A deficiência de minerais pode comprometer o desempenho. Por exemplo, a correção da anemia ferropriva irá melhorar o desempenho do endurance aeróbico. Como atletas do sexo feminino têm mais propensão de apresentar deficiência de ferro, o Comitê Olímpico dos EUA recomenda que elas façam exames de sangue periodicamente para avaliar o nível de hemoglobina.
A nutrição ótima de cálcio para a saúde dos ossos também é importante para atletas mulheres, principalmente para aquelas que praticam esportes onde há controle de peso. De modo geral, a suplementação com cálcio, magnésio, ferro, zinco, cobre e selênio não intensifica o desempenho esportivo de atletas bem nutridos. O cromo, boro e vanádio também foram estudos como anabólicos em potencial por potencializarem os efeitos da insulina ou da testosterona, mas pesquisas não mostraram nenhum efeito benéfico da suplementação na composição corporal, força muscular ou endurance.
Melhoras significativas na captação máxima de oxigênio e/ou desempenho do endurance aeróbico após a suplementação de sais de fosfato também foram observadas em quatro estudos bem controlados, mas recomenda-se a realização de mais pesquisas controladas. Este é o segundo de uma série de seis artigos que discutirão os principais tipos de suplementos dietéticos (vitaminas, minerais, aminoácidos, ervas ou produtos botânicos, metabólitos, constituintes/extratos ou combinações desses). O foco principal é a eficácia desses suplementos para melhorar o desempenho nos exercícios e nos esportes. Os minerais representam uma grupo de substâncias inorgânicas encontradas naturalmente em uma ampla gama de alimentos.
O corpo humano precisa de aproximadamente vinte minerais diferentes para funcionar adequadamente. Os dois principais grupos de minerais são os macrominerais e os elementos-traço. Nos Estados Unidos, existem recomendações nutricionais ? RDAs (Recommended Dietary Allowances) e AIs (Adequate Intakes) ? para 3 macrominerais e 9 elementos-traço. Os minerais são essenciais para vários processos metabólicos e fisiológicos que ocorrem no corpo humano.
Speich et al. (2001) recentemente revisaram os papéis fisiológicos dos minerais importantes para atletas, levando em consideração que os minerais estão envolvidos na contração muscular, no ritmo cardíaco normal, na condução do impulso nervosos, no transporte de oxigênio, na fosforilação oxidativa, na ativação enzimática, nas funções imune, na atividade antioxidante, na saúde dos ossos, e no equilíbrio ácido-básico do sangue. Muitos desses processos ocorrem mais rápido durante o exercício e por isso, uma quantidade adequada de minerais é necessária para um funcionamento ótimo.
Os atletas deveriam receber uma quantidade adequada de mineiras na dieta porque uma deficiência de minerais pode comprometer a saúde ótima e o comprometimento dessa pode causar impacto negativo no desempenho esportivo. Maughan e col. (2000) observaram que o ferro e o cálcio são os dois micronutrientes com mais probabilidade de estarem presentes em pouca quantidade na dieta, principalmente na de atletas mulheres jovens. Para corroborar este ponto de vista, Ziegler e col. (2002) recentemente observaram inadequação da ingestão dietética de ferro e cálcio de atletas que praticam a patinação artística durante as competições.
Apesar de todos os minerais terem um papel em diversos processos fisiológicos e metabólicos, este artigo se concentrará naqueles minerais que foram estudados ou que foram considerados em estudos relativos aos efeitos no desempenho física ou saúde de atletas. Neste estudo estão sendo considerados: cálcio, fosfatos, magnésio, ferro, zinco, cromo, boro, vanádio e selênio.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Mar/Abr/2004
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