A sobrevida de pacientes com doenças neurológicas, câncer, AIDS e outras patologias tem aumentado cada vez mais com os avanços da medicina. Dentro do conceito de que a saúde deve ser sempre prioridade, a expansão do mercado de home health care no Brasil é uma forma de reduzir os gastos com a saúde, ampliando a possibilidade de assistência aliada ao conforto dos pacientes. Este novo serviço de saúde, capaz de romper os limites da internação hospitalar, permite que sua estrutura convencional seja transferida para um ambiente no qual o paciente provavelmente se sentirá melhor: sua própria residência.
De modo geral, todas as enfermidades podem ser tratadas em sistema de home care, com exceção de pacientes que necessitem de monitoramento contínuo em unidade de terapia intensiva ou procedimentos cirúrgicos complexos. Contudo, outros fatores são relevantes quanto à indicação do home care: condições higiênicas e ergonômicas do domicílio, estrutura para o recebimento de equipamentos e materiais, fornecimento de água e eletricidade, existência de refrigeração e linha telefônica, enfim, condições que propiciem toda a segurança para o tratamento do paciente. Também é muito importante que tanto o paciente como o cuidador sejam orientados para que compreendam os procedimentos necessários.
Aqueles que vem acompanhando o mercado desde os primeiros sinais do home care percebem com muita clareza que é um seguimento crescente que trará benefícios para os doentes e todos os envolvidos neste processo de cuidados nutricionais especializados.
Os Cuidados Nutricionais prestados no domicílio estão hoje em franco crescimento não só no Brasil como também no exterior. Nos Estados Unidos da América do Norte os números passam da casa dos 15 mil pacientes/ano em nutrição enteral e parenteral domiciliar, sendo que a maioria destes são pacientes oncológicos.
Nestes últimos cinco anos, a iniciativa privada começou a investir no mercado do home care. Hoje o conceito deste atendimento tornou-se mais amplo, indo além da assistência nutricional. Envolve os cuidados de pacientes sob ventilação mecânica no domicílio, cuidados gerais de enfermagem, entre outros, incluindo o tratamento nutricional ou não.
No Brasil, cerca de 50 empresas de home care atuam nesse nicho de mercado alcançando uma receita anual de R$ 100 milhões. Estima-se que, em quatro anos, o setor deverá contar no país com mais de mil empresas e movimentar algo em torno de US$ 1,2 bilhão por ano.
Dentre os vários fatores que contribuíram para o crescimento da TNP domiciliar estão: o avanço tecnológico dos materiais e técnicas de inserção de catéteres venosos, melhoria na precisão e segurança das bombas de infusão e a crescente oferta de profissionais e empresas prestadoras de bens e serviços. O incentivo financeiro também foi determinante na motivação dos compradores de serviços médicos (seguros saúde, convênios, cooperativas de saúde etc...), que vislumbraram a possibilidade de redução de custos, uma vez que a internação domiciliar é mais barata que a internação hospitalar.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/1999
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