Avaliou-se o grau de desidratação através das perdas hídricas de atletas jogadores de futebol da categoria profissional durante uma partida válida pelo Campeonato Catarinense série B. A amostra foi constituída por 13 atletas. Para análise de líquido perdido durante o exercício, os atletas foram pesados antes e após a partida. A perda de peso médio foi de 1,51 kg correspondendo à cerca de 2% da massa corporal. A relação da sudorese com o tempo mostrou a diversidade de efeitos produzidos pelo metabolismo de cada indivíduo com o exercício, alguns atletas chegam a ter uma sudorese acima de 17ml/min e outros com níveis abaixo de 7ml/min, com uma média de 15 ml/min. A reposição de líquidos durante a partida em média deveria ter sido de 900 ml para garantir um a boa hidratação e minimizar os prejuízos. É necessário que ocorra uma hidratação antes, durante e após a partida para evitar perdas de peso acima de 1%.
Pessoas que se exercitam no calor enfrentam potenciais problemas, tais como insolação e desempenho prejudicado devido ao aumento da temperatura, diminuição do volume plasmático, entre outros. Durante a atividade física, os músculos produzem grande quantidade de calor que deve ser dissipado para o ambiente, ou então irá ocorrer um aumento da temperatura central (interna). Como a produção de calor pelos músculos é proporcional à taxa de trabalho, a influência negativa da desidratação é maior sobre os exercícios aeróbicos prolongas dos que nos anaeróbicos. Também apresentam atenção particular os participantes de jogos como futebol, que fazem muitas corridas curtas e repetidas por um longo período (O Consenso, 1999).
O estresse do exercício é acentuado pela desidratação, que aumenta a temperatura corporal, prejudica as respostas fisiológicas e o desempenho físico, e produz ricos para a saúde. Estes efeitos podem ocorrer mesmo que a desidratação seja leve a moderada (2% de perda), agravando-se à medida que ela se acentua. Com 1 a 2% de desidratação inicia-se o aumento da temperatura corporal em até 0,4°C para cada percentual subseqüente de desidratação. E, em torno de 3% de desidratação, há uma redução importante do desempenho; com 4 a 6% pode ocorrer fadiga térmica; a partir de 6% existe risco de choque térmico, coma e morte (Carvalho, 2003).
A sudorese é uma resposta fisiológica que se empenha em limitar o aumento da temperatura central através da secreção de água na pele para evaporação, mas esta perda de líquido nem sempre é compensada pela ingestão de líquidos e a regulação da temperatura. Então, os desafios são basicamente dois: dissipar eficientemente o excesso de calor para o ambiente e evitar o alcance do estado de hipohidratação (baixo nível de líquido corporal) (O Consenso, 1999).
A hidratação é um fator que deve ser considerado antes, durante e depois do exercício (Galloway, 1999). A hidratação antes do início do exercício e durante o mesmo melhora o desempenho, principalmente se o líquido a ser consumido contém carboidrato (mono ou dissacarídeos) e eletrólitos (Maughan & Leiper, 1999).
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Nov/Dez/2005
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