Com o objetivo de avaliar o consumo alimentar de adolescentes em uma escola privada do município de Cotia, São Paulo, realizou-se estudo transversal e descritivo com 193 alunos, de 10 a 19 anos. Os dados foram obtidos através de aplicação de questionário sobre consumo alimentar durante o período matutino, englobando desjejum e intervalo escolar.
Os resultados indicaram que os alimentos mais consumidos apresentavam alta densidade energética (hot-dog, coxinha, croissant, sorvete e refrigerantes). Notou-se também que os meninos menores de 15 anos apresentaram maior ingestão de energia (p = 0,027) e de lipídeos (p = 0,002) do que as meninas da mesma faixa etária, durante o recreio escolar.
A maior parte das meninas consumiam alimentos na cantina com uma freqüência de 2 a 3 vezes por semana. A omissão de desjejum foi verificada em 24% dos adolescentes. Portanto, é necessário formular propostas e estratégias de educação em nutrição mais efetivas, visto que a adolescência é um período interessante para o desenvolvimento de intervenções preventivas.
“...Toda essa curiosidade, que você tem pelo que eu faço
Eu não gosto de me explicar, não gosto de me explicar
Toda essa intensidade, buscamos identidade
Mas não sabemos explicar, mas não sabemos explicar...”
(Capital Inicial – Independência)
A letra desta música retrata de uma maneira muito interessante, as características do período de transição da infância para a idade adulta – a adolescência. É característica da alimentação deste ciclo de vida, o consumo de doces, salgados, salgadinhos, refrigerantes, sanduíches, bolachas / biscoitos, tortas / bolos, balas / chicletes, cheeserburguer, batata-frita, pizza, bombons / chocolates e sorvetes (Farré et.al, 1999; Heydes, 1999; Dwyer et.al, 2001; French et.al, 2001).
A tendência atual apresentada pelos adolescentes no consumo alimentar constitui motivo de preocupação. Estima-se que os adolescentes consomem aproximadamente 1/3 da necessidade energética total na escola mediante a compra em lanchonetes / cantinas ou em lanches trazidos de casa; de modo que 40% do total de gorduras é proveniente dos lanches escolares (Nicklas, 1995; Wildey et.al, 2000). Como permanecem em média de 5 a 6 horas do dia na escola, realizam entre 1 a 2 refeições; e o que se consome neste período tem sido discutido por especialistas, em função da possibilidade de se trazer, a longo prazo, prejuízos a saúde (Silva, 1994; Jordan, 1996).
Devido ao exposto e à falta de dados sobre consumo alimentar em escolares adolescentes, elaborou-se o presente estudo para avaliar o consumo alimentar de adolescentes durante o período matutino em escola privada do Município de Cotia, São Paulo.
Autores
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jan/Fev/2004
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