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Repercussões Nutricionais da Artrite Reumatóide Juvenil

A artrite reumatóide juvenil (ARJ) é uma doença pediátrica caracterizada por inflamação crônica da sinóvia, podendo ser acompanhada de manifestações extra-articulares. Entre as doenças reumáticas pediátricas, a ARJ é a segunda em ordem de prevalência no Brasil, sendo superada pela febre reumática.

De etiologia desconhecida, a ARJ atualmente apresenta critérios diagnósticos criados pelo Colégio Americano de Reumatologia (BREWER et al., 1977), descritos a seguir:

•      Idade de início menor que 16 anos

•      Artrite em pelo menos uma articulação, pelo prazo mínimo de 6 semanas

•     Tipo de início de acordo com as manifestações observadas nos primeiros 6 meses de evolução da doença:

•      Pauciarticular: comprometimento de até 4 articulações

•      Poliarticular: comprometimento de cinco articulações ou mais

•      Sistêmico: manifestações gerais, viscerais e artrite

•      Exclusão de outras doenças

Instituído o tratamento, a classificação da ARJ pode alterar para outro tipo, o qual é chamado de tipo evolutivo.

Os medicamentos utilizados no tratamento da ARJ compreendem os anti-inflamatórios não hormonais, os anti-reumáticos de ação lenta, os costicosteróides e os citotóxicos. Os principais efeitos colaterais que os anti-inflamatórios não hormonais desencadeiam são epigastralgia, vômitos, náuseas e disgeusia. Já os referentes aos anti-reumáticos de ação lenta são náuseas e anorexia; enquanto os relativos aos costicosteróides são aumento do apetite, inibição do crescimento somático, dor abdominal, úlcera e alterações cushingóides (nas quais observa-se edema, redistribuição da gordura corporal e obesidade).

Autor

Dra. Daniela Maria Alves Chaud Nutricionista, Mestre em Ciências Aplicadas à Pediatria na Área de Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP - EPM), Professora Assistente da Universidade Metodista (UMESP) e da Universidade do Grande ABC (UniABC)

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jan/Fev/2000