O presente estudo analisou aspectos relacionados ao hábito alimentar de 99 gestantes adolescentes atendidas em um serviço público de assistência pré-natal, entre outubro de 1997 e março de 1998. Foram realizados três recordatórios alimentares de 24 horas e uma lista de freqüência de consumo de guloseimas. As variáveis analisadas foram: número de refeições diárias, substituição e omissão de refeições e consumo de guloseimas. Mais da metade das gestantes realizaram entre 5 a 7 refeições diárias. 21,2% delas tanto omitiram quanto substituíram por lanche alguma refeição principal. Apesar da maioria não exibir frequência elevada de ingestão de guloseimas, cerca de 20% consumiram três ou mais vezes na semana metade dos alimentos listados. Conclui-se que parte destas gestantes apresentaram hábitos alimentares prejudiciais à saúde tanto pela fase da vida quanto pelo estado fisiológico em que se encontram necessitando portanto, de um trabalho de educação nutricional voltado para práticas alimentares saudáveis.
A adolescência é marcada por intensas transformações biológicas, psicológicas e sociais que influenciam o comportamento alimentar, tornando o adolescente suscetível a preferências alimentares que podem acarretar hábitos inadequados e deficiências nutricionais. Os adolescentes necessitam de quota extra de nutrientes para a fase de crescimento acelerado em que se encontram. Deficiências nutricionais podem levar à baixa estatura, osteoporose e atraso na maturação sexual.
Dietas especiais, hábitos de vida, atividade física, consumo de álcool e drogas são aspectos que influenciam a alimentação dos jovens. Dietas especiais são, muitas vezes, praticadas por adolescentes do sexo feminino que, pressionadas pelos padrões impostos pela sociedade, passam a consumir dietas com restrição calórica severa para controlar o peso.
Os adolescentes também possuem hábitos alimentares irregulares, muitas vezes omitindo refeições ou mesmo substituindo refeições principais por lanches.
Em relação à gravidez na adolescência, a nutrição é o mais importante fator ambiental que afeta a saúde da mãe e do bebê. Os hábitos alimentares não muito saudáveis, próprios da adolescente, fazem com que, ao engravidar nesse período, elas tenham baixos estoques de alguns nutrientes, aumentando o risco de deficiências nutricionais.
Diante do exposto, resolveu-se conhecer a freqüência de consumo de guloseimas e de alimentos de baixa densidade nutricional entre adolescentes grávidas de baixo poder aquisitivo
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jul/Ago/2002
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