7º Fórum Nacional de Nutrição - Brasília DF
Consenso Regional

Carta do 7o Fórum Nacional de Nutrição - Região Distrito Federal
O 7o Fórum Nacional de Nutrição – Distrito Federal, realizado em Brasília, nos dias 19 e 20 de maio de 2011, cujo tema central é "Definindo os rumos da Nutrição no Brasil",

Considerando que:
- Órgãos nacionais e internacionais, representantes de entidades ligadas à saúde, recomendam mudanças no estilo de vida e a adoção de uma alimentação equilibrada para promoção da saúde;
- No tratamento da diabetes mellitus, a dietoterapia é a base;
- Dados de prevalência de obesidade e síndrome metabólica (SM) apontam para a gravidade do problema e forte associação com as práticas alimentares e outros fatores de risco;
- As alterações clínicas e bioquímicas associadas à obesidade e SM representam importante risco cardiovascular, associados a resistência à insulina, intolerância à glicose, hipertensão arterial e dislipidemia;
- A assistência nutricional para obesidade e SM deverá ser ampla e sustentada, visando moderada perda de peso e melhora qualidade alimentação
- A prática do nutricionista em consultórios está consolidada, e as responsabilidades profissionais com a atenção prestada à clientela, orientam comumente para mudanças no estilo de vida alimentar, de difícil solução;
- O  uso de insumos e em especial o de luvas, máscaras e panos, empregados na cadeia processual de alimentos não apresenta critérios regulamentados por lei e os mesmos podem possibilitar a migração de resinas e causar alergia no operador, serem veículo de difusão de patógenos em alimentos e em superfícies, além de induzir a várias não conformidades;  
- A nutrição esportiva tem como foco principal a saúde, depois o rendimento esportivo;
- O aumento da população idosa em nosso país e aumento da prevalêncida do obesidade , principalmente entre crianças, adultos e idosos;
- Programas sustentáveis de intervenção que visam promover mudanças de hábitos de vida da população são fundamentais para a redução dos fatores de risco associados ao excesso de peso e obesidade, principalmente em populações de baixa renda;
- Apesar da relevância do tema, pouco se sabe sobre as formas efetivas de prevenção e controle dos fatores de risco e das DCNT em comunidades de baixa renda;
- Parte do problema se deve à dificuldade em produzir um modelo lógico das intervenções comunitárias dos fatores de risco e das DCNT que em geral são abrangentes e multidisciplinares, somada à falta de avaliação adequada dos programas, o que dificulta a interpretação dos resultados;

Recomenda:
- Mudanças positivas no estilo de vida (alimentação saudável e prática de exercícios físicos) podem melhorar o quadro de doenças e prevenir a perda de função física, e consequentemente, proporcionar a longevidade;
- Que a dieta para diabetes seja  adotada desde o diagnóstico da doença e deve permear as esferas da atenção primária, secundária e terciária, contribuindo na promoção da saúde e prevenção das complicações decorrentes da diabetes mal tratada e de suas comorbidades, no contexto de uma alimentação saudável;
- Que o tratamento dietoterápico para diabetes deve ser individualizado, considerando também as possíveis comorbidades associadas, com orientação racional acerca do consumo dos carboidratos, quanto a quantidades e qualidade, visando a adequação do controle glicêmico, os ajustes com as demais áreas do tratamento e a qualidade de vida, considerando os aspectos biopsicossociais do indivíduo;
-Que os nutricionistas que atuam em consultórios discutam e difundam padrões de qualidade no atendimento, para garantia de maior aderência aos tratamentos;
- Sejam estabelecidas estratégias eficazes de prevenção das DCNT e melhora na adesão ao tratamento clínico. Pela importância do componente alimentar e nutricional, como fator e parâmetro de controle das DCNT, o nutricionista tem papel chave neste processo.
- Seja criado em caráter nacional a definição de um consenso cientifico para a utilização de insumos e em especial sobre o uso de luvas, máscaras e panos, empregados na cadeia processual de alimentos, e que tenha respaldo em lei federal;
- As recomendações de macronutrientes para atletas  variam de acordo com o tipo e fase do treinamento;
- A suplementação esportiva faz parte do cálculo da dieta, tendo que ser calculada junto, e não adicionada posteriormente
- Avaliar intervenções, acompanhar o desenvolvimento e monitorar o impacto das propostas de ação, são atividades que permitem retro-alimentar programas e projetos que visam à promoção da saúde, reduzindo os fatores de risco associados às DCNT.
- O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, NASF, inserido no contexto da Estratégia Saúde da Família, é uma iniciativa que pode contribuir para a ampliação de programas para a promoção da saúde.

Comissão Científica:
Profa Dra. Adriana Pederneiras (ESCS/FEPECS/SES/DF)
Prof. Dr. Antonio Felipe Correa Marangon (UniCEUB/DF)
Prof. Dr. Caio Eduardo Gonçalves Reis (Inst. Doce Desafio/UnB/DF)
Profa Dra. Carolina Romeiro (UCB/DF)
Prof. Dr. Clayton Neves Camargos (UCB/DF)
Profa. Dra Erika Reinehr (UnB/DF)
Prof. Dr. Guilherme Falcão Mendes(Inst. Doce Desafio/UnB/DF)
Profa Dra Jane Dullius (Inst. Doce Desafio (UnB/DF)
Profa Dra. Kênia Mara Baiocchi de Carvalho (UnB/DF)
Profa Dra. Márcia Menezes de Mello Paranaguá (UNIME/BA)
Prof. Marcelo Gravina (CIB/RS)
Profa. Narayana Reinehr Ribeiro (UnB/DF)
Profa Dra. Nathália M.P.Pizato Valério (UnB/DF)
Profa Dra. Patrícia Bezerra (UnB/DF)
Profa Dra Raquel Botelho (UnB/DF)
Dra. Sibele B. Agostini (Nutrição em Pauta/SP)
Profa Dra Virgínia Nascimento (ASBRAN/RJ)