1)Qual é grande ameaça à saúde dos índios?
A grande ameaça à saúde dos índios está na intensificação do contato com a sociedade dos brancos. A expansão do agro-negócio em Mato Grosso, o intenso desmatamento e o avanço das fazendas e cidades sobre as regiões próximas às aldeias e reservas indígenas como o Parque Nacional do Xingu impactam negativamente a saúde dos índios.
2) A aproximação com os hábitos alimentares dos brancos está associada com os episódios de desnutrição?
A aproximação com os hábitos alimentares dos brancos como a ingestão de leite em pó, bolachas, salgadinhos e enlatados em geral, associada à perda de hábitos culturais no cuidado com as crianças, pode estar associada a episódios inéditos de desnutrição não relacionados à falta de terras e disponibilidade de alimentos.
3) A maior integração cultural vem alterando o perfil de morbidade e de mortalidade entre os índios?
Doenças antes inexistentes, como as sexualmente transmissíveis, hipertensão e alcoolismo, são hoje algumas das principais preocupações de quem cuida da saúde dessas comunidades. As fazendas e vilas vêm avançando até o limite do parque e, com cinqüenta reais no bolso, o índio chega facilmente à cidade. É preciso repensar as prioridades nos programas de assistência à saúde.
4) A UNIFESP tem ajudado na formação em saúde?
Para permitir que os próprios moradores do parque assumam cada vez mais a tarefa de cuidar da saúde de suas comunidades, a Unifesp oferece no Xingu cursos de agente de saúde e auxiliar de enfermagem desde 1990. A novidade agora é o curso de Gestão em Saúde, que terá mais dois anos de duração e já tem 21 índios matriculados. Os futuros gestores poderão administrar os convênios com o Ministério da Saúde, Funasa e demais instituições, adquirindo mais autonomia em relação aos serviços de saúde indígena.
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