Subir na balança pode ser uma experiência carregada de expectativas e emoções. Parece que aquele número define o sucesso ou o fracasso em relação à saúde. Mas, será que esse número tem realmente o poder que lhe atribuímos?
A seguir 5 aspectos desconsiderados na maioria dos casos em que há uma necessidade de emagrecimento:
1. A balança não informa quase nada: Duas pessoas podem ter o mesmo peso, mas composições corporais completamente diferentes. Quem tem mais massa muscular e menos gordura é, em geral, mais saudável, independentemente do que a balança diz. Por isso, o peso corporal é apenas uma peça de um quebra-cabeça muito maior. Focar nesse número é ignorar outros aspectos fundamentais da saúde, como a composição corporal (proporção de músculo, gordura e outros tecidos), o bem-estar emocional e a qualidade de vida.
2. Níveis de energia, sono e resistência ao estresse: Tudo isso influencia profundamente a saúde geral e são negligenciados quando colocamos toda a nossa atenção no peso. Essa obsessão pode levar a um ciclo de dietas restritivas e comportamentos alimentares desordenados, que, ironicamente, prejudicam mais do que ajudam.
3-Fome emocional: Imagine um dia estressante no trabalho. Pressão, prazos, cobranças... Quando finalmente chega em casa, você se vê abrindo a geladeira em busca de conforto: um doce, uma massa, qualquer coisa que traga um alívio momentâneo. Esse comportamento é o que chamamos de 'fome emocional'. Essa fome cria um ciclo destrutivo de satisfação passageira, arrependimento e aumento do estresse que iniciou o ciclo. O resultado? Um ganho de peso gradual, associado a uma deterioração do bem-estar emocional.
4-Circunferência abdominal: A gordura abdominal está mais diretamente associada a riscos de doenças cardiovasculares do que o peso total do corpo. Isso significa que alguém pode estar dentro da faixa de peso 'saudável', mas ainda assim ter riscos elevados devido à distribuição de gordura.
5-Mindfullness e o emagrecimento: Quando você aprende a identificar e acolher emoções sem recorrer à comida, descobre que é possível nutrir não apenas o corpo, mas também a mente. Ao entender que o vazio emocional não se preenche com calorias, você abre caminho para um emagrecimento sustentável e uma vida emocionalmente equilibrada.
Fonte
Dra. Thais Mussi - Formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Residência em clínica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Residência em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV). Pós-graduação em Nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Médica integrante da C.A.S.A Sophie Deram- centro de aconselhamento em saúde alimentar. Especialização em Mindfull Eating
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