ESTUDO EXPLORATÓRIO DO CONSUMO EXCESSIVO DE MICRONUTRIENTES ENTRE ADULTOS FREQUENTADORES DE ACADEMIA
 

5º Fórum de Nutrição 2009 - Porto Alegre RS
Nutrição Esportiva

FONTOURA, J.S.
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS- UNISINOS - SÃO LEOPOLDO

Objetivo: foi investigar os níveis de ingestão (que podem ocasionar riscos à saúde) de Ferro, Vitamina A, Vitamina E e Vitamina C em adultos jovens (20-25 anos) e adultos (26-60 anos) de ambos os sexos em uma academia de ginástica, relacionando os resultados obtidos com os parâmetros do Nível Máximo de Ingestão Tolerável.
Metodologia: o inquérito Recordatório 24 horas foi aplicado duas vezes, para cada participante com intervalo de duas semanas, com exceção das segundas e domingos, (devido a grande variação de ingestão alimentar aos finais de semana) e em dias da semana diferentes nas duas ocasiões, no momento da entrevista foram perguntadas marcas comerciais dos alimentos utilizados, tipo de preparação e se os entrevistados usavam suplemento alimentar ou medicamentoso de micronutrientes.
Resultados: a amostra foi constituída de 92 participantes, sendo que 50 (54,3%) eram homens e 42 (45,7%) mulheres. Um homem e duas mulheres utilizavam suplemento medicamentoso, 34 homens e 24 mulheres utilizavam alimentos enriquecidos. O micronutriente com maior ocorrência de enriquecimento de alimentos foi a Vitamina E com 36,04%. A média de ingestão encontrada dos micronutrientes para os homens foi de 20,29mg de Ferro; 510,19mcg de Vitamina A; 9,05mg de Vitamina E e 109,20mg de Vitamina C e, para as mulheres 9,45mg de Ferro; 387,91mcg de Vitamina A; 5,24mg de Vitamina E e 150,57mg de Vitamina C.
Conclusões: Dois indivíduos do sexo masculino ultrapassaram os valores de UL para Ferro e um indivíduo ultrapassou os valores de UL para a Vitamina A. Entre as mulheres não houve níveis de ingestão acima dos valores de UL.

Palavras chaves: micronutrientes, suplementos alimentares, inquéritos alimentares.

 
 

 

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA INFÂNCIA
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição e Saúde Pública

SALVI C, CENI, G.C.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Erechim

Autor apresentador: CENI, G.C.

A alimentação saudável, completa, variada e agradável ao paladar possui importância incontestável para a promoção da saúde. Essa importância se faz presente tanto para as crianças e jovens, em fase de crescimentos e desenvolvimento, como para toda a vida para a prevenção e controle de doenças e agravos não transmissíveis (DANT), cuja prevalência vem aumentando significativamente. Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho foi introduzir e aprimorar o nível de conhecimento sobre nutrição e alimentação por meio de métodos lúdico-pedagógicos para crianças na fase pré-escolar, podendo assim estimular o interesse das crianças pela alimentação saudável e consequentemente, contribuir para a manutenção das condições de saúde das mesmas. A atividades em educação nutricional desenvolvidas foram aplicadas a aproximadamente quarenta pré-escolares de duas escolas do município de Erechim – RS. Os recursos utilizados na metodologia destas atividades foram realizados quase totalmente de forma manual, fazendo o uso de materiais de papelaria, armarinho e materiais reciclados e/ou reutilizados. As atividades foram divididas em três temáticas relacionadas à alimentação e nutrição. A temática “Dia da Hortinha” fez o uso de fantoches de palito de churrasco para apresentação da historia infantil “A grande beterraba” e a confecção de horta em garrafa PET. A temática “Dia do Mestre Cuca” oportunizou às crianças a interação com ambiente da cozinha, participando da confecção de bolo de cenoura com consecutiva degustação. A temática “Musicalização” envolveu os pré-escolares na confecção individual de chocalho personalizado com lata de refrigerante vazia, utilizando-os na apresentação de músicas sobre nutrição e alimentação. Com as experiências obtidas por meio da aplicação destas atividades desmistificou-se a ideia de que para promover atividades interativas em educação nutricional e de caráter lúdico, é necessário utilizar materiais de alto custo e estratégias muito arrojadas. De modo simples proporcionou-se uma vivência diferente e agradável e uma efetiva integração entre os pré-escolares. Com a primeira temática observou-se a dedicação das crianças ao plantio e crescimento das plantas bem como aos cuidados diários com as mudas de alface, sendo que o maior incentivo foi o consumo das mesmas. Após a aplicação desta atividade, notou-se aumento no consumo de vegetais oferecidos pelas duas instituições. A segunda temática proporcionou a participação das crianças em todo processo de produção do bolo de cenoura e isto é de suma importância para que se sintam independentes, capazes, hábeis em ajudar e produzir suas próprias receitas. A degustação da preparação foi o momento mais especial, pois os pré-escolares sentiram-se capazes e perceberam suas potencialidades. A última temática comprovou que a música é uma excelente ferramenta que contribui na elaboração de atividades de educação nutricional, garantindo às crianças a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos. A educação em saúde, e dentro desta, a educação nutricional, apesar de ser uma tarefa árdua que não traz uma resposta imediata, é extremamente gratificante. Pode-se sentir isso claramente na realização deste trabalho que, além de ter sido muito proveitoso do ponto de vista da participação das crianças, também acrescentou muito, no sentido de proporcionar uma nova experiência no trabalho educativo. Possibilitaram-se aos pré-escolares novas experiências, capazes de interferir nos seus conhecimentos e hábitos, contribuindo para a promoção da saúde no âmbito individual e coletivo.

Palavras – chave: Educação nutricional. Nutrição. Infância.

 
 

 

FREQUÊNCIA DO CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES DIABÉTICOS EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL NA REGIÃO NORTE DO RS, NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2008
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica

BENETTI, F.; CENI, G.C.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Erechim

Autor apresentador:
CENI, G.C.

A prevalência do Diabetes Mellitus está aumentando de forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países. Atualmente constitui um grave problema de saúde pública, atingindo 190 milhões de pessoas. Estudos têm sido realizados com o objetivo de investigar as relações entre alimentos, nutrientes e doenças crônicas não transmissíveis. Para que estas informações possam ser devidamente investigadas é fundamental estudar a dieta pregressa ou habitual. O questionário de frequência alimentar é o método mais utilizado para mensurar a dieta pregressa, pois tem a capacidade de classificar os indivíduos segundo seus padrões alimentares, além de ser um instrumento de fácil aplicabilidade e baixo custo. Dentro deste contexto o presente estudo teve por objetivo investigar a frequência de consumo alimentar dos pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição da URI/CEPP (Centro de Estágios e Práticas Profissionais). O estudo realizado foi de base transversal, com análise estatística descritiva. O estudo possui autorização do Comitê de Ética da URI – Campus de Erechim, sob o número 0021.0.232.000-08. No período do estudo, foram atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição 112 pacientes, destes 9 eram diabéticos, sendo que 56% eram do sexo feminino. A idade variou de 42 a 72 anos, com média de 61±9,49 anos. A predominância de mulheres demonstrou uma concordância com a bibliografia consultada, pois pesquisas mostram que a maioria da população diabética é do sexo feminino. Analisando o QFA pode ser observado que a ingestão de leite pelos pacientes diabéticos foi maior entre as mulheres, com um consumo diário em média de 2 vezes ao dia.. Relativo ao consumo de iogurte constatou-se que os pacientes do sexo masculino (75%) relataram nunca consumir este alimento, por não possuir o hábito, entretanto 60% das mulheres apresentaram consumo mensal, em média 1,33 vezes. Os resultados demonstram que 60% das pacientes consomem queijo diariamente, em média 1,66 vezes. A maioria dos pacientes (88,9%) relatou nunca consumir manteiga. Referente ao consumo de carnes constatou-se uma variabilidade no consumo desta fonte protéica, de forma geral os pacientes referem ingerir carnes bovina, suína e de frango semanalmente. Para a ingestão de ovos verificou-se maior consumo semanal entre os pacientes do sexo masculino (55,6%) com freqüência de 1,8 vezes. Foi observado que a maioria das mulheres (80%) ingere feijão diariamente, em média 1 vez e os 75% dos homens apresentam consumo semanal de 3,7 vezes. Referente à ingestão de alimentos do grupo de cereais observou-se elevado consumo, sendo que a maioria dos pacientes ingere diariamente arroz (55,56%). Por outro lado, o consumo de batata e macarrão foi referido como semanal nas porcentagens de 77,8% e 88,9% respectivamente. Pode ser verificado que a maioria dos pacientes (77,8 %) costumava ingerir polenta semanalmente, em média 2,1 vezes. Na pesquisa realizada constatou-se que 100% dos pacientes diabéticos, de ambos os sexos, consomem pão diariamente, em média 2,11 vezes. Para o consumo de biscoito pode ser verificada uma ingestão maior entre as mulheres, onde 60% das pacientes referem consumir biscoitos diariamente, em média 1,67 vezes. Foi constatado que a maioria dos pacientes (88,9%) nunca consome açúcar. Relativo ao consumo de balas, doces e chocolates verificou-se que 55,5% dos pacientes referem nunca consumir estes alimentos, por não se tratar de um hábito. No entanto constatou-se que metade dos pacientes do sexo masculino consumem estes alimentos semanalmente, com frequência de 1,5 vezes. Referente à ingestão de refrigerante 66,7% dos diabéticos consomem semanalmente, em média, 1,5 vezes. Entre os pacientes que consomem refrigerante, todos ingerem a versão diet. Para o consumo de frituras pode ser observado que as mulheres ingerem alimentos nesta forma de preparação mensalmente, em média 1 vez. Metade dos homens referiu ingerir frituras semanalmente, em média 1,5 vezes. Considerando o consumo de margarina contatou-se elevada ingestão entre as mulheres, pois 100% consomem margarina diariamente, em média 2,4 vezes. Entre os pacientes do sexo masculino 75% referem nunca ingerir este alimento. A maioria dos pacientes (88,9%) apresenta um consumo diário de frutas e todos relataram consumo diário de verduras, contribuindo com a ingestão de fibras da dieta e desta forma auxiliando o controle da glicemia. De forma geral os dados mostraram inadequações quanto à qualidade das dietas seguidas pelos diabéticos. Para o sucesso do tratamento nutricional destes, o acompanhamento nutricional periódico é necessário, permitindo as adequações dietéticas que visam à mudança de hábitos alimentares inadequados e a promoção da saúde e qualidade de vida.

Palavras - chave: Consumo Alimentar. Diabetes Mellitus. Nutrição.

 
 

 

PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA “UNIVERSIDADE SEM LIMITES” DA URI - CAMPUS DE ERECHIM
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica

ANARDO, V.P.S.; COGHETTO, C. C.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Erechim – Brasil

Autor apresentador: ZANARDO, V.P.S.

Em todo mundo, a proporção de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos está crescendo mais rapidamente que em qualquer outra faixa etária. O aumento da expectativa de vida ocorre devido à queda nos coeficientes de fecundidade e de mortalidade, à melhoria das condições de vida e ao avanço do conhecimento científico que pode proporcionar diagnóstico e tratamento precoce. Com o crescimento desta população, cresce também a morbimortalidade por doenças crônico-degenerativas, tornando cada vez maior a necessidade de profissionais capacitados para o planejamento adequado das políticas de saúde, para atendimento e cuidado dos idosos. Dentro deste contexto o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil antropométrico dos idosos participantes do programa “Universidade Sem Limites” da URI - Campus de Erechim. A metodologia utilizada foi de natureza quantitativa transversal. A população estudada foi composta por 29 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, que aceitaram participar e assinaram um do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados coletados foram patologias apresentadas pelos participantes, Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura e Circunferência da Panturrilha. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a Antropometria é um método não-invasivo de baixo custo e universalmente aplicável, disponível para avaliar o tamanho, proporções e composição do corpo humano. Para mensuração dos dados foi utilizada estatística descritiva. Em relação as patologias, Hipertensão Arterial Sistêmica foi a mais prevalente com 55%, seguida de Dislipidemia com 20,6% e Diabetes Melito tipo II 10,3%. Os resultados referentes ao IMC demonstraram que 51,7% dos idosos encontravam-se em eutrofia, 34,5% em excesso de peso e 13,8% apresentavam estado de magreza. Em relação a Circunferência da Cintura, 79,3% obtiveram risco cardiovascular. A Circunferência da Panturrilha que representa um marcador de desnutrição apontou que 93% dos idosos não apresentavam perda de massa muscular. Concluiu-se que a maioria dos idosos estavam dentro dos parâmetros normais para IMC, referente à circunferência da cintura a maior parte apresentou excesso de gordura visceral representando risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, e a circunferência da panturrilha não demonstrou resultado expressivo para desnutrição. Verificou-se a necessidade de intervenção nutricional para auxiliar na redução de peso corporal e diminuição da gordura abdominal, melhorando a qualidade de vida com a finalidade de proporcionar maior longevidade.

Palavras – chave: Idoso. Antropometria. Índice de Massa Corporal. Circunferência da Cintura.

 
 

 

AVALIAÇÃO ALIMENTAR DE ATLETAS PROFISSIONAIS DE FUTSAL
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Esportiva

ZANARDO, V.P.S.; LOSADO F.M., SERAFINI, E.; DALLA VECHIA, E.J.; CENI G.C.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Erechim

Autor apresentador:
ZANARDO, V.P.S.

A nutrição esportiva possibilita a melhora do desempenho do atleta. Jogadores de futsal necessitam de ingestão alimentar adequada para o aporte de energia e reposição de reservas e tecido. As diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME), para a nutrição adequada do atleta, recomendam que a alimentação deve oferecer equilíbrio no balanço energético, distribuição de 60-70% de carboidratos, 1,2 a 1,6g de proteína por kg de peso e até 30% de lipídios. Dentro deste contexto o objetivo do presente estudo foi avaliar o hábito alimentar de atletas profissionais de futsal da região norte do RS. A metodologia utilizada foi de natureza quantitativa transversal, com análise estatística descritiva dos dados. A população estudada foi composta por 14 atletas do sexo masculino, da modalidade de futsal, de uma equipe profissional da região norte do Rio Grande do Sul. A coleta dos dados foi realizada no local de treinamento esportivo, com a participação individual dos os atletas da equipe, no dia da reapresentação e/ou apresentação ao clube. Foram realizadas aferições de peso e estatura de todos os atletas. O valor energético total (VET) foi calculado a partir dos dados obtidos, utilizando a equação da FAO/OMS (1985). Para a coleta de dados nutricionais foi utilizado o método de recordatório alimentar de 24 horas e os dados foram analisados com o auxílio do software nutricional dietWin®. Com base nos resultados pode ser verificado que os atletas realizam em média 3,4±0,6 refeições por dia. Todos os atletas relataram um consumo inferior ao previsto. Em média o VET (Valor Enertégico Total) calculado foi de 3.780,10±306 Kcal e o consumo alimentar de 2.291,49±655,36 Kcal, sendo importante ressaltar que o consumo alimentar investigado é referente ao período de reapresentação dos atletas. O consumo de carboidratos, observado entre os atletas, ficou abaixo do recomendado, em média, sendo que, entre os atletas avaliados, somente 3 relataram ingestão de carboidratos acima de 60% do VET. O consumo médio de g de carboidratos/Kg de peso corporal/dia foi de 3,64±1,43.O consumo de lipídios ficou, em média, em 30,44% do VET. O consumo de proteínas ficou, em média, 18% do VET, com variação de 10 à 25% entre os atletas. A média de consumo de proteína foi de 1,44±0,53 g/Kg de peso corporal, sendo que somente 3 dos atletas avaliados consumiam quantidade inferior a 0,8g/kg de peso corporal. A avaliação da proporção de consumo entre aminoácidos ramificados e aminoácidos aromáticos ficou, em média, 2,19±0,11:1.Foi observado um consumo médio de 21,56±10,74 g de fibras entre os atletas. O consumo de coleterol foi de 327,79±166,34, em média.. A média de consumo de ferro entre os atletas foi de 13,07±5,38 mg/dia, superior ao recomendado. O consumo de vitamina C observado entre os atletas foi de 70,54±50,17 mg. De forma geral, o consumo alimentar entre os atletas necessita de adequação. O consumo de uma dieta adequada pode melhorar o desempenho físico. A nutrição esportiva pode ajudar os atletas a obterem melhores resultados. Muitas vezes não há informação adequada sobre escolhas saudáveis entre os profissionais do esporte.

Palavras – chave: Atleta. Avaliação alimentar. Nutrição esportiva

 
 

 

AVALIAÇÃO ESTADA NUTRICIONAL DE IDOSOS DE INSTITUCIONALIZADOS
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição e Saúde Pública

Medina, VB; Mussoi, TD; D`Avila, VM
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) - Santa Maria

Apresentadora: Medina, VB (Vanessa Bischoff Medina)

Objetivo: Identificar o estado nutricional através de diferentes medidas antropométricas de idosos de uma instituição geriátrica filantrópica do município de Santa Maria- RS.
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, constituído por indivíduos com 60 anos ou mais do sexo feminino residentes de uma instituição geriátrica filantrópica no município de Santa Maria- RS. Foram excluídos idosos que apresentaram algum distúrbio de hidratação e com doenças neurodegenerativas, o presente trabalho teve início após aprovação do comitê de ética. As variáveis antropométricas examinadas foram: peso, estatura, IMC, Dobra Cutânea Tricipital (DCT) e Circunferência da Panturrilha (CP).
O peso foi mensurado em balança previamente calibrada e usaram roupas leves; para altura se utilizou fita métrica fixada, com os pés descalços e que permaneçam juntos, os calcanhares, nádegas e ombros na parede; partir das variáveis peso e altura foi utilizado o IMC, na impossibilidade de aferir peso altura ambas foram estimadas. As
Para a obtenção da DCT, foi utilizado adipômetro científico, na parte posterior do braço, no ponto médio entre o processo acromial da escápula (ombro) e o processo do olecrano da ulna (cotovelo), segurou-se a prega formada pela pele e tecido adiposo e pinçada com calibrador no local marcado. A medida da CP foi realizada utilizando-se uma fita métrica inelástica, com a perna dobrada num ângulo de 90 graus, realizada na maior proporção da região da panturrilha.
Resultados: Participaram deste estudo 50 idosos do sexo feminino, com idade entre 62 a 91 anos, e a média etária foi 74,9±9,52.
A prevalência de eutrofia através do IMC foi de 50%, desnutrição 30% e excesso de peso 20%. Quanto a DCT verificou-se alto índice de depleção com 44%, normalidade 18% e sobrepeso 38%%. Através da classificação da CP obteve depleção 36% semelhante ao IMC e 56% de eutrofia, é importante salientar está variável não classifica sobrepeso.
Conclusão: Após análise dos dados conclui-se que houve alta prevalência de desnutrição dentre variáveis antropométricas estudadas, verificou-se que um único método antropométrico não é capaz de classificar o estado nutricional com precisão devendo haver uma relação entre as medidas antropométricas. Fica evidente a avaliação nutricional é de grande valia nessa população para melhoria da qualidade de vida.

 
 

 

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ALIMENTOS FONTE DE CÁLCIO E ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES ADOLESCENTES.
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica

Medina, VB; Sá, AS; Daronco, LSE
Universidade Federal de Santa Maria –UFSM – Santa Maria-RS, Brasil

Apresentadora: Medina, VB (Vanessa Bischoff Medina)

Objetivo: O presente trabalho objetivou avaliar consumo dos principais alimentos fontes de cálcio e estado nutricional de adolescentes do 3º ano do ensino médio das escolas particulares da região centro de Santa Maria- RS.

Metodologia: Para a realização da pesquisa encaminhou-se às escolas uma Carta de Apresentação explicando a pesquisa e solicitando autorização para a realização desta com os alunos dos 3º anos do ensino médio. Após a autorização da escola e dos responsáveis agendou-se datas para a realização da coleta de dados com alunos, que aceitaram participar do estudo.
Para obtenção dos dados utilizou-se questionário de freqüência alimentar validado, a análise do padrão de consumo alimentar foi realizada agrupando-se os principais alimentos fonte de cálcio, de acordo com a pirâmide alimentar, inserido no grupo de leite e produtos lácteos. Obteve-se a caracterização do hábito alimentar, por meio da freqüência de consumo diário, semanal, mensal e nunca (não consomem) dos escolares.
O estado nutricional realizou-se através das mensurações da massa corporal e da estatura dos alunos, para a obtenção do índice de massa corporal (IMC), adotando como critério de classificação os valores para idade e sexo e os respectivos pontos de corte propostos pela World Health Organization (WHO,1995).

Resultados: A amostra obtida foi de 36 alunos, sendo 61% do sexo masculino e 39% do sexo feminino, com idade entre 16 e 18 anos.
Os alimentos fonte de cálcio de maior preferência no consumo diário foram o queijo com 52,77% e o leite Integral com 44,44% porém 55,56% não o consumiam diariamente, quanto os outros produtos lácteos em ordem crescente estavam iogurte 19,44%, leite desnatado 25% e requeijão 30,55%. Semanalmente os alimentos mais citados foram o iogurte e o queijo ambos com 30,55%.  Os alimentos relatados nunca consumidos na dieta dos adolescentes foram principalmente o leite desnatado 52,47%, leite integral com 47,22% e requeijão com 27,77%.
Quanto ao estado nutricional o sexo masculino maioria encontra-se na faixa da normalidade, representando 63,63% entre o Percentil > 5 ao Percentil < 85, já 36,36% apresentaram o indicativo para o sobrepeso, com o Percentil 85 em relação ao indicativo do baixo peso, nenhum aluno apresenta esse índice. O sexo feminino a grande maioria 90,9% encontraram-se no percentil dentro da normalidade, 9,09% encontrou-se Percentil < 5, indicando magreza para o indicativo de Sobrepeso nenhuma adolescente apresentou esse índice.

Conclusão: Analisando-se os resultados obtidos evidenciou-se uma ingestão insuficiente de alimentos fonte de cálcio entre os adolescentes, sendo que a atual recomendação para a ingestão de produtos lácteos que se encontram nos guias alimentares e na pirâmide alimentar é de 2 a 3 porções diárias, a ingestão deste se faz importante principalmente nessa faixa etária devido aumento da retenção de cálcio na formação óssea. Observou-se a prevalência de eutrofia em ambos os sexos, a avaliação nutricional é fundamental para averiguar déficits nutricionais quanto aos excessos.
É necessário, portanto que os profissionais da área saúde estimulem tanto o consumo de alimentos ricos em cálcio como o estado nutricional adequado dos adolescentes a fim de ter estilo de vida saudável e prevenir posteriores problemas de saúde na vida adulta.

 
 

 

HÁBITO ALIMENTAR DOMICILIAR DOS PRÉ-ESCOLARES DA EMEI TIA SCYLA DE BAGÉ/RS.
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS

Vera Maria de Souza Bortolini
Mestre em Saúde Pública, docente da Universidade da Região da Campanha e Técnico Científico da Prefeitura Municipal de Bagé/RS.

A alimentação do pré-escolar é de suma importância para suprir as necessidades nutricionais diárias e para a realização da educação alimentar,visando à formação de hábitos alimentares e rendimento escolar, sendo de responsabilidade escolar e familiar.   Os maus hábitos alimentares, especialmente aqueles que acarretam a obesidade infantil, produzem problemas de saúde imediatos e também a longo prazo, visto que cerca de 60%  de crianças obesas sofrem de hipertensão, hiperlipidemias e/ou hiperinsulinemia ( ALMEIDA, NASCIMENTO & QUALOTI, 2002). Após o resultado  da investigação do estado nutricional  foi averiguado nas crianças  uma tendência ao sobrepeso (20,2%) e obesidade (9,5%). Quanto à refeição oferecida pelo município a mesma desempenha importante papel no aporte energético e nutricional das crianças atendendo 83% das necessidades nutricionais diárias, uma vez que a maioria delas se encontra em regime semi-integral, ou seja, recebendo três refeições diárias na escola, sendo que as mesmas são calculadas por Nutricionistas. O Objetivo deste estudo foi  de avaliar o hábito alimentar no domicilio dos pré-escolares que realizaram a avaliação antropométrica no ano de 2008, através do Recordatório de 24 horas. Esta foi uma pesquisa transversal descritiva onde foi aplicado um Recordatório de 24 horas (pré-testado) em 53 pré-escolares  na faixa etária de 1 ano aos 6 anos completos da Escola Municipal de Educação Infantil Tia Scyla, onde  os responsáveis pelas crianças, após a assinatura do Termo de Consentimento, responderam o questionário. Os Recordatórios  foram avaliados no programa  Diet Win Profissional 2002- Software de Avaliação Nutricional, levando em consideração o cálculo simplificado do VER, onde calcula-se 1.000 kcal para o primeiro ano e adiciona-se  100 kcal para cada ano até a idade de 11 anos ( VITOLO, 2003) chegando-se ao seguinte resultado; 68%   dos pré-escolares estão consumindo calorias acima do recomendado para a faixa etária, e apenas 5,6% consomem abaixo das necessidades diárias. Quanto ao tipo de refeição oferecida 28% substitui o jantar pelo lanche. Com este resultado percebe-se que a complementação alimentar feita no domicilio é feita de maneira inadequada proporcionando assim o incremento do sobrepeso e da obesidade. Torna-se necessário um trabalho de educação alimentar para os pais, visando uma melhor qualidade de vida para os pré-escolares.

 
 

 

PERFIS MORFOFISIOLÓGICOS E NUTRICIONAIS DOS USUÁRIOS DO ATENDIMENTO AMBULATORIAL DO 1º CENTRO MUNICIPAL DE APOIO EDUCACIONAL MATHILDE FAYAD, BAGÉ/2008
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS

Mônica Palomino de los Santos
Nutricionista, Técnico Científico e Docente da Universidade da Região da Campanha.

Valério Sousa da Silva
Doscente do Curso de Nutrição/URCAMP

O estudo teve por objetivo conhecer o perfil dos usuários em atendimento clínico do 1º Centro Municipal de Apoio Educacional Mathilde Fayad que procuraram o serviço de nutrição, no ano de 2008. Caracterizou-se por um estudo descritivo. A coleta de dados foi realizada pela nutricionista técnico científico da Secretaria Estadual de Saúde e um acadêmico estagiário do Curso de Nutrição da Universidade da Região da Campanha. Foram analisadas 134 fichas de atendimento, com informações sobre variáveis demográficas, número de refeições, antecedentes familiares, patologias referidas, funcionamento intestinal e atividade física. Na população estudada com idades entre 2 e 77 anos, observou-se que a maioria 75,4% (n=101) era do sexo feminino. Em relação à ocupação, 38,8% (n=52) eram estudantes. A maioria 91% (n=122) não tinha hábito de fumar e nem ingerir bebida alcoólica 88,8% (n=119). A maior parte da população estudada 58,2% (n=78) não realizava atividade física. Em relação aos antecedentes familiares a patologia mais referida foi hipertensão 49,2% (n=66). Observou-se que entre os estudados 50,8% (n=68) procurou o serviço para tratar a obesidade. Diante do observado salienta-se a importância do profissional nutricionista e instituição de ensino nas medidas de promoção e intervenção na saúde desses pacientes, através da relação serviço de Saúde e Universidade.

 
 

 

AVALIAÇÃO DA PERDA HÍDRICA EM UMA COMPETIÇÃO DE MINI-MARATONA
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Esportiva


BAGGIO, M.A.; LODI, V.M.; MADALOZZO, C.C.; SANTIN, A.; CENI, G.C.
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Erechim – Brasil

Autor apresentador: LODI, V.M.

A perda hídrica está presente em todos os tipos de exercícios físicos, principalmente naqueles de alta intensidade, devendo ser controlada, para não prejudicar o desempenho e o rendimento dos atletas. Durante a atividade física, principalmente de resistência, verifica-se uma redução significativa do volume de água do corpo. Em corridas longas, uma hidratação adequada durante a prova é um fator importante para assegurar o êxito. Uma forma indireta de se verificar a perda hídrica do organismo, durante a atividade física, é mediante a pesagem do atleta imediatamente antes e após o exercício. O percentual de líquido corpóreo perdido pode ser estimado através da porcentagem de peso que o atleta perde durante a prática desportiva, sendo que o peso que se perde durante o exercício é essencialmente o da água perdida através dos mecanismos da transpiração. O presente estudo teve por objetivo avaliar 32 esportistas, adultos, com uma média de idade de 36,8 anos e de altura de 1,72 metros, que participaram da mini-maratona, em um percurso de 10 km, realizada pelo SESC de Erechim-RS, em junho de 2009. Os competidores foram pesados e medidos antes e após a prova. Através dos dados coletados foram avaliados o Índice de Massa Corporal (IMC) e perda de peso. Sendo que para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva. Foi observada uma diferença de perda de peso em média de 1,3 ± 1,1 Kg, que significa consequentemete uma perda hídrica de 1,3 litros de água corporal e um porcentual médio de perda hídrica de 1,5%. Em relação à classificação segundo IMC (Índice de Massa Corporal) dos indivíduos, 87,5 % foram classificados como eutróficos, segundo a Organização Mundial da Saúde (1997), 9,37% se enquadraram como pré-obesos e 3,12% foram classificados em Obesidade Grau 1. O presente estudo demonstrou que ocorrreu uma perda hídrica considerável após a atividade de alta intensidade. Sendo que esta perda varia de atleta para atleta, devido a diferentes fatores como peso, altura, idade, grau de esforço físico, grau de hidratação pré e pós-exercício, entre outros. Ainda, a maioria dos participantes encontrava-se em eutrofia em relação ao seu peso e altura. Portanto o estudo foi de grande valia, pois permitiu identificar a importância da hidratação em provas como mini-maratonas e ainda verificou-se a necessidade de uma orientação hídrica individualizada para estes participantes almejando assim, o sucesso de uma hidratação adequada ante, durante e após o exercício e consequentemente a ênfase do desempenho físico.

Palavras chave: Perda hídrica, Desempenho, Exercício de alta intensidade.

 
 

 

PERFIL DA GLICEMIA CAPILAR DE PACIENTES COM DIABETES MELITO INTERNADOS EM HOSPITAL PRIVADO
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica


Schwartz R 1, Kuhmmer R. 2, Lazzaretti R 2, Carnevale J 3, 

1 Curso de Pós-Graduação em Nutrição com ênfase em Doenças Crônicas e Aterosclerose do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento/RS
2 Hospital Moinhos de Vento; Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento/RS
3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul/RS

Instituição realizada: Hospital Moinhos de Vento – Porto Alegre – Brasil

Apresentação: Renata Schwartz

Introdução: A glicemia pós-prandial pode ser influenciada pela quantidade, tipo de carboidratos e inter-relação dos níveis de insulina e glucagon. O efeito da oferta da colação e lanche da tarde na glicemia de pacientes com Diabetes Melito (DM) hospitalizados não é conhecido.
Objetivo: Conhecer os níveis de glicemia capilar de pacientes diabéticos e a associação com a colação e o lanhe da tarde.

Métodos: Estudo transversal prospectivo. Foram avaliados 76 pacientes, no período de novembro de 2008 a abril de 2009, com prescrição para monitoramento de glicemia capilar pré-prandial, e que tivessem internação hospitalar superior a 24 horas. Dados antropométricos de peso e altura foram aferidos e o índice de massa corporal foi calculado.

Resultados: Dos 76 pacientes avaliados, 60% eram do gênero feminino, com idade média de 69,7 ± 11,7 anos e IMC= 27,73 ± 6,6 kg/m2.  A média de glicemia capilar antes do desjejum foi de 132,28 ± 58,02 mg/dl. A média de glicemia capilar antes do almoço foi de 119,8 ± 63,3 mg/dl nos pacientes que ingeriram a colação, n= 28 (36,8%) e 139,6 ± 54,08 mg/dl nos pacientes que não ingeriram colação; n= 48 (63,2%), p= 0,072 e antes do jantar foi 167,66 ± 73,15 mg/dl para os pacientes que ingeriram o lanche da tarde; n= 56 (73,7%) e 146,45 ± 29,22 mg/dl para os pacientes que não ingeriram o lanche da tarde, n= 20 (20,3%),  p=0,075.

Para o grupo de pacientes que ingeriu a colação, houve de diferença significativa (p=0,020) entre o hemoglicoteste (HGT) medido antes do desjejum com HGT medido antes do almoço e para o grupo de pacientes que ingeriu  o lanche da tarde, houve diferença significativa (p=0,002) entre o HGT medido antes do desjejum com HGT medido antes do almoço.

Conclusão: Na amostra estudada parece haver uma  alteração significativa entre o HGT antes do café da manhã e HGT antes do almoço, tanto nos pacientes que ingeriram colação e lanche da tarde quanto naqueles que não ingeriram. Essa alteração glicêmica  ocorreu principalmente em pacientes acima de 70 anos e nos obesos.

 
 

 

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: UM ESTUDO DE CASO
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica / Hospitalar


LIMA, L.1 (apresentadora); BARCHET, G.2; COLPO, E.3; DOMINGUES, K. A.

1 - Discente do curso de Nutrição do Centro Uni2ersitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS - Brasil 2 - Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS - Brasil 3 - Nutricionista do Hospital Público de Santa Maria

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um processo caracterizado pela presença de bronquite crônica, enfisema, ou ambos, levando ao desenvolvimento de obstrução de vias aéreas. A obstrução, geralmente progressiva, pode ser acompanhada por uma hiper-atividade das vias aéreas e, apenas parcialmente reversível com o uso de broncodilatadores (CUPPARI, 2005). Este trabalho teve como objetivo avaliar a conduta dietoterápica de um paciente com DPOC internado em um hospital da rede pública, da cidade de Santa Maria, RS. O presente trabalho caracterizou-se por ser um estudo de caso com abordagem qualitativa, realizado por meio de visitas ao leito e avaliação do prontuário médico de um paciente com DPOC internado em um hospital da rede pública, da cidade de Santa Maria, RS, no período de outubro de 2009, durante o estágio curricular de nutrição clínica do curso de nutrição do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA. Durante o período de internação hospitalar, foi prescrito uma dieta com consistência livre que, segundo o paciente não apresentou dificuldades para se alimentar. Contudo, a ingestão calórica e protéica ficou abaixo do ideal, provavelmente pelo quadro sintomatológico da DPOC. O paciente referiu a ingestão de frutas e hortaliças diariamente, sendo duas porções por grupo. Apesar disso, o paciente apresentou inadequação no consumo de micronutrientes antioxidantes. A conduta dietoterápica para esse caso deve visar a manutenção de um estado nutricional adequado, com uma dieta hiperproteica variando de 1 a 1,5g/KgPC, normo a hipoglicídica, pois os carboidratos apresentam um quociente respiratório mais elevado que os outros nutrientes e isso pode favorecer o quadro de dispnéia, e normolipídica, em torno de 25 a 30% do VTC, priorizando os ácidos graxos essenciais. As vitaminas do Complexo B, auxiliam no bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração, sua deficiência pode provocar perda de apetite, dores no abdômen e no peito muito comum na senescência (DOUGLAS, 2002; CUPPARI, 2005). Deve-se adequar também a vitamina C, pois é um antioxidante, favorece a absorção do ferro não-heme e auxilia no processo de cicatrização, melhorando a resposta imunológica de proteção ao organismo. Conclui-se que o tratamento dietoterápico da DOPC deve apresentar uma maior oferta de horti-frutis, para adequar a ingestão de vitaminas e minerais antioxidantes e em relação ao aporte calórico, uma boa alternativa é ofertar alimentos e/ou preparações de alta densidade calórica, sem aumentar o volume das preparações, priorizando um bom aporte de proteínas e ácidos graxo essenciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, Lílian. Guia de nutrição: nutrição clínica do adulto. São Paulo: Manole, 2005.
DOUGLAS, Carlos Roberto. Tratado de fisiologia aplicado

 
 

 

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE MACRONUTRIENTES NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UM ESTUDO DE CASO
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica / Hospitalar


LIMA, L. D1 (apresentadora); BARCHET, G. V1.; MUSSOI, T. D2.
1 - Discente do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS - Brasil
2 - Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS - Brasil

A insuficiência renal crônica (IRC) é uma síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais (CUPPARI, 2005). A capacidade de excreção e regulação da água corpórea, de minerais e compostos orgânicos, sem dúvida, é a função mais importante dos rins (CUPPARI, 2005). Tipicamente, a IRC progride até que seja necessário o tratamento dialítico ou o transplante renal (RIELLA; MARTINS, 2001).  A hemodiálise (HD) é um processo de filtração do sangue que remove o excesso de líquidos e metabólitos.O estado nutricional do paciente IRC pode ser avaliado a partir de critérios clínicos, laboratoriais e antropométricos, além de levantamentos sobre a ingestão alimentar. Um grande problema relacionado ao aspecto nutricional é o fato da terapia ser intermitente, ocorrendo o acúmulo de substância tóxicas e líquidos nos intervalos interdialíticos (RIELLA; MARTINS, 2001). Na HD, a desnutrição calórico-protéica é comum. A causa é multifatorial e inclui: ingestão alimentar deficiente, restrições na dieta, medicamentos que podem prejudicar a absorção de nutrientes, diálise intermitente e a presença constante de enfermidades (RIELLA; MARTINS, 2001). Devido a estas complicações nutricionais causadas pela IRC, este trabalho teve o intuito de avaliar a ingestão alimentar relacionado com a dietoterapia prescrita. Paciente do sexo feminino de 49 anos, com quadro clínico de IRC em tratamento dialítico (HD) há 9 anos, internada em um hospital privado da cidade de Santa Maria –RS no período de outubro de 2009, durante o estágio curricular de nutrição clínica do curso de nutrição do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA. O presente trabalho caracteriza-se por ser um estudo de caso de caráter qualitativo, realizado por meio de visitas ao leito e avaliação do prontuário médico de uma paciente com IRC. Durante o período de internação hospitalar, foi verificado a ingestão alimentar de macronutrientes e relacionado com sua doença. Tendo este objetivo, pode-se observar que a mesma ingere uma dieta abaixo dos valores calóricos necessários, não se preocupando com sua alimentação, ingerindo um alto índice de carboidratos simples, o que pode causar uma hiperglicemia na paciente, o indicado é um valor de 50 a 60% do VCT, dando preferência para os CHO de baixo Índice Glicêmico (IG). Referindo-se aos lipídios, ingere um valor muito inferior do recomendado, sendo os lipídios de fonte saturadas e transaturadas, o que não é o ideal, pois os pacientes com IRC em HD, apresentam alterações lipídicas e nos níveis de triglicerídeos (TG), sendo o indicado uma diminuição nos índices protéicos e um aumento nos índices lipídicos de fontes poli e monoinsaturadas. Já as proteínas, tendo em vista este caso pode-se recomendar um valor de 1,2g/kg/dia, para que a mesma consiga promover um balanço nitrogenado neutro ou positivo. Através deste estudo de caso, foi possível analisar as inconformidades alimentares de uma paciente, e realizada as correções em relação aos macronutrientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica do adulto. São Paulo. SP: Manole, 2005.
RIELLA, M. C.; MARTINS, C. Nutrição e o rim. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara koogan, 2001.

 
 

 

PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM ESCOLARES DO MEIO RURAL DA CIDADE DE SANTA MARIA/RS .1
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição Clínica / Hospitalar


SANTINI, A.P.1; KIRSTEN, V. R.2

1 Projeto de Pesquisa, do Curso de Nutrição - Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil.
2 Acadêmica do Curso de Nutrição -Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil.
3 Nutricionista, Profª do Curso de Nutrição- Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: andreiasantini@yahoo.com.br; vanessark@unifra.br;

Objetivo: objetivou-se neste estudo, verificar a percepção da imagem corporal em escolares matriculados em escolas municipais do meio rural em Santa Maria/RS. Metodologia: O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa do tipo descritivo com escolares de ambos os gêneros, de 6 a 10 anos, matriculados nas escolas municipais do meio rural da cidade de Santa Maria-RS, no período de agosto a outubro de 2009. Foi considerado perda, as crianças que recusarem-se em participar da coleta das medidas antropométricas, as que os pais não autorizarem assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e crianças ausentes no dia da avaliação. Para a coleta dos dados referente à imagem corporal foi utilizada a escala de imagem corporal proposta por Tiggeman e Wilson-Barrett (1998), a qual demonstrou ser acurada, com uma alta confiabilidade teste-reteste em crianças de oito anos de idade.  Essa escala contém nove silhuetas numeradas, com extremos de magreza e gordura com altura estável. O conjunto de silhuetas foi mostrado aos participantes e os mesmos marcaram com um “X” a figura com que ele se identifica, posteriormente, circularam a figura com que ele gostaria de ser. Verificou-se também o perfil nutricional das crianças será avaliado através da coleta dos seguintes dados: data de nascimento, gênero, peso corporal, estatura, circunferências do braço e cintura; pregas cutâneas tricipital e subescapular. Resultados: A amostra avaliada foi de 253 escolares e caracterizada por 53,4% (n=135) de alunos do gênero feminino. Verificou-se que 27,3% (n=69) apresentavam insatisfação corporal pela magreza, 34% (n=86) estavam satisfeito com sua imagem corporal e 38,7% (n=98) apresentavam insatisfação corporal pelo excesso de peso. Não foi observada diferença estatisticamente entre a percepção da imagem corporal e os gêneros (p=0,3). Quando comparados peso, altura, circunferência da cintura, circunferência do braço, prega cutânea tricipital, prega cutânea subescapular e Índice de Massa Corporal (IMC) os alunos insatisfeitos pelo excesso de peso apresentaram valores maiores estatisticamente que os satisfeitos e os insatisfeitos pela magreza (p<0,0001). Conclusões: com esse estudo pode-se observar que as crianças do meio rural também são insatisfeitas com sua imagem corporal, assim como as do meio urbano conforme é demonstrado em outros estudos. Ressalta-se que os dados gerados por este estudo são suficientes para alertar pais, educadores e profissionais de saúde para a necessidade de desenvolver estratégias que visem a maior satisfação das crianças com o seu corpo.

 
 

 

ATIVIDADE EDUCATIVA REALIZADA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL CIDADE DE SANTA MARIA/RS .1
 

5o Fórum de Nutrição 2009 – Porto Alegre RS
Nutrição e Saúde Pública


SANTINI, A.P.2, VILANOVA, C.D.A.2, MARTINI, C.S.2, ALMEIDA, L.A.2, MATTOS, K.M.3

1 Trabalho desenvolvido na Disciplina de Saúde Coletiva II, do Curso de Nutrição -Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil.
2 Acadêmico (a) do Curso de Nutrição -Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil.
3 Nutricionista, Profª do Curso de Nutrição- Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Rio Grande do Sul, Brasil.

Objetivo: objetivou-se neste estudo, promover a educação nutricional, higiene alimentar e pessoal em uma Escola de Educação Especial, localizada na região oeste de Santa Maria/RS. Metodologia: este estudo aborda uma pesquisa qualitativa através de uma ação educativa, em uma Escola de Educação Especial, localizada na Região Oeste de Santa Maria/RS, nos meses de outubro e novembro de 2008, com a participação dos alunos, professores e pais. A atividade foi desenvolvida em dois dias distintos, sendo o primeiro no turno da manhã. Realizou-se então uma palestra, na qual foram abordados temas de higiene alimentar e pessoal, para tal utilizou-se como recurso um aparelho multimídia a fim de reproduzir um vídeo elaborado pelos acadêmicos contendo imagens sobre os assuntos. Durante essa atividade contou-se com a participação dos alunos e professores da instituição. Logo após a palestra, os acadêmicos desenvolveram no refeitório da escola uma atividade com os alunos, onde abordou-se o tema de educação nutricional. Utilizou-se cartolinas nas cores verde e vermelha, cola e recortes de imagens de alimentos. Dessa forma os alunos afixaram as figuras nas cartolinas, sendo a de cor verde para os alimentos saudáveis e a vermelha para os alimentos considerados menos saudáveis, simbolizando as palavras “siga” e “pare”, respectivamente. Durante o segundo dia, no turno da tarde, realizou-se novamente uma palestra com vídeo, sendo que nessa contou-se com a participação pais, alunos e professores. Foram abordados os mesmos temas do dia anterior. No decorrer das apresentações os alunos tiveram a oportunidade de comentarem sobre o assunto, elaborarem questionamentos e relatarem experiências vivenciadas. Ao final das atividades realizou-se uma análise qualitativa das atividades baseada nas manifestações de interesse dos participantes, bem como nos questionamentos levantados no decorrer e ao término das palestras. Resultados: com a aplicação do projeto na Escola de Educação Especial podem-se observar resultados qualitativos e não quantitativos. Neste enfoque verificaram-se resultados positivos quando a participação dos alunos, pais e professores nas atividades desenvolvidas pelos acadêmicos, pois foram levantados questionamentos sobre os assuntos abordados (educação nutricional, higiene alimentar e pessoal), explanaram relatos pessoais, comentaram alguns exemplos e conhecimentos já adquiridos anteriormente, contribuindo para que a atividade se tornasse interativa. Outro ponto a ser destacado foi o acolhimento da instituição e sobre tudo dos alunos que, proporcionaram a possibilidade aos acadêmicos de ir além do que haviam planejado, pois este grupo, de alunos, mesmo sendo especial, acompanhou e participou das atividades desenvolvidas. Desta forma, acredita-se que intervenções como a desenvolvida são relevantes e devem ser incentivadas a permanecerem, sendo estimulada pelos professores em sala de aula a fim de manter os alunos em contato com os temas abordados. Contudo, os acadêmicos proporcionaram aos alunos, pais e professores a promoção de saúde através da educação em saúde, ou seja, passaram conhecimento aos mesmos por meio do trabalho em grupo, com objetivo que eles disseminam os conhecimentos adquiridos, tornando-se multiplicadores. Conclusões: a oportunidade de trabalhar com crianças e adultos portadores de deficiência, proporcionou aos acadêmicos uma experiência única, uma vez que características como solidariedade, amizade, alegria, humanismo, sinceridade, entre outras estão explicitamente presentes nestas pessoas. Dessa forma acredita-se que intervenções como as que foram desenvolvidas neste estudo são de fundamental importância tanto para o grupo em questão quanto para acadêmicos e profissionais. Sendo assim, sugere-se a continuidade do estudo através da realização de trabalhos semelhantes para a obtenção de resultados cada vez mais significativos.