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Distúrbio respiratório do sono aumenta o risco de obesidade

1) O que é o Distúrbio Respiratório do Sono?
O Distúrbio Respiratório do Sono é uma área pouco conhecida e mais comum do que se pode imaginar. Sendo desconhecida, os pacientes procuram ajuda médica tarde demais, já numa fase em que o tratamento não é tão eficaz e tão fácil como seria se tivesse chegado no início do problema.
 As pessoas em geral não sabem que o Distúrbio Respiratório do Sono inicia-se no primeiro ano de vida e se define até o cinco anos de idade. Quando um adulto é tratado, o tratamento é apenas sintomático. Há o controle da doença e não a cura.

2)O Distúrbio Respiratório do Sono aumenta o risco da obesidade?
Habitualmente isso acontece porque os portadores do Distúrbio Respiratório do Sono respiram pela boca, ou seja, são denominados “Respiradores Orais”. Como o indivíduo não consegue respirar ao mesmo tempo em que mastiga, ele passa a comer rapidamente. Ao se alimentarem, eles mastigam muito rápido para poder respirar. Eles não conseguem comer devagar. Um outro aspecto que ajuda a desenvolver a obesidade é fator oral da saciedade. Quanto mais a pessoa fica com o alimento na boca mais rápido ele vai parar de ter fome. Se o indivíduo não fica com o alimento na boca porque ele tem que engolir rapidamente o alimento para poder respirar, ele não vai ter o controle da saciedade. O segundo fator da saciedade é o preenchimento do estômago que vai crescendo cada vez mais, desencadeando a obesidade. Isso começa desde cedo. Se a criança tiver renite e passar a respirar pela boca, ela vai começar a comer rápido porque não consegue respirar direito. Com isso, ela vai comer e engolir o alimento mais rápido e conseqüentemente vai engordar.

3) O Distúrbio Respiratório do Sono pode causar outros problemas?
Além da obesidade, o Distúrbio Respiratório do Sono pode causar arritmias cardíacas, aumento da tendência do infarto do miocárdio e aumento do risco de acidentes vasculares (derrame).O Distúrbio Respiratório do Sono acaba diminuindo a longevidade do ser humano em dez anos. As pessoas que sofrem desse Distúrbio terão dez anos a menos de sobrevida, além de diminuir a qualidade de vida.

Autor

Dr. Ademir Baptista Silva Professor Adjunto da Disciplina de Neurologia da Escola Paulista de Medicina, é formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Especializou-se em Neurologia e Eletrencefalografia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Polissonografia Clínica pela Universidade do Tenneessee (USA)

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