O maior avanço no que se refere à intolerância à lactose foi a compreensão de sua etiologia hereditária e a extensão da mesma sobre a população mundial.
As pesquisas demonstram que esta adaptação é geneticamente transmitida por um gen recessivo e não deve ser considerada uma doença e sim um comportamento comum em fisiologia humana.
Segundo o Instituto Nacional de Doenças Digestivas, Renais e Diabetes (EUA) filiado ao Instituto Nacional de Saúde Americano; cerca de 75% da população mundial é intolerante à lactose.
Estes números podem variar de 2% (Suécia) chegando a 100% (Índios Americanos).
A lactose, principal carboidrato do leite, é digerido pela lactase (enzima presente nas microvilosidades da borda estriada das células do intestino delgado.
Os níveis de atividade da lactase elevam-se a partir da trigésima semana de gestação, mantendo-se em níveis altos até por volta de 3 a 7 anos de vida; quando ocorre uma queda de 90-95% de sua atividade em cerca de 70% da população mundial.
O volume de lactose não absorvido chega ao intestino grosso, onde é digerido pela flora bacteriana, formando ácido láctico, ácidos graxos de cadeia curta e gás hidrogênio.
Presumivelmente o volume de lactose que excede a capacidade de fermentação da flora intestinal acaba aumentando a pressão osmolar intraluminal que por si promove aumento de motilidade intestinal, dor abdominal, náuseas, flatulência, etc.
A intolerância à lactose é dividida nas seguintes categorias:
1. ALACTASIA CONGENITA
Esta é uma condição extremamente rara, exceto nos países escandinavos, crianças acometidas costuma ter deficiência pondero estatural importante, desitratação e mau estado geral.
2. HIPOLACTASIA PRIMÁRIA
Esta é uma condição relacionada à idade, geralmente ocorrendo após o desmame e antes da idade de seis anos. Esta situação afeta, aproximadamente, 70% da população mundial e 10% da população australiana.
3. HIPOLACTASIA SECUNDÁRIA
Ocorre devido à danos na mucosa intestinal
4. DEFICIÊNCIA FUNCIONAL DA LACTOSE
Esta situação tem sido vista desde a primeira semana de vida podendo persistir até cinco meses de idade. Moore Et Al demonstram que 66% das crianças normais até seis semanas de vida e 60% até três meses, tinham testes de liberação de hidrogênio positivos.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2000
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