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Impacto dos Alimentos Funcionais para a Saúde

A Importância dos Alimentos Funcionais

Historicamente, o estado nutricional de populações vivendo em países industrialmente desenvolvidos pode claramente ser mostrado pelas tendências desfavoráveis como o excessivo consumo de gorduras, principalmente saturadas, excessivo consumo de açúcar e sal e, ainda, diminuição considerável do consumo de amido e fibras dietéticas. Estudos epidemiológicos têm confirmado essa tendência que indica déficit do consumo de ácidos graxos polinsaturados, proteínas de alto valor biológico, vitaminas, cálcio, ferro, iodo, flúor, selênio e zinco. Este estado nutricional carente tem originado elevadas incidências de doenças crônico degenerativas, dentre elas doenças cardiovasculares, câncer, hipertensão, diabetes, obesidade, entre outras. A situação é tão grave que dados da OMS mostram que essas doenças são responsáveis por 70-80% da mortalidade nos países desenvolvidos e cerca de 40% naqueles em desenvolvimento.

Têm sido estimado hoje, por exemplo, que 1/3 dos casos de câncer estão relacionados à dieta e além da relação com as doenças crônicas, há fortes evidências do papel da dieta em melhorar a performance mental e física, retardar o processo de envelhecimento, auxiliar na perda de peso, na resistência às doenças (melhora do sistema imune), entre outros.

Sendo assim, a frase “Let food be the medicine and medicine be the food” (que resumidamente quer dizer “Faça do alimento o seu medicamento”) exposta por Hipócrates a cerca de 2500 anos atrás, está recebendo interesse renovado. Hoje, para a maioria dos pesquisadores a única saída para alterar esses dados preocupantes é o aumento do consumo de grãos, frutas e vegetais, fazendo com que a população mude seus hábitos alimentares e siga o que Hipócrates pregava a milênios atrás.

Nos últimos anos a ciência da nutrição tem tomado outro rumo. novas fronteiras se abrem ligando nutrição e medicina com o surgimento do conceito de alimentos funcionais. A Nutrição continua tendo o seu papel que seria de fornecer nutrientes tais como proteínas, minerais, vitaminas, entre outros, mas a descoberta de que certos alimentos contém componentes ativos capazes de reduzir o risco de doenças, inclusive o câncer, faz com que essa ciência se associe à medicina e ganhe uma dimensão extra no século XXI.

Entre os alimentos funcionais mais investigados hoje destacam-se a soja, o tomate, os peixes e óleos de peixe, linhaça, as crucíferas (brócolis, couve de bruxelas, repolho, entre outros), o alho e a cebola, as frutas cítricas, o chá verde, as uvas/vinho tinto, os cereais com a aveia, os prebióticos e os probióticos, entre tantos outros. São alimentos que além de nutrir possuem componentes ativos que atuam sobre o organismo produzindo efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos sobre a saúde.

Soja: a Mais Pesquisada

A vedete dos alimentos funcionais é a soja. Inúmeros estudos científicos comprovam seus benefícios à saúde das pessoas. No Brasil, é o alimento que mais oferece possibilidades para o desenvolvimento de produtos funcionais, já que o país é o segundo maior produtor mundial.

Há muitos anos atrás a soja e seus derivados tem recebido considerável atenção dos pesquisadores, principalmente devido a qualidade e quantidade de sua proteína, sendo considerada dentre os vegetais, um excelente substituto dos alimentos de origem animal. Além disso, dados epidemiológicos já mostravam que o seu grande consumo por populações orientais (principalmente China e Japão), poderia ser o fator determinante na baixa incidência de doenças como certos tipos de câncer (mama, próstata e cólon), doenças cardiovasculares, osteoporose e sintomas da menopausa.

Dessa forma, atenção especial à dieta dos povos asiáticos foi despertada e inúmeras observações foram sendo investigadas uma a uma. Observou-se, por exemplo, que as mulheres vivendo em países asiáticos consomem de 30-50 vezes mais produtos de soja do que as ocidentais e que a excreção urinária de isoflavonas (um componente ativo presente na soja semelhante ao estrogênio humano, batizado com o nome de fitoestrógeno) entre as ocidentais e orientais era surpreendente: 2000-3000 nmol/24h de isoflavonas nas orientais e apenas 30-40nmol/24h nas ocidentais. Os estudos acabaram verificando que os orientais consomem em média 50-100mg/dia desses componentes ativos, enquanto que os ocidentais consomem em média menos que 1mg/dia.

Em 1995, Anderson e colaboradores publicaram no New England Journal of Medicine uma meta análise correlacionando o consumo de soja e o risco reduzido para doenças cardiovasculares. Pela combinação dos resultados de 38 estudos clínicos que investigaram os efeitos da proteína de soja sobre os lipídios séricos, os pesquisadores concluíram que um mínimo de 25g de proteína de soja/ dia, reduz os níveis de colesterol total (9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e triglicerídios (10,5%). Isso levou a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), a reconhecer e aprovar a alegação “reduz risco de doenças cardiovasculares” para alimentos que contenham mais que 6,25g de proteína de soja/porção.

O Impacto dos Alimentos Funcionais na Saúde das Mulheres

A partir daí os estudos com os fitoestrógenos da soja se intensificaram. Atualmente, mais de 1000 artigos sobre as proteínas e isoflavonas da soja foram publicados em conceituados jornais médicos e científicos. Para se ter uma idéia da quantidade de publicações que convergem para a conclusão que os fitoestrógenos são biologicamente ativos no homem e que os mesmos inibem células tumorais, basta dar uma olhada na ampla e crítica revisão de literatura realizada por Knight e Eden em 1996, com cerca de 861 publicações.

As isoflavonas, substâncias presentes na soja, pertencem a família dos polifenóis, uma grande classe de componentes sintetizados pelas plantas. Uma propriedade comum dos polifenóis é sua atividade antioxidante. Contudo, eles tem outros mecanismos importantes, como é o caso dos isoflavonóides, que apresentam estrutura semelhante ao estrógeno humano e sintético. Por apresentar atividade estrogênica, essas substâncias são comumente referenciadas como fitoestrógenos.

As isoflavonas da soja podem agir de três diferentes formas: como estrógenos e anti-estrógenos; como inibidores de enzimas ligadas ao desenvolvimento do câncer e como antioxidantes.
Por tudo isso, a soja com suas proteínas e seus fitoestrógenos tem chamado a atenção daquelas mulheres que são desaconselhadas a fazer uma terapia de reposição hormonal, que de um modo ou de outro, volta a expor o organismo feminino à ação do estrógeno, vilão do câncer de mama.

As isoflavonas podem também exibir efeitos que não são relacionados à atividade estrogênica. Elas podem inibir o crescimento de uma grande gama de células cancerígenas, incluindo aquelas que não são hormônio-dependentes. A explicação proposta é a capacidade delas inibirem a atividade de enzimas como a tiroxina proteína quinase, a ribossoma S6 quinase e a DNA topoisomerase, que controlam o crescimento e a regulação celular. Estudos mostram também o possível efeito antioxidante dessas substâncias, ao inibirem a produção de oxigênio reativo, que está envolvido na formação de radicais livres. Estudos também mostram que essas substâncias ao atuarem como antioxidantes, neutralizam ou tornam mais lenta a taxa de oxidação da LDL-colesterol.

Vantagens Funcionais das Isoflavonas

Soja e Incidência de Câncer de Mama e Próstata

Trabalhos científicos publicados pela American Cancer Society, em 1996 demonstraram que a taxa de mortalidade de câncer de mama e próstata nos EUA e UK eram maiores do que no Japão e uma das razões estudadas foi a alimentação da população japonesa, que possui um maior consumo de proteína vegetal (soja), do que proteína animal, promovendo um efeito protetor ao câncer de mama e próstata.

Mama                    Próstata
EUA
22,0 por 100.000
EUA
17,5 por 100.000
UK
27,7 por 100.000
UK
17,1 por 100.000
Japão
6,6 por 100.000
Japão
4,0 por 100.000

Os possíveis efeitos protetores da soja contra a presença de câncer relacionam-se às suas propriedades estrogênicas e anti-estrogênicas das isoflavonas.

Soja e Incidência de Doenças Cardiovasculares

A doença cardiovascular está muito presente nas populações dos países desenvolvidos, e tem aumentado vertiginosamente nos países em desenvolvimento, provocando um aumento da taxa de mortalidade.
Vários estudos experimentais em animais mostraram, desde 1940, a ação da proteína de soja em reduzir o colesterol plasmático; mas em 1995, através da meta-análise de Anderson e col., permitiu à comunidade científica, uma comprovação desses resultados.

Destacam-se os efeitos da genisteína, com atividade estrogênica suficiente para diminuir o LDL-colesterol e aumentar HDL-colesterol;
Atuação na elasticidade do vaso, propiciando reatividade; ação antioxidante, prevenindo formação de radicais livres, através do aumento da síntese de superóxido dismutase, responsável pela eliminação do radical livre superóxido que promove a formação de lesões e trombos.
Inibição do desenvolvimento de lesão aterosclerótica por diminuição de adesão celular.
Tem sido demonstrado pelos pesquisadores em alguns estudos que esses efeitos positivos das isoflavonas na prevenção das doenças cardiovasculares somente ocorrem na presença da proteína da soja e não apenas na sua forma isolada.
A comunidade científica acredita que, já que as dislipidemias também são relacionadas à presença de acidentes vasculares cerebrais, provavelmente haveria uma redução de sua incidência no aumento do consumo de proteína de soja e Isoflavonas.

Soja e Incidência de Osteoporose

A osteoporose é uma condição clínica comum e um processo de envelhecimento natural entre os idosos, e mais especificamente entre as mulheres, devido as alterações hormonais da menopausa.
Os efeitos protetores das isoflavonas devem-se aos seguintes fatores:
A proteína tem um efeito calciúrico importante, presente principalmente no maior consumo de proteína animal; estudos mostram uma menor excreção urinária de cálcio, quando o consumo de proteína de soja é maior, provavelmente pelo baixo conteúdo de aminoácidos sulfurados; ação estrogência suficiente para a formação óssea; inibição da reabsorção óssea, pela supressão dos osteoclastos e promoção de um balanço de cálcio adequado, prevenindo a perda óssea;
Devido à essas ações, podemos perceber que os Isoflavonóides podem ser importantes coadjuvantes à prevenção e/ou tratamento de osteoporose e riscos de fraturas, mas mais estudos são necessários para uma conclusão final.

Ação dos Fitosteróis na Hipercolesterolemia

O tipo de gordura alimentar influencia diretamente os níveis de lípides (colesterol e de triglicérides) e de lipoproteínas (QM, VLDL, LDL e HDL no plasma). Os ácidos graxos saturados elevam a colesterolemia por reduzirem o número de receptores celulares (receptores B/E), diminuindo a remoção plasmáica destas partículas. A ação ,hipocolesterolêmica dos ácidos graxos poliinsaturados é bem estabelecida e os mecanismos envolvidos estão bem esclarecidos na literatura: sendo: aumento do número receptores celulares B/E; aumento da excreção de esteróides neutros e ácidos biliares; redistribuição do colesterol plasmático para os tecidos; oxidação mais rápida dos ácidos graxos poliinsaturados a corpos cetônicos; restrição na estrutura espacial da LDL, ocupando mais espaço dentro da partícula e, com isto, diminuindo o seu conteúdo de colesterol. Os ácidos graxos com maior número de duplas ligações são os da série ômega-3, denominados ácido alfa-linolênico (fonte: óleos vegetais), eicosapentaenóico e docosahexaenóico (fonte: óleo de peixe). Os ácidos graxos ômega-3 reduzem a trigliceridemia através da redução de secreção hepática de VLDL e também por aumentar a atividade do PPAR .

Além dos ácidos graxos, outros componentes, como os fitosteróis, influenciam os níveis de lípides plasmáticos. Os fitosteróis são substâncias análogas ao colesterol e desempenham as mesma funções estruturais nos tecidos vegetais que o colesterol. O principal fitosterol encontrado nos alimentos é o beta-sitosterol, substância que inibe a absorção do colesterol no intestino, contribuindo para a redução da colesterolemia.

Alimentos Funcionais : Probióticos e Prebióticos

Os probióticos e prebióticos são classificados como alimentos funcionais .
Segundo o Institute of Medicine of the U.S. National Academy of Sciences, qualquer alimento ou ingrediente alimentar que possa exercer efeito benéfico no organismo pode ser considerado alimento funcional.
Conceito mais amplo para alimentos funcionais foi dado por Roberfroid e col componentes bioativos, nutrientes ou não nutrientes, contidos dentro dos alimentos que exercem efeito benéfico para a saúde , e este efeito é dito `` efeito funcional’’.

De acordo com a legislação brasileira ,Resolução 18 e 19 de 30 de Abril de 1999 da Vigilância Sanitária, o termo correto é definir os alimentos funcionais como alimentos com propriedades funcionais ou com propriedades de saúde. A legislação estabelece critérios específicos para que um alimento possa ser considerado como funcional.
A regulamentação para os alimentos funcionais varia de acordo com a legislação vigente em cada país . Este mercado sofre influência da cultura, do conceito de saúde e da aceitabilidade dos consumidores .

Os alimentos funcionais devem apresentar efeitos fisiológicos no organismo . Exemplos desses efeitos seriam : capacidade de aumentar o número das bifidobactérias no cólon ; de aumentar a tolerância à lactose e de fortalecer o sistema imune. Como benefício para a saúde, os alimentos funcionais desempenham papel na redução do risco de várias doenças: infecciosas intestinais; cardiovasculares; câncer; obesidade; diabetes tipo 2 não insulino dependente e outras.

Prebióticos - Inulina e frutooligosacarídeos ou oligofrutoses

A inulina e os frutooligosacárideos (FOS) ou oligofrutoses são oligosacarídeos resistentes , isto é , carboidratos complexos de configuração molecular que os torna resistentes à ação hidrolítica da enzima salivar e intestinal fazendo com que esses atinjam o cólon com produção de efeitos benéficos sobre a microflora colônica . A inulina e os FOS são considerados fibras alimentares.

A inulina é um polímero de glicose extraído da raiz da Chicória ou produzida industrialmente à partir da sacarose . Apresenta um grau de polimerização (DP) de 10 – 12 e cadeia de 2 – 60 unidades , contendo 6 –10 % de glicose, frutose e sacarose.

Os FOS são obtidos à partir da hidrólise da inulina pela enzima inulase . Contem 5 % de glicose , frutose e sacarose. Industrialmente os FOS são produzidos à partir da sacarose por atuação da enzima frutosiltransferase , enzima fúngica obtida do Aspergillus niger. Embora existam outros oligossacarídeos (da soja , xilooligosacarídeos e outros) até o momento, somente os FOS e a inulina são considerados alimentos prebióticos , por desempenharem funções fisiológicas no organismo como: alteração do trânsito intestinal com efeito de redução de metabólicos tóxicos; prevenção de diarréia ou da obstipação intestinal por alteração da microflora colônica; redução do risco do desenvolvimento de câncer (experimentalmente); redução do colesterol plasmático e da hipetrigliceridemia; controle da pressão arterial; produção de nutrientes e aumento da biodisponibilidade de minerais.

Segundo Gibson e col, alguns critérios devem ser considerados para classificação de um alimento como prebiótico: não devem sofrer hidrólise ou absorção intestino delgado; atingindo o côlon o prebiótico deve ser metabolizado seletivamente por uma ou número limitado de bactérias benéficas; deve ser capaz de alterar a microflora colônica para uma microflora bacteriana saudável; deve ser capaz de induzir efeito fisiológico que seja importante para a saúde.

Efeitos Fisiológicos dos Prebióticos

A eficiência dos prebióticos depende da população bacteriana presente no cólon a qual varia de indivíduo para indivíduo . A inulina e os FOS apresentam efeito bifidogênico isto é, estimulam o crescimento intestinal das bifidobactérias. As bifidobactérias por efeito antagonista suprimem a atividade de outras bactérias putrefativas: Escherichia coli; Streptococos faecales ; Proteus e outros.

Essas bactérias putrefativas com suas enzimas azoredutase e beta-glucoronidase , podem levar à formação de substâncias tóxicas: amônia; aminas; substâncias que podem provocar o câncer como as nitrosaminas; estrogênios; ácidos biliares secundários; fenóis e cresóis. O valor calórico estimado para estes complexos de fibra é de 1,5 Kcal / g.

Dentre os alimentos em que os FOS estão presentes temos a cebola (alimento rico); alho; tomate; aspargos; alcachofra; banana; cevada; centeio; aveia; trigo; mel e cerveja.

Probióticos

O termo probiótico foi definido inicialmente por Fuller e col como: organismos vivos que ingeridos exercem efeito benéfico no balanço da flora bacteriana intestinal do hospedeiro. Este conceito foi posteriormente ampliado para ‘organismos vivos que quando ingeridos em determinado número exercem efeitos benéficos para a saúde’
Como função funcional benéfica no organismo os probióticos tem efeito sobre o equilíbrio bacteriano intestinal; controle do colesterol e de diarréias e redução do risco de câncer.

O meio de atuação dos probióticos no organismo se refere principalmente à inibição que estes exercem na colonização do intestino por bactérias patogênicas. Os mecanismos através dos quais os probióticos reduzem as bactérias patogênicas seriam: produção de substâncias bactericidas; disputa por nutrientes; alteração do metabolismo microbiano; estimulação do sistema imunológico e a partir da capacidade de adesão à mucosa intestinal.

Dentre os probióticos mais importantes citamos : Lactobacilos acidófilos , casei , bulgárico, lactis , plantarum; Estreptococo termófilo; Enterococus faecium e faecalis; Bifidobactéria bifidus , longus e infantis.
Segundo Hutcheson e col os probióticos devem apresentar algumas características específicas: serem habitantes normais do intestino ; reproduzirem-se rapidamente; produzirem substâncias antimicrobianas; resistirem ao tempo entre a fabricação , comercialização e ingestão do produto devendo atingir o intestino ainda vivos .
Os probióticos podem ser componentes de alimentos industrializados presentes no mercado como os leites fermentados ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas

Efeitos Fisiológicos dos Probióticos

1. Inibição de bactérias intestinais indesejáveis - isto pode ocorrer por produção de substâncias bactericidas:
- os lactobacilos podem produzir peróxido de hidrogênio, substância inibidora da Escherichia coli , Salmonela etc.
- adesão à mucosa e multiplicação - este termo se refere à capacidade dos probióticos de aderirem nas vilosidades intestinais competindo e inibindo a fixação de patogênicos, como por exemplo , Escherichia coli. A adesão não ocorre com todos os probióticos , segundo Bengmark e col parecendo ser verdadeiro somente para o Lactobacilos Plantarum 299.

- presença sem adesão à mucosa - para que isto ocorra é necessário que a ingestão do probiótico seja contínua pois sua suspensão não garante permanência no cólon por período prolongado.
2. Ativação da imunidade humoral e celular - os Lactobacilos acidófilo, bulgárico e casei parecem aumentar a atividade fagocitária, a síntese de imunoglobulinas ( IgA) e a ativação dos linfócitos T e B.
3. Aumento da digestibilidade da lactose - os Lactobacilos produzem a enzima beta galactosidase que facilita a digestão da lactose.
O papel da população bacteriana intestinal sobre a saúde do nosso organismo é aceito. A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é de suma importância. Neste sentido a alimentação assume papel influente através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis e morte das bactérias indesejáveis.
Os frutooligosacarídeos (FOS ) e os probióticos tem esta função e o consumo destes nutrientes deve ser estimulados.
Atenção deve ser dada ao fato de que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos , mas faz parte de todo um contexto , no qual o estilo de vida , a hereditariedade e a interferência do meio ambiente tem cada qual seu peso. Este fator é de suma importância para que os alimentos funcionais não sejam considerados alimentos milagrosos.

Autores

Dra. Adriana Alvarenga Nutricionista, Gerente de Mercado Hospitalar da Support Produtos Nutricionais
Dra. Ana Maria Pita Lottenberg Nutricionista da Disciplina de Endocrinologia do Hospital da Clínicas da FMUSP, Mestrado e Doutorado em Nutrição pela USP
Dra. Jocelem Mastrodi Salgado Profa. Titular de Nutrição –ESALQ/USP
Dra. Viviane Chaer Borges Nutricionista do GANEP.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2001

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