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Esclarecimentos sobre o Uso do Balão Intragástrico

1) O que é o balão intragástrico?
O balão intragástrico vem ganhando grande destaque na imprensa. É uma esfera de silicone cheia de ± 500ml de líquido, introduzida no estômago por via endoscópica, sem necessidade de internação hospitalar e retirada cerca de quatro a seis meses depois, para se evitar complicações.

2) Qual é o objetivo da colocação do balão intragástrico?
Ajuda a comer menos, porque preenche parcialmente o estômago e sua presença promove alguma sensação de saciedade.Seu uso resulta, em média, em redução de 10 a 15% do peso, mas com grande variação de pessoa para pessoa. Alguns perdem bem mais do que isso, mas outros chegam até a ganhar peso.

O resultado depende bastante da participação ativa do paciente, que deve seguir orientação dietética adequada.O método deve ser considerado, em princípio, de efeito temporário, uma vez que removido o balão, observa-se à tendência a recuperação do peso perdido, a médio e longo prazo, na grande maioria dos casos.

3) Este é um recurso bem tolerado pelos pacientes?
Embora seja um recurso muito bem tolerado como regra, em algumas pessoas pode causar sensações muito desagradáveis, a ponto de exigir sua retirada precoce, logo nos primeiros dias de tratamento. Também não é inteiramente destituído de riscos.

4)Quais os riscos deste método?
Os mais importantes são: obstrução intestinal que pode obrigar à cirurgia de urgência, se o balão “murchar” parcialmente sem que o paciente perceba sinais disso. Distensão exagerada, causada por fermentação bacteriana no líquido, que pode levar a remoção de urgência ou mesmo causar ruptura do balão.Como qualquer método terapêutico, o balão gástrico deve ser indicado com cuidado e critério.

5) Quais as melhores indicações para colocação do balão intragastrico?
As melhores indicações são no tratamento pré-operatório de pacientes que precisam perder peso para enfrentar uma operação com segurança ou então em grandes obesos definitivamente sem condições físicas ou psíquicas para serem tratados cirurgicamente. Pode ainda ser uma alternativa para obesos que não toleram medicação contra obesidade. Em casos de objetivo puramente estético, é importante alertar o candidato sobre os riscos potenciais, ainda que infreqüentes, e sobre o efeito via de regra apenas temporário.

Autor

Dr. Arthur Garrido Jr. Diretor do Instituto Garrido e um dos mais renomados cirurgiões do aparelho digestivo no Brasil e no mundo. Há mais de 25 anos dedica-se ao estudo e tratamento da obesidade mórbida. É professor associado do Departamento de Gastroenterologia da FMUSP; livr

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