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Fitoquímicos: Substâncias Protetoras em Alimentos

Apesar da conexão entre dieta e saúde ser reconhecida há muito tempo, à medida que caminhamos para o século XXI, descobrimos cada vez mais sobre como a dieta pode prevenir doenças. O tema nutrição é o ponto alto na relação entre dieta e doenças crônicas como obesidade, doenças cardíacas e câncer. Em outras palavras, estamos caminhando para promoção da saúde, longevidade e qualidade de vida. Essas substâncias com possíveis efeitos protetores podem ser de natureza não nutritiva (fitoquímicos, pigmentos).

Em se tratando dessas, o que mais se tem feito nessa área é o que hoje se chama "medicina ortomolecular", que consiste no combate aos "radicais livres" através de substâncias "antioxidantes", representadas principalmente pelas vitaminas e pelos minerais. Muitos estudos têm sido realizados a respeito desses antioxidantes, principalmente no que se refere às dosagens recomendadas e seu possível efeito protetor contra doenças, mas a maioria não apresenta resultados conclusivos.

Durante a última década foram realizados vários estudos experimentais e epidemiológicos mostrando que grãos, vegetais e frutas, contêm uma grande variedade de substâncias potencialmente quimioprofiláticas, chamadas plantas químicas ou fitoquímicos. Refere-se a toda substância química, biologicamente ativa, que ocorre naturalmente nas plantas.

O maior grupo de fitoquímicos nos alimentos são os compostos fenólicos, que incluem as plantas flavonóides, como as catequinas, encontradas em chá e vinho tinto; polifenóis como camosol em folhas de alecrim; e curcuma no curry e mostarda. As frutas cítricas contêm uma grande quantidade de fitoquímicos ativos. Certos cereais são ricos em ácidos fenólicos; as quantidades totais podem se aproximar de 500mg/Kg de cereais comestíveis. Exercem ação antioxidante.

A maioria dos antioxidantes funcionais no farelo de trigo são o ácido ferúlico, ácido vanílico, ácido p-cumárico e ácido caféico. Outros fitoquímicos encontrados nos cereais são as fitosterinas, saponinas e fitoestrogênios. É possível que a profunda ação antioxidativa do extrato de farelo de trigo se deva ao sinergismo de vários ácidos fenólicos assim como de outros constituintes biologicamente ativos.

Autores

Dra. Edeli Simioni Abreu Doutora em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Professora da Disciplina de Administração de Unidades de Alimentação e Nutrição da Universidade do Grande ABC
Dra. Glauce Cirne de Medeiros Nutricionista da Prefeitura de São Paulo
Profa. Dra. Mônica Glória Neumann Spinelli Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo – SP.

Os autores estão em ordem alfabética

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Set/Out/1999

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