de pontos de corte definidos.
Na avaliação antropométrica, ponto de corte significa linha divisória, distinguindo os que necessitam de intervenção, permitindo ainda discriminar níveis de má nutrição (Soares, 2003). Mas, estar abaixo de um determinado ponto de corte não significa, necessariamente, que a criança tenha problemas de crescimento, pois eles são arbitrários (Zeferino et al, 2003). Os padrões de referência constituem um dos instrumentos mais amplamente utilizados na assistência à saúde da criança, tanto na área clínica, como na da saúde pública (Soares, 2003).
A distribuição dos valores das medidas antropométricas de referência tem recebido diversas denominações, tais como curva de distribuição, curva de crescimento normal, tabela de normalidade ou padrão de normalidade. Em síntese, tanto a avaliação do estado nutricional, quanto do crescimento, envolve a comparação de medidas físicas observadas com valores de referência expressos em tabelas e curvas.
Esta revisão irá referir-se a curvas de referência, que representam a tradução gráfica dos valores assumidos como normais ou de parte deles (Soares, 2003), e esclarecer suas interpretações.
Autores
Os autores estão em ordem alfabética
Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/2004
Rua Cristóvão Pereira, 1626, cj 101 - Campo Belo - CEP: 04620-012 - São Paulo - SP
contato@nutricaoempauta.com.br
11 5041-9321
Whatsapp: 11 97781-0074