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Suplementos Dietéticos e Desempenho Esportivo: Aminoácidos

A proteína é um dos suplementos dietéticos mais populares comercializada para atletas e indivíduos fisicamente ativos. Os suplementos protéicos são recomendados para atletas para intensificar a retenção de nitrogênio e aumentar a massa muscular, para evitar o catabolismo protéico durante o exercício prolongado e promover a ressíntese do glicogênio muscular após o exercício, e para evitar a anemia esportiva por meio do aumento da síntese de hemoglobina, mioglobina, enzimas oxidativas e de mitocôndrias durante o treinamento aeróbico. Entretanto, hoje discute-se muito se os atletas precisam ou não de mais proteína. Baseados nas pesquisas disponíveis, o American College of Sports Medicine, o American Dietetic Association, e o Dietitians of Canada, na sua mais recente declaração conjunta sobre desempenho esportivo e nutrição (American Dietetic Association, Dietitians of Canada.

American College of Sports Medicine, 2000), concluíram que os requerimentos de proteína são maiores em indivíduos muito ativos e sugerem que os atletas de resistência precisam de 1,6-1,7 g de proteína/kg de peso corporal enquanto os de endurance precisam de aproximadamente 1,2-1,4 g de proteína/kg, valores que representam aproximadamente 150-200 % das RDAs (Recommended Dietary Allowances) atuais efetivas nos Estados Unidos. Por outro lado, na última apresentação sobre as DRIs (Dietary Reference Intakes) para proteína, a Academia Nacional de Ciências (2002) concluiu que, devido à falta de fortes evidências contrárias, não há necessidade de proteína adicional para adultos saudáveis que pratiquem exercícios de endurance ou de resistência.

Cientistas de nutrição esportiva observam, no entanto, que mesmo que os atletas necessitem de mais proteína, as quantidades recomendadas são compatíveis com as recomendações dietéticas aceitáveis de macronutrientes (10-35% de energia proveniente da proteína) e que podem receber essa quantidade nos alimentos naturais da dieta, tornando desnecessário o uso de suplementos protéicos. (Williams, 2005). Mas a proteína dietética é composta por 20 aminoácidos diferentes que, se ingeridos individualmente, tem potencial ergogênico, pelo menos teoricamente, e podem ser comercializados como suplementos esportivos para indivíduos fisicamente ativos. Na verdade, os aminoácidos estão entre os cinco suplementos esportivos mais populares (Lawrence and Kirby, 2002) Este é o terceiro de uma série de seis artigos que tratarão dos principais suplementos dietéticos (vitaminas; minerais; aminoácidos; ervas ou produtos botânicos; metabólitos; constituintes/extratos, ou combinações).

A ênfase principal está na eficácia de cada suplemento dietético para melhorar o desempenho nos exercícios ou nos esportes. Aminoácidos: A Teoria Ergogênica Teoricamente, os aminoácidos melhoram o desempenho de diversas maneiras, tais como aumentando a secreção de hormônios anabólicos, modificando o uso da energia durante o exercício, evitando os efeitos adversos de treinos em excesso e a fadiga mental. A discussão a seguir enfatiza a pesquisa com relação aos efeitos ergogênicos de aminoácidos individuais, várias combinações de aminoácidos e diversos suplementos dietéticos protéicos especiais. Neste artigo estaremos discutindo: Triptofano, Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCAA), Glutamina, Aspartatos, Arginina, Ornitina, Lisina, Coquetel de Aminoácidos, Proteína do Soro do Leite e Colostro.

Autor

Dr. Melvin Williams PhD em Educação Física e Ciências do Exercício pela University of Maryland. Tem vários livros publicados sobre nutrição esportiva, sendo o último "Nutrition of Health, Fitness and Sport"

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mai/Jun/2004