A avaliação de consumo de alimentos é um importante instrumento tanto para ser aplicado em nível populacional como individual. Pela relação entre a dieta e prevenção de doenças, tornou-se importante a avaliação da sua qualidade. Para uma avaliação global, o ID surge como uma alternativa. O IQD-R e o IAS são dois índices bastante utilizados. Eles apresentam variáveis comuns, como gorduras total e saturada, colesterol, grupos das frutas, hortaliças e cereais e número de alimentos consumidos. O IAS mede porções de carne e leite, enquanto o IQD-R mede os consumos de ferro e cálcio.
O IQD-R analisa no item ?moderação?, os consumos de sódio, gordura, açúcar e álcool. Esses índices são instrumentos capazes de avaliar a qualidade da dieta de forma simplificada, tendo ampla aplicação em estudos epidemiológicos e em outras áreas. Porém, é fundamental a elaboração de uma ferramenta mais abrangente, além de ser necessária a validação desses instrumentos.
A avaliação dos hábitos alimentares de populações apresenta-se cada vez mais importante em função dos diferentes estudos que relacionam a alimentação tanto com a prevenção como com o tratamento de diversas patologias (Kennedy et al. 1995; Hatloy et al. 1998).
Nos Estados Unidos, das dez principais causas de morte, quatro são relacionadas à dieta, gerando elevados custos médicos e perda de produtividade (Cross et al. 2002).
A avaliação de consumo de alimentos visa mensurar as condições nutricionais de uma população e suas condições e tendências (Vasconcellos & Anjos 2001; Brussaard et al. 2002); facilitar o planejamento, monitoramento e avaliação de programas de intervenção; proporcionar aos profissionais informações adequadas sobre saúde pública e dar suporte na política de saúde nacional (Brussaard et al. 2002). Além disso, proporciona a investigação da relação entre a dieta e o estado de saúde e identifica grupos com risco nutricional (Haveman-Nies et al. 2001).
Em nível individual, é um importante componente da avaliação nutricional, junto a dados clínicos e bioquímicos e composição corpórea, para identificar alterações do estado nutricional e buscar estratégias de intervenção (Waitzberg 1998).
Com a comprovação de que outros fatores, além da adequação no consumo de nutrientes, estão associados à prevenção de doenças e à promoção da saúde, componentes dietéticos relacionados à redução de risco foram incluídos na análise da qualidade da dieta, como a adequação de consumo de grupos de alimentos (Kant et al. 2000).
Assim, dada a complexidade dessa análise, o Índice Dietético (ID) vem sendo estudado como uma alternativa para realizar a avaliação global da dieta (Kant 1996).
No ID, a qualidade da dieta é resumida em uma única variável em substituição à análise dietética decomposta em várias subunidades, sendo considerado uma ferramenta que proporciona melhor avaliação da dieta e maior aplicabilidade em estudos epidemiológicos (Drewnowski et al. 1996; Kant et al. 1996).
Vários índices foram criados nas últimas décadas a partir das recomendações existentes nos guias dietéticos e na pirâmide de alimentos (Drewnowski et al 1997), sendo que o Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R) e o Índice de Alimentação Saudável (IAS) são dois índices bastante utilizados atualmente (Kant 1996).
O objetivo do presente trabalho é comparar o uso do IQD-R e do IAS
Autores
Os autores estão em ordem alfabética
Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/2003
Rua Cristóvão Pereira, 1626, cj 101 - Campo Belo - CEP: 04620-012 - São Paulo - SP
contato@nutricaoempauta.com.br
11 5041-9321
Whatsapp: 11 97781-0074