ANÁLISE DOS PROGRAMAS PARA CONTROLE DE PESO OFERECIDOS PELA EMPRESA HERBALIFE®
 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autores: BACHA, A. P. M.; MARQUES L. C.; de LIMA, R. K. - Centro Universitário de Belo Horizonte – UNI-BH – Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil

Apresentador: Ana Paula Meireles Bacha

As elevadas prevalências de doenças cardiovasculares e de obesidade na população brasileira, ao longo dos anos, vêm sendo associadas à redução da prática de atividade física e a modificações no padrão alimentar. Cada dia mais as pessoas acreditam que a saúde seja comprável, sendo a venda de suplementos dietéticos crescente. A população de uma maneira geral é muito vulnerável à aceitação das pressões sociais, econômicas e culturais associadas aos padrões estéticos. O objetivo deste trabalho foi analisar os programas para controle de peso oferecidos pela Herbalife®. Para efeito de comparação dos dados obtidos nos programas, considerou-se o gasto energético total e a distribuição de macronutrientes estabelecidos pela Resolução RDC nº. 360 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os resultados mostraram que todos os programas avaliados apresentaram déficit calórico e valores limítrofes quanto à distribuição de macronutrientes. Em relação a outros parâmetros no contexto alimentar observou-se à não individualização das dietas oferecidas pelos programas e consequentemente a sua padronização. Observou-se ainda a desagregação dos aspectos psico-sociais e culturais com o alimento e o alimentar-se. Outro dado relevante, foi a ausência de conhecimentos científicos por parte de alguns dos consultores/vendedores a despeito do complexo âmbito da saúde. Concluiu-se que embora os percentuais da distribuição calórica estejam de acordo com a legislação vigente, o déficit calórico, a não individualização e conseqüente padronização das dietas, a desagregação dos aspectos psico-sociais e culturais, o possível desenvolvimento dos transtornos alimentares, bem como a ausência de conhecimentos científicos por parte de alguns dos consultores/vendedores são fatores relevantes na abordagem nutricional.

Palavras-chave: Herbalife®, macronutrientes, programas para controle de peso, rótulos, perda de peso.

 
 

 

PERFIL DA INGESTÃO ALIMENTAR DE ATLETAS DA GINÁSTICA AERÓBICA

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição Esportiva

Autores: Melo, J - Instituição: UFMG – Faculdade de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Belo Horizonte/MG – Brasil

Apresentador: Juliana Meneghin de Melo

Introdução: É extremamente importante o papel da nutrição no desempenho físico de atletas, uma vez que baixo peso corporal e consumo alimentar severamente restrito são os principais fatores de risco para desenvolvimento de carências e distúrbios nutricionais. Objetivos: Avaliar a ingestão alimentar de atletas de ginástica aeróbica e compará-la com as recomendações propostas na literatura. Metodologia: Avaliou-se o consumo alimentar de sete atletas de ginástica aeróbica (85,7% sexo feminino), com idades entre 13-24 anos. Avaliação de ingestão de energia e macronutrinentes foram feitas através de registro alimentar de 72 horas pelo software Dietpro 4i. Dados de peso, estatura, bem como idade, sexo e tipo de treinamento, foram coletados para avaliação de: 1) GET (fórmulas definidas de Williams, 1995; com acréscimo de 10% para efeito térmico dos alimentos); 2) TMB e 3) gasto energético com a atividade física (valores de MET). A soma de todos esses valores determinou o GET, que foi comparado ao aporte calórico médio obtido pelo registro alimentar. Resultados: Todos os ginastas apresentaram, em média, baixo consumo energético (1510,25 ± 521,48 Kcal/dia); ingestão insuficiente de carboidratos (55,50 ± 7,46% do VCT; 4,11 ± 1,54g / kg / dia); adequada ou baixa ingestão de proteínas (14,98±4,19% do VCT; 1,09±0,50g / kg / dia); e alto consumo de lipídeos (29,51±7,52% do VCT). Conclusão: Em termos quantitativos – ingestão energética e distribuição de macronutrientes – a dieta da maioria dos atletas demonstrou um perfil inadequado.

 
 

 

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA ADEQUAÇÃO DO INÍCIO E PROGRESSÃO DO SUPORTE NUTRICIONAL DE DIETAS ENTERAIS ADMINISTRADAS A PACIENTES INTERNADOS NO SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. MINAS GERAIS, BRASIL.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição Esportiva

Autores: TEIXEIRA, M T; MELO, J; GONÇALVES, J; OLIVEIRA, D - Hospital das Clínicas / UFMG – Belo Horizonte, MG – Brasil

Apresentador: Juliana Meneghin de Melo

Introdução: O índice de desnutrição de pacientes hospitalizados é de 30 a 50% conforme estudos realizados em diversos países. A subnutrição está associada ao aumento de estadia por um período de tempo até 50% maior acompanhado de um aumento de custos hospitalares. Objetivo: Avaliar a adequação da prescrição médica em relação à prescrição nutricional de dietas enterais administradas por infusão intermitente, a pacientes internados no setor de Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas da UFMG. Métodos: A avaliação nutricional consistiu em medidas de peso, altura e circunferência de braço. Os dados pessoais, o diagnóstico e o volume inicial de administração da dieta enteral foram coletados no prontuário médico. O cálculo de necessidades nutricionais iniciais foi feito com 30 kcal/kg peso/dia e 0,8 a 1,2g/kg peso/dia de proteínas. Os diferentes indicadores de adequação da administração da dieta enteral foram agrupados em quatro parâmetros: volume inicial de infusão, evolução da dieta, adequação da prescrição médica em relação à prescrição nutricional e adequação da prescrição em relação a intercorrências. Foi atribuído a cada parâmetro um número de pontos conforme o grau de comprometimento observado. Resultados: Foram avaliados 17 pacientes, com idade média de 66 anos (variando entre 18 e 86 anos), sendo que 53% eram do sexo feminino e 58,8% tinham diagnóstico de câncer. Através do escore, 38,5% das prescrições médicas estavam inadequadas. Ao analisar cada parâmetro que compôs o escore, foi encontrada maior porcentagem (83,3%) de inadequação da prescrição médica entre os pacientes que apresentaram intercorrências. Em relação aos outros parâmetros, a inadequação aconteceu em 38,4% dos pacientes para o volume inicial de infusão da dieta enteral, 61,5% para a evolução da dieta e em 46,1% dos pacientes, a prescrição médica não se adequou à prescrição dietética. Conclusão: As prescrições de dietas enterais realizadas pelos médicos do Pronto Atendimento não foram adequadas ao que deveria ter sido prescrito, corroborando a necessidade de que o nutricionista seja o profissional responsável pela prescrição dietética e pelo acompanhamento da evolução da dieta enteral a fim de se evitar complicações graves e/ou óbito. 

 
 

 

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE SAÚDE E NUTRICIONAL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE PROMOÇÃO À SAÚDE, BELO HORIZONTE – MG

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores: LEÃO, A.L , BEDESCHI, L.B., LOPES, A.C.S., SANTOS, L.C.- Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil

Apresentador: LEÃO, A.L.

Objetivo: O presente trabalho objetivou caracterizar o perfil de saúde e nutricional de usuários de um Serviço de Promoção à Saúde. Métodos: Estudo transversal, com usuários adultos e idosos do Serviço, encaminhados para a Equipe de Nutrição no período de Agosto a Novembro de 2009. Coletaram-se informações sociodemográficas, de saúde, antropometria e consumo alimentar por meio de questionário pré-testado. Para avaliação do estado nutricional adotou-se a classificação do índice de massa corporal para adultos segundo Organização Mundial de Saúde (1998) e Lipschitz (1994) para idosos. A obesidade abdominal e a relação cintura-quadril (RCQ) foram avaliadas conforme a classificação da OMS (1998). Resultados: Foram avaliados 89 usuários, sendo 95,5% mulheres, com média de idade de 50,09±13,4 anos e mediana de renda per capita de R$450,00 (intervalo de confiança – IC- de 95%: R$453,00-R$623,99). Quanto à história de saúde, observou-se,  prevalência referida de 34,8% de hipercolesterolemia, 27% de hipertensão, 13,5% de hipertrigliceridemia e 11,2% de diabetes, doenças fortemente associadas à ocorrência de excesso de peso. Ademais, 24,7% dos entrevistados relataram presença de úlcera/gastrite, 25,8% ocorrência de constipação intestinal e 31,5% e 44,9% queixaram ter dor de estômago e azia/queimação, respectivamente. Em relação à história familiar, 52,8% dos entrevistados relataram diabetes na família; 47,2% doenças do coração; 73% hipertensão arterial e 38,2% acidente vascular encefálico. A presença de tabagismo e a prática de atividade física foram citadas por 10,1% e 95,5%, respectivamente. Na análise antropométrica verificou-se  prevalência de 36,8% de excesso de peso nos adultos e de 52,4% nos idosos. Já o risco elevado de complicações associadas à obesidade, segundo a circunferência de cintura foi identificado em 73% dos usuários. Adicionalmente verificou-se que 56,3% dos usuários apresentaram risco para doença cardiovascular, segundo RCQ. O padrão alimentar apresentado pela amostra estudada, caracterizado por elevado consumo de açúcar (46,1%), óleo (98,9%), e temperos industrializados, além do consumo insuficiente de fibras (representados pela baixa ingestão de frutas, hortaliças e cereais integrais) parece representar o hábito alimentar dos brasileiros. Vale a pena ressaltar que, apesar do consumo de sal ter se apresentado adequado em 100% dos entrevistados, observou-se a substituição do mesmo por temperos industrializados, que não foram contabilizados, por se tratarem de dados subjetivos, variáveis e imprecisos. Conclusão: Houve elevada prevalência de DANT, associada a alta presença de excesso de peso e ao consumo alimentar inadequado, ressaltando a importância do aconselhamento nutricional individual ou coletivo, na  Atenção Primária à Saúde.

 
 

 

RELAÇÃO CINTURA/ESTATURA E ÍNDICE DE CONICIDADE NA PREDIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EM ADOLESCENTES DE VIÇOSA-MG.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
CRIZEL, M1; SANTANNA, L2; FRANCESCHINI, S2; PRIORE, S2.
1. Apresentadora do trabalho e Mestranda em Ciência da Nutrição da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-Viçosa/MG/Brasil, Bolsista FAPEMIG; 2. Docentes do programa de pós - graduação em Ciência da Nutrição da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-Viçosa/MG/Brasil.

Objetivo: Verificar a capacidade dos indicadores antropométricos: relação Cintura/Estatura e Índice de Conicidade (RCE e IC) em predizer gordura corporal em adolescentes de Viçosa-MG. Metodologia: Estudo transversal, com 102 adolescentes do sexo feminino de 16 a 19 anos, de escolas públicas e particulares de Viçosa, MG, no ano de 2009. Com os dados de peso e estatura foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC), o qual foi classificado segundo a WHO (2007). A relação cintura/estatura (RCE) foi calculada através dos valores de circunferência da cintura (aferida na menor curvatura) em cm, dividido pelos valores de estatura (cm). O índice de conicidade foi calculado utilizando-se fórmula proposta por Valdez, (1991). O percentual de gordura corporal foi estimado com realização de formulário próprio, utilizando-se o aparelho de bioimpedância elétrica horizontal e classificado de acordo com LOHMAN (1992). Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Viçosa-MG. Foi utilizado o programa MedCalc versão 9.3 para a construção de Curvas ROC – Receiver Operating Characteristic Curve – de modo a avaliar a eficácia dos indicadores antropométricos (RCE e IC) em predizer gordura corporal, bem como seus respectivos pontos de corte e sensibilidade e especificidade. O teste Z foi utilizado para comparação das áreas abaixo das curvas, no intuito de identificar o melhor indicador antropométrico na predição da gordura corporal. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: Em relação ao estado nutricional, obtido através do IMC, 2,9% (n=3) apresentaram baixo peso, 88,2% (n=90) eutrofia, 6,9% (n=7) sobrepeso e 1,96% (n=2) obesidade. Entre as 44 (43,2%) meninas que apresentaram excesso de gordura corporal (BIA), 34 (33,3%) estavam classificadas como eutróficas pelo IMC. A curva ROC mostrou que a RCE teve área maior (0,80 (0,71-0,87)) que o IC (0,68 (0,58-0,77)), sendo que os dois foram preditivos da gordura corporal por apresentarem o limite inferior do intervalo de confiança acima de 0,50. O ponto de corte de 0,40 para a RCE teve maior sensibilidade (79,5%) que especificidade (62%) e o IC teve ponto de corte de 1,05 com maior sensibilidade (75%) que especificidade (50%) para predizer o excesso de gordura corporal. O teste de comparação entre as curvas (teste Z) identificou a RCE como o melhor preditor de gordura corporal nesta população, sendo sua área abaixo da curva maior que o IC (p<0,01). Conclusão: A RCE foi melhor preditor de gordura corporal que o IC, dada sua maior área abaixo da curva. Por utilizar medidas simples como circunferência da cintura e estatura, sua aplicabilidade prática é relevante em nível individual e populacional. No entanto, existem limitações devido à falta de padronização do local de aferição da cintura e de pontos de corte específicos para cada grupo etário.

 
 

 

INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NA PREDIÇÃO DE RESISTÊNCIA A INSULINA EM ADOLESCENTES DE VIÇOSA-MG.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
CRIZEL, M1; SANTANNA, L2; FRANCESCHINI, S2; PRIORE, S2.
1. Apresentadora do trabalho e Mestranda em Ciência da Nutrição da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-Viçosa/MG/Brasil, Bolsista FAPEMIG; 2. Docentes do programa de pós - graduação em Ciência da Nutrição da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-Viçosa/MG/Brasil.

Objetivo: Comparar e identificar os melhores preditores de resistência a insulina em adolescentes do sexo feminino de Viçosa-MG. Metodologia: Estudo transversal, com 102 adolescentes do sexo feminino de 16 a 19 anos, de escolas públicas e particulares de Viçosa, MG, no ano de 2009. Com os dados de peso e estatura foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC), o qual foi classificado segundo a WHO (2007). A relação cintura/estatura (RCE) foi calculada através dos valores de circunferência da cintura (cm), dividido pelos valores de estatura (cm). O índice de conicidade foi calculado utilizando-se fórmula proposta por Valdez, (1991). A circunferência da cintura foi aferida em duplicata no local de menor curvatura. Para análise da resistência a insulina, foi obtida a glicemia e a insulina em jejum e feito o cálculo através do índice de resistência a insulina (HOMA-IR). Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Viçosa-MG. Foi utilizado o programa MedCalc versão 9.3 para a construção de Curvas ROC – Receiver Operating Characteristic Curve – de modo a avaliar a eficácia dos indicadores antropométricos em predizer resistência a insulina, bem como seus respectivos pontos de corte e sensibilidade e especificidade. O teste Z foi utilizado para comparação das áreas abaixo das curvas, no intuito de identificar o melhor indicador antropométrico na resistência à insulina. Foi feita análise de correlação de Spearman e o nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: A análise da curva ROC identificou as melhores áreas abaixo da curva em ordem decrescente: CC e RCE (0,77- (0,68-0,85)), IMC (0,76- (0,67-0,84)) e IC (0,68- (0,67-0,84)), sendo todos os indicadores preditores de resistência a insulina na amostra estudada. Os pontos de corte para tal alteração são: CC (67,5 cm) com sensibilidade de 80% e especificidade de 61,9%, RCE (0,46) com sensibilidade de 60% e especificidade de 89,7%, IMC (21,4 kg/m²) com sensibilidade de 80% e especificidade de 63,9% e o IC (1,08) com sensibilidade de 60% e especificidade de 69,1%. O teste de Z mostrou que não houve diferença estatística entre as áreas abaixo da curva dos indicadores analisados, neste caso, pode ser escolhido o de mais simples aferição, como a CC, para predizer a resistência à insulina. A análise de correlação identificou que os indicadores antropométricos (CC/ r=0,35; p<0,01; IMC/ r= 0,40; p<0,01; RCE/ r=0,33; p<0,01) possuem correlação moderada e significante com a resistência a insulina. Conclusão: Os indicadores antropométricos analisados foram bons preditores de resistência a insulina na amostra estudada e a escolha do melhor método deve considerar sua aplicabilidade na prática clínica e em estudos populacionais.

 
 

 

PROMOVENDO A SEGURANÇA ALIMENTAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO NORTE DE MINAS: MAIS UMA ATIVIDADE DA CARAVANA DA SEGURANÇA ALIMENTAR

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
FERREIRA, E. N. M. B; ALMEIDA, A. C.; CRUZ, A. L. M.; FRANCA, M. A.; DINIZ, T. T.; CARMO, T. V. B.; NOBRE, Y. B.; OLIVEIRA, L.
Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, Montes Claros – MG, Brasil.

Apresentador: Larissa de Oliveira (OLIVEIRA, L.)

OBJETIVO
Ressaltar as atividades desenvolvidas pelo Grupo de estudos em segurança alimentar (GESA) trabalhando o tema “segurança alimentar” com as crianças das escolas públicas das cidades de Montes Claros e Lontra, MG, no primeiro semestre de 2009, através de práticas educativas de fácil entendimento que possibilitam a transmissão de conceitos importantes como higiene, microrganismos patogênicos e alimentação saudável.

METODOLOGIA
 O projeto foi desenvolvido em seis escolas do município de Montes Claros e em uma escola municipal de Lontra, MG, totalizando 500 alunos. As atividades ocorreram entre os meses de maio e julho de 2009 e tiveram a duração média de 4 horas em cada local. As apresentações foram realizadas no pátio, no horário de recreio das crianças que tinham idade entre seis e sete anos. Foi feita a apresentação de teatro de fantoches com o tema: “As aventuras do Joca e a segurança alimentar”. Outras atividades, como dinâmicas educativas, jogos interativos, mini-palestras sobre alimentação saudável e distribuição da cartilha com a estória contada no teatro, foram utilizadas como artifício por favorecerem o aprendizado rápido.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
As escolas responderam positivamente à iniciativa do GESA em abordar a segurança alimentar nos locais e isso foi fundamental para o desenvolvimento e êxito do trabalho. Observou-se que as atividades lúdicas foram de grande importância para o alcance do objetivo uma vez que promoveram o tema de forma divertida e educativa, aumentando o interesse das crianças que participaram das dinâmicas demonstrando conhecimento do assunto e interesse em mudar o comportamento alimentar e os hábitos de higiene atuais, tendo condições de difundirem no ambiente familiar os conhecimentos adquiridos durante as atividades que tiveram acesso. Esta atividade de extensão levou informação e permitiu a consolidação de conceitos por parte das crianças fazendo delas importantes disseminadores de orientações que melhoram a qualidade de vida.

CONCLUSÃO
Conclui-se que, através de um trabalho especifico para o público infantil, o projeto levou conhecimento e colaborou para expandir os conceitos da segurança alimentar no norte de Minas Gerais, espalhando informações e promovendo bons hábitos e saúde na região. As atividades de extensão que promovem a educação alimentar devem ser incentivadas, pois auxiliam na melhoria dos hábitos higiênico-sanitários da população, evitando várias doenças e suas consequências.

 
 

 

EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS ATENDIDOS NO CENTRO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL (CAN) DE PASSOS – MG

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores: Souza, CA; Marques, PC; Tomé, M; Silveira, VFSB. - Fundação de Ensino Superior de Passos – FESP, Passos/Brasil.

Objetivo: Avaliar a evolução do estado nutricional através da avaliação do Índice de Massa Corpórea (IMC) dos pacientes adultos atendidos no Centro de Atendimento Nutricional (CAN). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com amostragem não probabilística por conveniência. Para a coleta de dados utilizou-se os registros existentes no CAN. Após a coleta dos dados realizou-se a estatística descritiva. Resultados: Foram atendidos 205 pacientes, destes 80 (39%) compareceu a consulta apenas uma vez, 30(14,5%) aumentou o IMC, 19 (9,5%) ficaram estáveis e 76 (37%) reduziram. Conclusão: O estudo permite concluir que o acompanhamento nutricional foi eficaz para o controle do estado nutricional permitindo o crescimento e a redução do IMC.

 
 

 

PREVALÊNCIA DE CONSUMO DE ÓLEO VEGETAL EM PACIENTES ATENDIDOS NO CENTRO DE ATENDIMENTOS NUTRICIONAL (CAN) PASSOS – MG.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
Souza, CA; Marques, PC; Tomé, M; Silveira, VFSB. - Fundação de Ensino Superior de Passos – FESP, Passos/Brasil.

Objetivo: Avaliar a ingestão de óleo vegetal do consumo alimentar, através de dados coletados nos prontuários de pacientes atendidos no Centro de Atendimentos Nutricional (CAN). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com amostragem não probabilística. Para a coleta de dados utilizou-se os registros já existentes no CAN. Após a coleta dos dados realizou-se a estatística descritiva. Resultados: Foram atendidos 186 pacientes, desses 50 (26,89%) consumiam menos de 30 ml de óleo vegetal por dia e 70 (37,63%) consumiam de 30 – 60 ml, 20 (10,75%) consumiam mais de 60 ml e 46 (24,73%) não consta nos prontuários avaliados. Conclusão: Conclui-se que o consumo de óleo vegetal dos pacientes avaliados se encontra em nível elevado de acordo com as recomendações, sendo que o indicado é de 20 – 30 ml por dia.

 
 

 

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ÔMEGA 6:ÔMEGA 3 DAS DIETAS ENTERAIS UTILIZADAS NO PRONTO ATENDIMENTO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição Clínica / Hospitalar

Autores:
SOUZA, G., MELO, J., GONÇALVES, J. - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil

Apresentador: Gabriela Barbosa Pires de Souza

OBJETIVO: Avaliar o perfil lipídico das dietas enterais utilizadas na Sala de Emergência (SE) do Pronto Atendimento (PA) do Hospital das Clínicas (HC), especialmente a relação ω-6:ω-3. METODOLOGIA: Após levantamento das dietas enterais utilizadas na SE, utilizou-se o rótulo do produto como fonte de informações, tais como nome comercial, fabricante, informações nutricionais fornecidas e ingredientes. Posteriormente à análise dos rótulos, passou-se a pesquisa de dados adicionais nos sites das empresas fabricantes dos produtos. Foram obtidas informações como e-mails e telefones de “Serviço de Atendimento ao Consumidor” ou “Fale Conosco”, que possibilitaram a terceira etapa da pesquisa, qual seja, a solicitação de informações específicas, principalmente a relação ω-6: ω-3. RESULTADOS: Na SE do PA do HC, utilizam-se 7 dietas enterais diferentes: uma padrão, uma hipercalórica, uma acrescida de fibras, uma para disfunção hepática, uma para disfunção renal, uma oligomérica e uma para pacientes diabéticos. Dessas, não foi possível obter a relação w-6:w-3 apenas da dieta enteral padrão. As relações w-6:w-3 encontradas variaram de 4:1 até 21:1, sendo que a dieta acrescida de fibras e a dieta para disfunção renal foram as que apresentaram relação mais baixa. Provavelmente, essa variação se deve às diferentes fontes lipídicas utilizadas em cada dieta. CONCLUSÕES: Uma análise mais aprofundada da composição dessas dietas enterais utilizadas no HC é fundamental para a compreensão do efeito da utilização dessa via de nutrição, principalmente em pacientes críticos.

 
 

 

AVALIAÇÃO DA INGESTÃO HÍDRICA EM PRATICANTES DE CICLISMO INDOOR

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição Esportiva

Autores:
Simões, L. R. C. & Araújo, N. A. - Instituição: Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH, Belo Horizonte, Brasil

Apresentador: Luciana Ramos Costa Simões

O ciclismo indoor é um exercício de alta  intensidade, que promove ao corpo, através do suor, grandes perdas hidroeletrolíticas, que em excesso causam a desidratação associada a uma série de fatores que podem ser incompatíveis com a vida. Para evitá-los é importante prestar atenção na hidratação. Objetivo: Este trabalho objetiva verificar a ingestão hídrica dos praticantes de ciclismo indoor, que foram submetidos a um questionário. Metodologia: Participaram da pesquisa, como voluntários, 30 pessoas de ambos os sexos, saudáveis, escolhidas aleatoriamente, com idade entre 20 e 54 anos, que realizavam a atividade com frequencia de duas a cinco vezes por semana. Para o grupo foi aplicado um questionário elaborado pelas auroras e protocolado, com o número 054/2008, pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Belo Horizonte – Uni-BH. O questionário apresentou perguntas simples e objetivas e foi aplicado, logo após o término do ciclismo indoor, para aqueles que concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os cuidados éticos foram muito bem observados e seguidos, preservando a identidade de cada entrevistado. O procedimento também não apresentou nenhum risco ao indivíduo. Para a aplicação do questionário, os entrevistados foram abordados pelas autoras ao final da aula de ciclismo indoor com auxílio do professor que conduziu a atividade. Os dados foram coletados entre os dias 15 de outubro e 22 de outubro de 2008, em uma academia da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. O presente estudo observou as considerações básicas no tratamento estatístico para manutenção da cientificidade da pesquisa. O procedimento utilizado foi a média dos dados coletados e desvio padrão. Resultados: Os atletas tinham em média 36,6 ± 10,46 anos com variação na idade entre 20 e 54 anos. Perguntas sobre patologias não-transmissíveis como Diabetes, Hipertensão Arterial ou Dislipidemia e sobre o uso de algum medicamento controlado que apresenta como efeito colateral a sensação de boca seca, contavam no questionário. Obtiveram 100% de respostas negativas. Observou-se que a maioria dos praticantes hidratou-se antes (83%), durante (87%) e/ou após (93%) a prática do ciclismo indoor, sugerindo que apresentam algum conhecimento da importância da hidratação na atividade física, uma vez que a ingestão hídrica é recomendada antes, durante e depois de exercícios intensos. Foi observado que o período  destinado a hidratação, ocorreu durante e após o treino, momentos em que se obtiveram mais relatos de sede (83%, sendo que 68% relatou sentir mais sede durante o treino e 32% após o término); sensação de boca seca (73%) e transpiração (83%).O presente estudo não faz referência em relação ao total de perdas hídricas dos praticantes de ciclismo indoor, e dessa forma não é possível saber o grau de desidratação dos mesmos, mas pode-se sugerir que nenhum indivíduo atingiu perdas corporais maiores de 3%, uma vez que apesar das sintomatologias citadas acima, todos foram capazes de concluir a atividade. A água é o líquido mais acessível e aceitável pelos indivíduos, fato que pode justificar o motivo da sua maior preferência, 96% dos entrevistados o beberam após o treino. A ingestão de água antes da atividade foi de 80% e durante foi de 88%. O consumo de isotônico foi de 8% antes do exercício, 4% durante, e após o término não houve ingestão. Apenas 4% dos entrevistados ingeriu suco antes de iniciar a sessão. Não houve relatos de consumo de refrigerantes em nenhum momento. Dos entrevistados, 8% ingeriu vitamina antes da prática e 7% utilizou chá verde durante o treino. Conclusão: É importante assegurar a ingestão de fluidos antes, durante e após o treino, não havendo necessidade de ingerir bebidas esportivas, uma vez que as perdas de eletrólitos durante esta prática podem ser recuperadas com ingestão de água associada à alimentação.

 
 

 

PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NA SAÚDE COLETIVA: INTERDISCIPLINARIEDADE E NOVOS RUMOS DA NUTRIÇÃO

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Nutrição e Saúde Pública

Autores:
Peixoto, G.A. F.; Silva, M.I.; Sousa; R. M; Rodrigues, A - INSTITUIÇÕES: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas/SP - Brasil; Universidade Federal de Uberlândia – UFU– Uberlândia/MG SP - Brasil;

Apresentador: Melina Reggiani Sousa

Objetivo: O presente trabalho pretende ressaltar, por meio da eficácia e número de atendimentos do Projeto “Vida Mais Viva”, a importância de Programas Sociais de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida na Saúde Coletiva. Metodologia: Após mapeamento da região metropolitana de Campinas (SP) e delimitação de áreas de maior necessidade, a equipe interdisciplinar composta de Médico, Enfermeiro, Nutricionista, Fisioterapeuta e Professor de Educação Física executaram, voluntariamente, as ações efetivas do Projeto “Vida Mais Viva”. Nesse programa, no período de março a dezembro de 2009, instituições religiosas e escolares das cidades de Paulínia, Hortolândia e Americana, cederam espaços físicos como unidades de atendimento quinzenal em: avaliação e acompanhamento médico, controle de pressão arterial e glicemia, cálculo do Indice de Massa Corporal (IMC), orientações (individuais e/ou coletivas) sobre cardápios de alimentação saudável, atividades físicas assistidas (caminhadas), orientações sobre posturas e manuseio de cargas e sessões de acupuntura e massoterapia. Resultados: Em nove meses de atuação, o Projeto “Vida Mais Viva”, atendeu homens e mulheres da faixa etária de 33 a 72 anos, executando nas três unidades: 54 palestras de Orientação Coletiva sobre alimentação saudável e Orientação Postural, 540 avaliações de IMC e 270 atendimentos de massoterapia e acupuntura, 180 pessoas em atividades físicas assistidas e 540 controles de hipertensão e glicemia. Desses números, os dados iniciais comparados aos questionários aplicados no mês de dezembro, destacam resultados de 45% das pessoas atendidas nas unidades tiveream redução de peso corporal (alteração do IMC), 65%  relataram melhora das queixas dolorosas (cervical e lombar) e 80% de melhora da qualidade de vida (redução da ansiedade, melhoria do sono, atividades diárias e trabalho). Conclusões: Dessa maneira, os resultados obtivos no Projeto “Vida Mais Viva” demonstram que a atuação efetiva da equipe interdisciplinar na aplicação dos procedimentos possibilitaram benefícios de promoção de saúde e qualidade de vida à  comunidade. Ademais, o presente trabalho destaca a importância da inserção e atuação educativa do Nutricionista junto às bases sociais e equipes área de saúde coletiva, permitindo direcionar práticas já utilizadas e/ou traçar novos rumos profissionais para a classe.

 
 

 

UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO: OS DESAFIOS DO NUTRICIONISTA E EQUIPE MULTIPROFISIONAL NA SEGURANÇA DO TRABALHO E ERGONOMIA.

 

6º Fórum de Nutrição 2009 - Belo Horizonte MG
Food Service

Autores:
Peixoto, G.A. F.; Silva, M.I.; Sousa; R. M; Rodrigues, A - INSTITUIÇÕES: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas/SP - Brasil; Universidade Federal de Uberlândia – UFU– Uberlândia/MG SP - Brasil;

Apresentador: Melina Reggiani Sousa

Objetivo: O presente estudo teve por intuito primordial relatar a ação do Nutricionista junto à Equipe Multiprofissional de Segurança e Medicina do Trabalho. Metodologia: Por meio de pesquisa de observação, descritiva e transversal, foram avaliadas três unidades de alimentação e nutrição (UAN´s) da região metropolitana de Campinas (SP) quanto às condições ergonômicas e utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), destas também entrevistadas 120 trabalhadores de food service. A equipe multiprofissional de Segurança e Medicina do Trabalho (Médico, Engenheiro, Enfermeiro e Fisioterapeuta) tomaram como base os critérios de avaliação da Ergonomia e utilização de EPIs presentes nas Normas Regulamentadoras (NR) números 6 e 17 e, direcionados em suas visitas pelo Nutricionista Coordenador das UAN´s, podiam perceber a realidade de cada serviço. As entrevistas eram anônimas e mediadas por um formulário semiestruturado composto de questões relacionadas ao conforto e organização do trabalho, queixas osteomusculares ou mentais (stress), capacitação e conscientização do uso dos EPI´s bem como suas disponibilidades, acesso, formas de manejo e adequação. Resultados: Os dados de observação e análise ergonômica demonstraram necessidade de adequações de bancadas, pisos antiderrapantes, necessidade de revisão na organização do trabalho e programa especifico de prevenção (orientações posturais e ginástica laboral) para os profissionais de food servive. Além desses, as entrevistas permitiram ressaltar um dado importante, a preocupação e postura profissional do Nutricionista frente às necessidades da área, participando de reuniões da CIPA, Capacitações para prevenção de Acidentes e também relatando situações cotidianas à equipe multiprofissional. Ainda nesses questionários, quanto ao uso de EPIs, os resultados mostraram que as UAN´s obedecem as atribuições da NR 6, tendo em vista que os funcionários  os usam como parte do uniforme (touca, avental, botas), no entanto, os mesmos dados destacaram necessidade de adequações quanto ao acesso aos EPI´s, menos disponíveis e utilizados, como luva de malha de aço, protetor auricular, mangote, capote, luva de limpeza e descartáveis que ajudam a completar a segurança contra os acidentes. Conclusão: A presente pesquisa apresenta necessidade de adequação comum às UAN´s, entretanto, é capaz de exemplificar a atuação do Nutricionista junto à equipe de Segurança e Saúde Ocupacional já que, na ausência deste, os demais profissionais envolvidos não teriam acesso à tais informações e reais necessidades estruturais ou de organização de trabalho. Para tanto, buscando novos rumos à Nutrição, destaca-se a necessidade da atuação do profissional da área, sobretudo de food service, como consultores e orientadores de saúde do trabalhador, integrando e agregando valores à Equipe Multiprofissional de Segurança e Medicina do Trabalho.