ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE NOS SERVIÇOS MÉDICOS INTEGRADOS EM NEFROLOGIA, CAMPO
GRANDE – MS

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição Clínica

Autores:
SILVA, T.P.C.1; FERREIRA, R.S. 2; COUTINHO, V.F.3; LIBERALI, R.4; PILON, B.5 . Local: Serviços Médicos Integrados em Nefrologia, Campo Grande – MS, Brasil.

Apresentador: SILVA, T.P.C.1

Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise (HD) no Serviços Médicos Integrados em Nefrologia, no município de Campo Grande – MS. Métodos: A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade Anhanguera – UNIDERP, projeto n° 010/2009. Foram avaliados 80 pacientes, 42 homens e 38 mulheres, escolhidos por meio de alguns critérios e terem assinados o formulário de consentimento livre e esclarecido. A coleta de dados foi realizada no mês de agosto de 2009, o estado nutricional foi estudado por meio da antropometria (peso seco, altura, circunferência do braço, prega cutânea tricipital e circunferência muscular do braço) realizada sempre após as sessões de HD, de exames bioquímicos (albumina sérica, uréia-pré, hemoglobina,  hematócrito, Ktv e PTH) e dados sóciodemográficos. Resultados: 69% dos participantes tem idade entre 41 a 59 anos, 30% fazem HD de 13 a 36 meses e a doença de base mais predominante foi a hipertensão arterial com 33%. De acordo com índice de massa corpórea (IMC) 3% estão desnutridos, 53% eutróficos, 29% sobrepeso e 16% obesos, com média de 25,6 ± 5,7. Na avaliação da prega cutânea tricipital os homens apresentam %PCT significativamente maior que as mulheres (%PCT), sendo 168,5 ± 77,4 no grupo masculino e 122,3 ± 48,9 no grupo feminino, no entanto ambos indicam excesso de tecido adiposo. No %CMB 56% estão desnutridos, 35% eutróficos, 4% sobrepeso e 5% obesos, apresentando diferença significativa entre sexos, sendo a média 81,9 ± 8,4 para os homens e 98,7 ± 12,7 para as mulheres. Quantos aos dados bioquímicos a média albumina  4,11 ± 0,41, apresentando diferença significativa entre os sexos; homens com 4,2 ± 0,37 e mulheres com 4,01 ± 0,43. E no que se refere aos outros exames bioquímicos da população estudada a média de uréia foi de 194,9 ± 48,3, Ktv 1,35 ± 0,32, hematócrito 32,17 ± 5,17, hemoglobina 10,44 ± 1,74 e PTH 504,9 ± 601,7. Conclusão: Sabemos que a falta de padrões de referência específicos de avaliação nutricional para esta população limitam diagnósticos nutricionais. Os pacientes avaliados em sua maioria estão eutróficos no que se refere à IMC, e desnutridos no %CMB, e obeso no %PCT, e a albumina na maioria dos indivíduos mostrou-se dentro dos padrões de normalidade média 4,11 ± 0,41.

 
 

 

ACEITABILIDADE DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: UMA RELAÇÃO ENTRE O RESTO INGESTAÕ E A SOBRA LIMPA DE UMA ESCOLA MUNICIPAL TERCEIRIZADA EM CAMPO GRANDE - MS

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição e Saúde Pública

Autor:
Britts L.; Buainain L.; Godoy N.; Ribeiro AC.;
Universidade Anhaguera – Uniderp, Campo Grande – MS, Brasil.

Apresentador: Larissa Buainain

Objetivo: Avaliar a aceitabilidade da alimentação escolar por meio da quantificação do resto ingestão e da sobra limpa e seus possíveis determinantes. Metodologia: Durante o período matutino entre os dias 22 a 26/03/2010, foi feito o acompanhamento das preparações e seus rendimentos. Fez-se a contagem do número de alunos presentes no dia. Após o término da refeição servida aos alunos, foi feita pesagem em balança digital portátil, das sobras limpas e do resto ingestão, que foram anotados em formulário próprio e posteriormente aplicou-se a razão para percentual de adesão (Alunos que consumiram x 100/ Alunos presentes) e para aceitabilidade ( Volume ingerido x 100/Volume distribuído). Resultados: Durante a semana, no 1º dia observou-se que a preparação arroz e feijão com carne moída tiveram 51% de adesão e 78% de aceitabilidade. Quanto ao cardápio do dia seguinte pão de forma com doce de leite e suco de maracujá, os resultados obtidos foram 78,8% e 85,5% para adesão e aceitação respectivamente. O cardápio biscoito salgado, bebida láctea sabor chocolate e banana nanica teve 65,5% de adesão e 90,7% de aceitabilidade. A preparação Risoto de frango teve um índice de adesão de 84,2% e aceitabilidade de 82,8% , por fim no último dia o cardápio preparado Risoto de carne moída com salada de cenoura e tomate obteve 53,7% de adesão e 64,6% de aceitação. Conclusão: Segundo o PNAE, a alimentação escolar deve suprir cerca de 30% das necessidades nutricionais diárias dos escolares, e recomenda ter 85% de aceitabilidade por parte dos mesmos. A escola terceirizada possui uma variedade de preparações e estas não se repetem ao longo da semana, o que não garante a aceitação de maneira satisfatória por parte dos alunos, visto que somente em dois dias da semana a recomendação do PNAE foi atingida. Para tanto sugere-se melhor estudo do publico alvo e educação nutricional já que a preferência por lanches ainda é maior do que pela refeição, bem como avaliar questões quanto ao horário de distribuição, preferências alimentares e altas temperaturas local.

 
 

 

INDICATIVO DE RISCO PARA SOBREPESO EM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPO GRANDE – MS

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição e Saúde Pública

Autor:
Britts L.; Salamoni R.; Souto T.;
Universidade Anhaguera – Uniderp, Campo Grande – MS, Brasil.

Apresentador: Lidiane Britts

Objetivo: Identificar o indicativo para sobrepeso de adolescentes, através do percentil IMC/Idade. Foram estudados 446 adolescentes, matriculados no 5º ao 9º ano, em um colégio público de Campo Grande – MS. Metodologia: A coleta de dados constituiu na obtenção de idade e das medidas antropométricas, peso e estatura, para a classificação do IMC/Idade através do percentil. Resultados: Na sua totalidade os percentuais de sobrepeso e eutrofia, foram 11% (n=50) e 89% (n=396), respectivamente. A maior prevalência de sobrepeso foi encontrada no 9º ano, porém todas as séries estudadas obtiveram um percentual maior do que os 3% preconizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Conclusão: Faz-se necessárias ações de combate à obesidade, visando uma maior efetividade e eficiência, em especial no ambiente escolar e não envolver apenas o estudante, mas também a familia. Além disso, estas ações devem estimular entre os adolescentes a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a diminuição do tempo despendido em atividades sedentárias.

 
 

 

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HIGIÊNICO–SANITÁRIA DO SORVETE ITALIANO VENDIDOS NA REGIÃO CENTRAL DE CAMPO GRANDE-MS.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição e Saúde Pública


Autor:
Arbos K.; Britts L.; Martins L.; Said P.;
Universidade Anhaguera – Uniderp, Campo Grande – MS, Brasil.

Apresentador: Lidiane Britts

A baixa temperatura do gelado comestível não indica necessariamente que estes alimentos estejam seguros sob o ponto de vista microbiológico, em grande parte devido a proliferação das chamadas sorveterias artesanais. Nestes estabelecimentos freqüentemente se observa condições higiênicas sanitárias insatisfatórias as quais podem acarretar em contaminações neste produto através do uso de matéria prima contaminada, emprego inadequado de tratamento térmico e pelo manipulador sem práticas de higiene. Objetivo: Avaliar microbiologicamente os gelados comestíveis artesanais comercializados na cidade de Campo Grande através da enumeração de coliformes fecais e totais, contagem de Staphylococcus coagulase positivo e presença de Salmonella spp. Metodologia: Coletaram-se vinte amostras de sorvete italiano provenientes de vinte diferentes estabelecimentos localizados na Região Central no município de Campo Grande-MS. Em cada estabelecimento foi adquirida uma amostra em copo plástico, fornecido pelo próprio comerciante, as quais foram transportadas em caixas isotérmicas e sob refrigeração para o Laboratório de Microbiologia de Alimentos da UNIDERP para a realização das análises. Resultados: Observa-se que das 20 amostras examinadas, 15 (75%) revelaram valores elevados de coliformes totais, foi constatada e confirmada a presença de Escherichia coli em 5 amostras (25%). Para Staphylococcus coagulase positiva, neste produto, padrão de no máximo 5x102 UFC/g, da totalidade de amostras analisadas 3 (15%), apresentaram-se acima do valor permitido. Com relação aos resultados da pesquisa de Salmonella sp, verificou-se que todas as amostras estavam em conformidade com os padrões microbiológicos. Conclusão: O presente estudo mostra que o sorvete oferecido na região central de Campo Grande - MS apresentam-se em condições higiênico-sanitária inadequadas, oferecendo produtos com riscos aos consumidores, indicando sua contaminação direta ou indiretamente com material fecal, sendo assim uma correta higienização dos manipuladores e uma melhor procedência da matéria prima utilizada, elimina boa parte da carga microbiana, diminui significativamente o risco de intoxicação alimentar. É inquestionável, portanto, a importância das ações da Vigilância Sanitária na fiscalização, mais deve assumir caráter educativo, a fim de garantir a oferta de alimento inócuo á população.

 
 

 

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE SANDUÍCHES NATURAIS DE FRANGO COMERCIALIZADOS EM ESTABELECIMENTOS LOCALIZADOS NO CENTRO COMERCIAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE – MS.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição e Saúde Pública


Autor:
HORING, D. F.; MEDEIROS, R. S.; AMIN, M.; CARVALHO, L. A.
Universidade Anhanguera - Uniderp, Campo Grande, MS, Brasil.

Apresentador:
Dezirrê França Horing

Atualmente a preferência dos consumidores é por alimentos e refeições mais convenientes no que se refere à facilidade, seja na aquisição e preparo o que vai de encontro ao modo de vida das pessoas dos grandes centros urbanos. Dentre esses alimentos, evidenciou-se o consumo de sanduíche natural, que é um alimento manipulado, conservado sobre refrigeração e pronto para o consumo. Normalmente nos locais de venda, os consumidores não se preocupam com a qualidade, higiene e segurança do alimento que está ingerindo, o que expõe os consumidores ao risco de contraírem doenças veiculadas por alimentos. Desta forma o trabalho foi conduzido com objetivo de avaliar a qualidade microbiológica de sanduíches naturais de frango comercializados em estabelecimentos localizados no centro comercial do município de Campo Grande-MS. Metodologia: Foram coletadas dez amostras de sanduíches naturais de frango aleatoriamente em estabelecimentos do centro da cidade. As amostras foram adquiridas na qualidade de consumidor, entre 09:00 a 12:00 horas da manhã no mês de dezembro de 2009, sendo acondicionadas em caixa térmica com gelo reciclável e encaminhadas ao laboratório de Microbiologia de Alimentos. Realizaram-se as análises microbiológicas, avaliando-se quanto ao número e presença de Coliformes a 45°C e Totais, Salmonella spp., Estafilococos coagulase positiva, Bacillus cereus e Clostridium sulfito-redutor a 46°C/g de acordo as metodologias descritas pela APHA (2001) e por Silva et. al., (2001). Os resultados obtidos foram comparados com Brasil (2001). Resultados: Observou-se que das dez amostras analisadas, seis (60%) apresentaram contaminação por coliformes fecais, estando em desacordo com legislação, que estabelece limite máximo de 102 por grama de amostra. Estafilococos coagulase positiva apareceu em seis (60%) das amostras em índices que excedem o valor recomendado de 5x103 UFC/g. Bacillus cereus esteve presente em duas (20%) das amostras em valores superiores ao padrão 5x103 UFC/g exigido pela legislação vigente. Não foi detectada a presença de Salmonella spp e Clostridium sulfito-redutor a 46°C/g nas amostras estudadas. Conclusão: Os indicadores microbiológicos evidenciaram a necessidade de um efetivo controle higiênico-sanitário, uma vez que pode-se verificar falhas de manipulação e/ou conservação, consideradas de risco ao produto e ao consumidor.

 
 

 

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS.

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição e Saúde Pública

Autor: HORING, D. F.; GIURIZZATTO, G. S.; GIMENES, R. F.; SIENA, D.; SORIANO, R.L.
Universidade Anhanguera - Uniderp, Campo Grande, MS, Brasil.

Apresentação: Dezirrê França Horing

O estado nutricional de uma criança possui papel funda­mental para que seu crescimento seja progressivo e para que ela desenvolva suas aptidões psicomotoras e sociais. Altera­ções de déficit ou excesso expõem tais crianças a riscos poten­ciais de agravos à saúde, bem como a futuros problemas de relações interpessoais e funcionais dentro da comunidade. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional antropométrico de crianças matriculadas em dois centros de educação infantil do município de Campo Grande. Metodologia: Foram avaliadas 162 crianças menores de cinco anos, de ambos os sexos e acompanhadas durante os meses de fevereiro e março de 2010. As crianças eram pesadas e medidas com auxílio de balança de plataforma e fita métrica fixada a parede. Os indicadores antropométricos peso/idade, peso/altura e altura/idade foram expressos em escore z e percentil, utilizando-se como padrão de referência às curvas de crescimento para crianças menores de cinco anos de idade da Organização Mundial da Saúde (2006). Resultados: Os resultados da avaliação antropométrica revelaram que 78,39% das crianças apresentaram estado nutricional de eutrofia. A predisposição ao baixo peso foi de 4,32% e 1,23 % encontrava-se em risco nutricional. Avaliando-se o sobrepeso, 12,34% das crianças apresentaram predisposição ao ganho de peso e 3,70% estavam com déficit de estatura. Conclusão: Os dados encontrados indicam que mesmo em uma pequena amostra de população, observam-se diferenças significativas no padrão nutricional, o que confirma o atual contexto epidemiológico da transição nutricional, no qual há a um declínio da prevalência de desnutrição e aumento do sobrepeso.

 
 

 

TOLERÂNCIA AO ZINCO EM CRIANÇAS COM CÂNCER

 

6º Fórum de Nutrição 2010 - Campo Grande MS
Nutrição Clínica Hospitalar

Autor: Cônsolo F, Zanoni L, Melnikov P, Tormena C, Kussumoto V.
Hospital Regional Rosa Maria Pedrossian, Campo Grande, MS – Brasil.

Apresentador: Fernanda Zanoni Cônsolo.

A leucemia corresponde a aproximadamente 30% dos casos de câncer da criança. O tratamento tem como objetivo induzir a uma remissão clínica e hematológica, através da quimioterapia e radioterapia. A suplementação de zinco no adulto, importante elemento traço, diminui a gravidade da mucosite - uma inflamação grave que pode se estender da mucosa bucal até a anal - induzida por estes tratamentos¹. A radioterapia também pode provocar disgeusia - alteração do paladar com alterações de saliva e redução de 50% na percepção de amargos e ácidos. Durante a quimioterapia pode ocorrer também a xerostomia, alteração transitória, onde a saliva torna-se espessa e viscosa, prejudicando a mastigação e a percepção do gosto. Em paciente em radioterapia, o zinco proporciona melhora significativa no paladar dos pacientes². Contudo, na criança, os estudos quanto à suplementação de zinco com o objetivo de prevenir ou modificar a evolução da mucosite são praticamente inexistentes. Para realizá-lo é necessário estar seguro que o zinco não provoque reações adversas. Objetivo - Avaliar a tolerabilidade ao zinco da criança portadora de leucemia. Metodologia - Foram incluídas no estudo 7 crianças portadoras de leucemia em tratamento no HRMS-AACC/MS-CETOHI. O zinco, na forma de sulfato foi suplementado na dose de 2 mg/kg/dia (dose máxima de 60mg/dia), iniciado no primeiro dia do ciclo de quimioterapia e mantido durante 60 dias. Resultados – Cinco pacientes eram do sexo masculino. A média da idade foi de 10,6±5,3 anos. O peso variou de 38,3±26,6 kg. A avaliação nutricional evidenciou 3 pacientes eutróficos, 3 desnutridos e 1 com sobrepeso. De todas as crianças suplementadas, 2 queixaram-se do sabor desagradável, embora tenham aceitado adequadamente a solução. Um paciente não aceitou a solução devido a sua palatabilidade. Conclusões - A suplementação de zinco não produz efeitos que poderiam ser considerados como intolerância a este biometal. Este elemento traço pode ser recomendado como um constituinte nutricional seguro na criança com câncer, independentemente dos tratamentos concomitantes. Referências – 1. FRANCESCHINI, C.; JUNG, J.E.; AMANTE, C.J. Mucosite oral pós-quimioterapia em pacientes submetidos à supressão de medula óssea, Rev Bras Patol Oral. Disponível em http://www.patologiaoral.com.br/texto17.asp, 2008. 2. WISEMAN, M. The treatment of oral problems in the palliative patient. J Can Dent Assoc, 72:453-8, 2006,