1. Quais as tendências do setor?
Entre as oportunidades mais visíveis, destaca-se a Nutrição em Saúde Pública, com enfoque nas ações preventivas; a Nutrição Esportiva, em consonância com uma tendência de combate ao sedentarismo; e a Hotelaria e a Gastronomia em restaurantes comerciais, tendo em vista a expressiva expansão do lazer e do turismo em todo o mundo. Na área de Nutrição Clínica, há uma tendência de crescimento na atuação do profissional em equipes multidisciplinares de atendimento domiciliar (home care).
Uma outra tendência está associada ao envelhecimento cada vez mais iminente da população brasileira e ao grande potencial de consumo desse segmento. Pode-se prever o surgimento de muitas instituições, clubes, spas e outros espaços para uso exclusivo dessa faixa etária, e onde o trabalho do nutricionista será de fundamental importância.
Um outro nicho em plena expansão é a exploração de linhas de alimentação diet/light, que atendem a uma crescente demanda por parte de pessoas interessadas em controlar obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças.
2. Quais as características exigidas do profissional desta área pelo mercado?
O profissional desta área deve ter como postura a busca constante da informação correta e científica para poder prestar um bom serviço à sociedade. Para obter sucesso na área, é indispensável que o profissional enfrente o desafio de um contínuo aprimoramento.
Em qualquer que seja o trabalho desenvolvido pelo nutricionista, ele deve atuar como líder, já que um bom líder estimula sua equipe buscar maior rendimento e produtividade. O comportamento e desempenho do profissional junto a equipe também são considerados relevantes nas empresas, portanto a busca de técnicas comportamentais que melhorem sua comunicação e as relações interpessoais com funcionários de todos os níveis tornou-se fundamental.
3. Como está o campo de trabalho para os nutricionistas?
O campo de atuação do profissional de nutrição tem se ampliado significativamente nos últimos anos e cada vez mais ele está envolvido em diversos setores e serviços. O nutricionista que tinha no passado seu mercado de trabalho limitado praticamente à área hospitalar e consultórios, passou a cuidar de cozinhas industriais cada vez mais complexas, e vem desempenhando papel fundamental até em diversas indústrias de alimentos, contribuindo, inclusive, nos setores administrativos e de marketing.
4. Qual a diferença de função de um técnico para um graduado em nutrição?
O nutricionista é um profissional de saúde. Para exercer a profissão, este profissional deve ter diploma expedido por escolas de graduação em Nutrição, oficiais ou reconhecidas, devidamente registradas no órgão competente do Ministério da Educação; deve, ainda estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) da sua respectiva jurisdição.
A profissão de nutricionista foi criada pela Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967. Em 17 de setembro de 1991, a Lei nº 8.234, regulamentou a profissão de nutricionistas, e definiu as atividades privativas desta profissional, como: direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação em nutrição; planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição; planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudos dietéticos, entre outras.
São Técnicos em Nutrição e Dietética (TND) os egressos dos cursos técnicos que atendam às disposições da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e que estejam adequados aos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico, Área Profissional Saúde, aprovados pelo Ministério da Educação. Esse técnico atua em diferentes segmentos, realizando atividades em Unidades de Alimentação e Nutrição: restaurantes industriais e comerciais, hotéis, cozinhas experimentais, creches, escolas e supermercados; em Unidades de Nutrição e Dietética: hospitais, clínicas, instituições de longa permanência e similares. O técnico em Nutrição deve atuar sempre sob a supervisão de um nutricionista.
5. Hoje temos um alto índice de pessoas obesas, vc acha que os brasileiros precisam de reeducação alimentar? Existe algo que possa ser feito para melhorar também o índice de desnutrição?
Vivemos em um momento de transição nutricional: desnutrição para obesidade. No Brasil, pesquisas apontam que 10% das crianças são obesas, índice que vem crescendo de forma alarmante. A obesidade é uma epidemia mundial, impulsionada por mudanças de hábitos alimentares e um estilo de vida frenético. Por isso, o assunto está na pauta de políticas públicas e passou a ser discutido seriamente nas escolas.
Outro fato é que a mulher moderna conquista cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Para se ter uma idéia, segundo dados do IBGE de 2003, 43% da população economicamente ativa nas zonas urbanas já é de mulheres, e esse número vem crescendo ao longo dos anos. Isto significa que as mulheres estão deixando de cuidar exclusivamente dos afazeres domésticos – e das crianças –, gerando uma demanda por serviços nesta área;
Acredito que hoje, a educação alimentar e nutricional são essências para a formação dos pais, cuidadores e, principalmente, das crianças.
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