O licopeno é um carotenóide hidrocarbonado (C40H56) que tem recebido grande atenção recentemente devido ao seu possível potencial de prevenção do câncer de próstata e das doenças cardiovasculares (Arab & Steck, 2000).
Trata-se de um pigmento lipossolúvel, capaz de conferir a cor vermelha aos tomates, melancia, mamão, goiaba e outros alimentos (Krinsky, 1998), além de ser um potente antioxidante, interagindo com espécies reativas de oxigênio como peróxido de hidrogênio e dióxido de nitrogênio (Hadley, 2002). Estudos têm demonstrado potencial de prevenção oxidativo das lipoproteínas e DNA, além da possível habilidade de inibir a síntese do colesterol e aumentar a degradação do LDL-colesterol (Arab & Steck, 2000; Weisburger, 1998).
Devido a sua estrutura altamente conjugada o licopeno é particularmente sujeito a degradação oxidativa e a isomerização cis-trans, sendo esta induzida pela luz, energia térmica ou reações químicas (Hadley et al, 2002). A configuração trans é mais estável termodinamicamente porém é pobremente absorvida. Acredita-se que o processamento no calor induza a isomerização do licopeno para a forma cis, aumentando a sua biodisponibilidade e absorção após liberação dos carotenóides do compartimento intracelular (Rao & Agarwal, 2000; Cohen, 2002). Pouco se sabe ainda sobre os mecanismos de absorção, metabolização e distribuição do licopeno dietético (Arab & Steck, 2000).
As principais fontes desse carotenóide são tomates e derivados incluindo o catchup, suco de tomate e molho de tomate, dentre outros. Cabe ressaltar a maior absorção dos alimentos pós-cozimento e sobretudo quando veiculados em meio oleoso, como o molho de tomate.
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Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta, edição Jul/Ago/2003
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