A Organização Mundial de Saúde (1977) define a adolescência como o período que vai de 10 a 20 anos de idade. É uma fase que envolve transformações físicas, psíquicas e sociais, as quais podem se manifestar de maneira e em períodos diferentes para cada indivíduo.
Estas transformações têm efeito sobre o comportamento alimentar do adolescente, que tende a viver o momento atual, não dando importância às conseqüências de seus hábitos alimentares, que muitas vezes podem ser prejudiciais (12). Sabe-se que hábitos alimentares inadequados, principalmente na infância e adolescência, podem ser fatores de risco para a presença de doenças crônicas, tanto na vida atual como a futura.
O número de adolescentes com sobrepeso e obesidade tem aumentado em proporções significativas nas últimas décadas, constituindo um importante fator de preocupação na área de saúde pública, pois estes distúrbios nutricionais, já em idades precoces, estão geralmente associados ao aparecimento e desenvolvimento de fatores de risco que podem predispor os adultos à maior incidência de distúrbios metabólicos e funcionais (13). Portanto, esta é uma fase importante para o estabelecimento de intervenções.
Sentindo a necessidade de oferecer um atendimento específico para este grupo etário, implantou-se, na Universidade Federal de Viçosa, em agosto de 1998, o Programa de Atenção a Saúde do Adolescente - PROASA, com o objetivo de promover a saúde e nutrição adequada, estimular estilo de vida saudável e conscientizar a família sobre o seu papel na formação integral do adolescente
Este estudo teve como objetivo caracterizar, em relação às condições sociais, culturais e nutricionais, os adolescentes que participam do PROASA.
Característica
A população avaliada foi constituída por 140 adolescentes, atendidos no PROASA. Destes, 94 eram do sexo feminino e 46 do masculino; o maior percentual estava entre 14 e 17 anos (42,1%), eram estudantes do 2º grau (44,5%), procedentes da cidade local, Viçosa (76,3%) e residiam com a família (89,6%).
Materiais e métodos
Todos os dados foram obtidos dos prontuários, estes preenchidos na primeira consulta que o adolescente realizou no serviço nutricional do PROASA.
A caracterização sócio-cultural foi feita estudando: sexo, forma de moradia, escolaridade, consumo de bebida alcóolica, hábito de fumar e prática de atividade física (curricular e/ou extra curricular).
Os adolescentes foram questionados em relação a apresentarem problemas gastrointestinais (obstipação, diarréia, náuseas, gastrite, úlcera, etc).
Para verificar a presença de riscos para a saúde atual e futura, foi perguntado sobre a história familiar e se pais, avós, tios apresentavam doenças crônico-degenerativas como hipercolesterolemia, doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão arterial e aterosclerose.
Para classificação do estado nutricional, utilizou-se Índice de Massa Corporal (IMC), o qual baseia-se na relação peso corporal (Kg) / estatura2 (m). De acordo com a proposta da OMS (1995), considera-se o sexo, a idade e o IMC para classificação do estado nutricional em:
Autores
Os autores estão em ordem alfabética
Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2001
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